Melissa falando:
Durante meses, a nossa relação baseava-se em amor, muita intimidade, carinho, confiança, intensidade, tudo o que precisávamos para ser felizes. Tudo, menos liberdade. Tinha tudo menos isso. Só tinha um telemóvel próprio mas continuava presa dentro daquela casa.Estava tão entretida com o telemóvel que não dei pelo tempo passar, eram 22h e eu nem tinha saído do quarto. A esta hora o André já deve estar em casa.
Pelo sim, pelo não, saiu do quarto indo em direção ao quarto dele. Nem preciso bater a porta já que a porta estava entreaberta e ele estava deitado na cama, sem camisola a ouvir música com os fones.
Um sorriso aparece no meu rosto pela idea que acabava de ter e, em silêncio e sem chamar a atenção, entro no quarto, e vou a andar, devagar, em bicos de pés até à cama.
Ao sentir movimento na cama, abre os olhos e olha para mim confuso:
- Olá amor!
- Oi nei —vou a gatinhar até ele e acabo dando um curto beijo de mordida acompanhado de um sorriso divertido—
- Tudo bem?
- Uhum —sento-me sobre ele fazendo, com o dedo, o contorno dos quadradinhos do abdominal do André— como foi o teu dia?
- Bom. O teu? —ele sabia o que eu queria e estava a divertir-se com isso. Diverte-se a ver-me com esta timidez—
Encolho os ombros e com as unhas arranho toda a parte superior dele, desdo peito até à parte baixa do abdominal dele, sem magoar ou deixar marca, só de leve.
Nem precisei provoca-lo para que soltasse o lado dominador dele:
- Queres brincar, é?
- Já estou a brincar —não customo fazer de atirada mas as vezes sou eu aquela que quer e precisa, como hoje.—
André:
Não sei o que lhe deu. A Melissa não é muito atirada mas hoje está diferente.
Estava a provocar-me deixando um pequeno caminho de beijos molhados e chupões por toda a minha parte superior mas o que mais afetava do joguinho dela era o ar quente dela, que chocava contra o meu corpo cada vez que se preparava para deixar uma nova marca no meu corpo.
O toque e os lábios dela faziam um contraste incrível e embora soubesse que não gosto muito de preliminares, não se apressava. Gostava de me torturar, sem pressa, e com aquele toque de timidez que só aumentava, em mim, aquele desejo que, aparentemente, só ela causava.Melissa:
Acho que perdeu a cabeça e esqueceu-se do significado da palavra "controle" porque assim que o corpo dele se viu livre de roupa, agarrou no mau cabelo com uma das mãos para
"obriga-me" a fazer-lhe um oral e pelo olhar dele percebo que o que ele queria era um oral que perde o significado da palavra "lento" substituído-a pelas palavras "rápido" e "violento".No que toca o lado dominador do André, tudo é violento. O daddy não conhecia a palavra "carinho" e em ocasiões, quando se trata de castigo, punições ou obrigações serias, isso assusta.
É como uma necessidade víciosa da qual ele não podia abrir mão e era estranho porque fez-me a mim criar dependência disso também. Fez-me gostar do violento e criar sozinha um lado próprio, sádico.Assim que solto o membro dele, o André cola os nossos corpos mantendo firme o agarre dele na minha cintura para se virar e ficar por cima:
- Vou relembrar-te quem manda Babygirl! —antes de poder abrir a boca para dizer o que quer que seja o Daddy rasga o vestido branco que levava vestido, abre o meu sutiã, com abertura a frente, e rasga tb a minha roupa intima deixando-me completamente nua—
- Que bruto!...
Num movimento rápido, vira-me de costas para ele e desvia o cabelo comprido, que cubria toda a longitude das minhas costas, para começar a fazer a mesma brincadeira suja que eu fiz com ele. Descia com beijos e carícias pelas minhas costas enquanto o pulgar dele saía e entrava em mim com movimentos quase e sincronizados:
- Quero te ouvir Babygirl —diz para levantar a minha cabeça do colchão exercendo uma pequena pressão sobre o meu pescoço para dificultar a entrada livre do ar— para de esconder o rosto e abafar os gemidos.
Os movimentos passam de uns controlados para uns fortes e por ser o pulgar esses movimentos criam certo desconforto e ardor na parte baixa:
- Hmm...estás a, magoar —tanto a voz como a expressão do rosto mudam de puro prazer e uma ligeira dor que se vai intensificando aos poucos—
- E não gostas? —não sou capaz de responder porque o André intensifica os movimentos tocando constantemente o meu ponto G para forçar o orgasmo e tentar devolver-me o prazer que sentia anteriormente—
As vezes acho que nem ele percebe que por magoar demasiado a companheira deixa de sentir prazer e começa a sentir-se forçada a algo que ela mesma procura.
É viciante para ambas partes e um jogo que, se bem feito, pode vir a ser uma experiência sexual incrível. Mas deixa de ser um jogo mutuo quando um dos lados esquece do bem estar do companheiro:- Ahh...—o meu corpo começa a tremer debaixo do André e é o ar quente que choca contra o meu pescoço que percebo que ele estava a sorrir por causa do conseguido.
A meio do orgasmo, na ideia de o intensificar, ele penetra-me, comigo na mesma posição, e começa a mexer-se lento mas com estocadas firmes, de novo a atacar o meu ponto fraco para prelongar ainda mais o meu orgasmo— André... —gemo num sussurro baixo ao mesmo tempo que as minhas mãos agarravam o lençol da cama e apaetavam o mesmo com força—- Sente-me a levar-te ao limite babygirl...
Não sei se percebeu que não estava mais a sentir prazer ou se simplesmente mudou de tatica mas com os novos movimentos dele, que embora fortes, exerciam a força necessária e na zona certa para me fazer sentir de novo o prazer inicial, amplificado pelo orgasmo demorado que ele provocou e pelo um segundo orgasmo a formar-se.
As mãos dele obrigam-me a soltar o lençol que amarrotava entre os meus punhos fechados para entrelaçar os nossos dedos e intensificar a rapidez dos movimentos fazendo-me contorser de prazer, de baixo dele, por aquele segundo orgasmo a ponto de explodir:
- Segura amor... —acho que percebe pelo meu gemido que não ia conseguir segurar e só de sacanagem, começa a subir com beijos desde a parte superior das minhas costas, pelo meu pescoço, até chegar ao meu ouvido— segura... —uma palavra, dita num sussurro, de uma forma tão sensual que me deixa toda arrepiada, numa fração de segundo—
Reviro os olhos, voltando a contorser-me pelo esforço que fazia a segurar o orgasmo e solto um gemido frustrado quando o daddy morde o meu ombro:
- Amor...estas a torturar-me —não conseguia vê-lo mas tinha a certeza que estava a sorrir a deleitar-se com a situação—
- Aguenta... —diz, repetindo, de forma exata, os mesmos movimentos de á pouco, só para voltar a obter a mesma reação do meu corpo, e consegue—...solta babygirl... —mesmo jogo, mesma forma de falar, mesma reação do meu corpo, acompanhada por uma obediência cega—
Solto o orgasmo sentindo como ao mesmo tempo que eu, ele solta o seu também...
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Can I call it "love"?
RomanceLe para descubrir! Livro com conteúdo +18, se não gostam parem de ler😘