Can I call it "love"?

Ameaça

Melissa falando:
"Mas que merda!! Ele seguio o beijo daquela puta desgraçada!"

André falando:
Abro os olhos a meio do beijo e vejo a Melissa tensa, com a respiração agitada, sem qualquer reação corporal, apenas facial. Nesse mesmo instante  paro o beijo e me levanto indo até ela e  tirando o que ela tinha na boca para que podesse falar:

- André isso não é punição...não podes andar aos beijos com outras e á minha frente!!

- Se te incomoda tanto vem me parar babygirl —volto para perto dela e beijo-a com pegada colando-a ao meu corpo para logo...—

Melissa falando:
Para não presenciar aquilo fecho os olhos e baixo a cabeça até ouvir a porta do quarto se abrir e logo depois a ser fechada. Então, abro os olhos mas sem levantar a cabeça e poucos segundos depois o André posiciona a mão dele no meu queixo e levanta o meu rosto fazendo-me olhá-lo nos olhos:

- Que sentes babygirl?

- Não queres saber o que sinto neste momento André... —volto a baixar a cabeça apertado os punhos numa de tentar manter a calma—

- Diz-me o que sentes —não obtém nenhum tipo de resposta e volta a levantar a minha cabeça—

>>Dei-te uma ordem Melissa! Responde, o que sentes?

- Não obedeço mais as tuas ordens —digo com uma aparente calma extrema—

- Melissa olha bem pra ti...ao vulnerável que te tenho poderia te ter a qualquer hora

- Não irias tirar satisfação disso, nem tu e nem eu

- Que tens?

- Porque a pergunta?

- Estás extremamente calma pra quem acabou de presenciar uma traição

- Agora disseste tudo! Faz-me um favor... —faço uma breve pausa acompanhada de um suspiro profundo— solta-me e desaparece da minha vista —ele estranha o que tinha dito então se senta ao meu lado e acaricia o meu rosto—

- Melissa...estas brava??

- Solta-me...

- Responde a minha pergunta

- André, solta-me! –ele me solta e eu me levanto pegando e vestido as roupas que estavam no chão—

Assim que acabo de me vestir e vendo que me queria ir embora o André agarra o meu braço impedindo a minha partida:

- Estas brava?? Melissa não podes ficar brava, foi uma punição...era para tu perceberes qual é o teu papel e qual é o meu papel nesta relação...

- Papel?? Não há papéis aqui para ninguém! Relação não é uma troca de falas e sentimentos. A vida de daddy e babygirl devia manter-se apenas no nosso quarto e no quarto de jogos, não na vida! Tu não és ninguém para  me dizer a mim o que tenho ou não direito de fazer.

>>Na vida, eu devia ser a tua companheira, tua ajudante, tua tudo mas hoje, tu me demonstraste que para ti eu não valho mais que um mero brinquedo sexual e sinceramente eu tou cansada!

- Melissa calma...v...

- Não! Calma nada —grito perdendo a calma que começo a ver que não era mais que uma farsa e empurro ele que cai na cama sem saber como a reagir— tu perdeste qualquer tipo de respeito que eu te tinha e perdeste-me a mim. Não mereces André, não mereces. Aproveitaste-te da situação em que estavamos e da tua postura de dominador para satisfazer o único desenho sexual que eu não fui e sempre serei incapaz de o satisfazer por culpa de um trauma passado e tu sabias isso mas mesmo assim não respeitaste isso.

- Melissa tenta entender...sou homem, tens que compreender!

- Não! Nem vale a pena vires com esse argumento tão baixo de "sou homem e tenho necessidades"...eu aceitei as tuas condições e como o homem que dizes ser, tu deverias ter aceitado a minha única condição!

- Melissa, me perdoa, por favor —arrependimento. Eara isso que o olhar e a voz dele transmitiam com um desespero que desconhecia dele—

- Não...cala a merda da boca! —fico uns segundos calada a andar de um lado para o outro, obrigando-me a mim mesma a não chorar e não demonstrar fraqueza. Viro-me para ele de um momento para o outro, substituído qualquer vestígio de dor com raiva, muita raiva—  sabes o que eu percebi? Por mais forte que tu dizes ser, és fraco...es mentalmente fraco, fisicamente fraco, um homem sem carácter, sem limites, um cobarde!

- Melissa mede as tuas palavras — levantasse e se aproxima de mim de forma ameaçadora—

- Compraste-me e por isso te achas no direito de brincar comigo e me usar da forma mais suja possível, mas não! Tu não me conhecesses André! Tu não sabes como eu sou. Já eu...eu, sei absolutamente tudo sobre ti, sei cada um dos teus segredos, cada um dos teus medos, cada negócio que tu ganhas ou perdes e a quantidade de dinheiro que tens em cada conta bancária. Mas tu meu amor....além de como eu sou na cama, da minha capacidade de te cuidar mesmo sendo uma mulher, do meu amor por ti, dos meus gostos vestimentarios e dos meus problemas mais básicos de família, tu não sabes nada sobre mim.

- Melissa...vives comigo a quase 2 anos...como não vou saber nada sobre ti?

- André...tu conheces a miúda que tu compraste mas nunca te deste ao luxo de me conhecer realmente e lamento dizer-te mas a partir de hoje tu vais me conhecer! Tu vais ver como é ser rejeitado, humilhado,... —sou rudemente interrompida e suspiro frustrada, mexendo com a mão pelo meu cabelo começando a perder qualquer vestígio de paciência—

- Não! Pera aí, eu nunca te humilhei

- Mesmo estando só nos dois entre 4 paredes, tu humilhaste sim

- Amor isso foi castigo...castigo que tu mereces te pelo teu mau comportamento

- EU NÃO SOU O TEU BRINQUEDO ANDRÉ!! Vou te mostrar quem eu sou pra tu perceberes o burro que foste até agora

- Como assim?