Não era um sonho.

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Deixa a estrelinha

Boa leitura!




O fim de semana chegou mais rápido do que esperavam, para a alegria dos dois pombinhos. Juyeon desceu as escadas após se trocar encontrando sua mãe sentada a mesa escrevendo alguma coisa. Foi até a geladeira pegando algumas frutas que havia separado na noite anterior e algumas garrafinhas de água guardando tudo na mochila com cuidado e de forma organizada. Sua mãe tinha preparado alguns lanchinhos e petiscos, coisa pouca já que com certeza teria alguma venda local para que pudessem fazer uma refeição. Juyeon riscava sua pequena lista que, por sinal, se encontrava amassada de tanto que rabiscava os itens.

A senhora Lee acompanhava os movimentos do filho com um leve sorriso no rosto. Juyeon havia contado tudo para ela, não teria como esconder os machucados de seu rosto. Difícil foi segurar a mulher para que não fosse atrás de quem tinha machucado seu filho e o "amigo" dele. Com muito custo ela se acalmou, mas passou os dias comentando sobre assunto sempre que via o rosto do filho, Juyeon até pensou que em uma das vezes ela tinha chorado, o que era um exagero, seu rosto não se deformou. Pelo menos se alegrava ao lembrar que o rosto de Jacob estava bem pior.

Seu pai não foi tão compreensível assim, deu um sermão de que violência não levava ninguém a nada, criticou as atitudes do filho e mais uma vez cobrou que devia estar escolhendo a profissão e não brigando por aí como um delinquente, mas por fim, o senhor Lee ao menos disse que se Changmin quisesse denunciar Jacob estaria disposto a ajudar no que precisasse com seus serviços de advogado. Juyeon ficou feliz pelo apoio dos pais e disse que não se preocupassem que Changmin estava bem e que gostaria de esquecer tudo isso. A expulsão do Bae era o bastante e podia dar o assunto como encerrado. Não teriam que se preocupar nem com ele e nem com Kevin.

Juyeon percebeu que era observado e olhou para a mãe que fechou o sorriso limpando a garganta e ficando seria. A mulher que usava um vestido florido em tons de verde e branco levantou e foi até o garoto com a chave do carro na mão o olhando com os olhos semicerrados.

— Vai cuidar dele como cuida daquela bola de basquete, está ouvindo? — perguntou em tom sério. Juyeon balançou a cabeça positivamente.

— Nada de dirigir em alta velocidade, meu carro nunca teve uma multa. Cinto de segurança sempre. Todos que entrarem no veículo. — o garoto apenas concordava segurando a vontade de rir.

— Mãezinha, eu tirei a carteira, lembra? Eu precisaria saber de tudo isso ou... — a mulher cruzou os braços e ele mordeu o lábio baixando a cabeça.

— E se eu mudar de ideia hein, Lee Juyeon? — o garoto abraçou a cintura dela resmungando que ela não podia fazer isso. — Certo, certo, seu grudento. Apenas tome cuidado.

— Pode deixar. — bateu continência e pegou a chave da mão dela rindo. — Obrigado, te amo, te amo. — deu vários beijinhos na bochecha dela arrancando um riso.

— Você está bonitão, vai matar o garoto — voltou a sentar com um leve sorriso nos lábios. Tinha certa malicia naquele sorriso, não passou despercebido pelo Lee mais novo.

— Parando hein, sei bem o que vai dizer e não quero ouvir! — Apressadamente pegou a mochila, correndo em direção a porta da casa.

— Nada de transar no meu carro hein! — gritou alto vendo que o filho já estava na porta, mas que certamente ouvira.

Photograph | JukyuOnde histórias criam vida. Descubra agora