CONSEGUIMOS?

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                Fui arrastada pelo braço boa parte do caminho que fizemos, devagar, por conta da minha atuação de doente.

                A todo momento a fênix em seu ombro me vigiava como se fosse fugir a qualquer momento. Precisava esperar um momento que ele baixasse a guarda para sair o quanto antes das garras do Ender Sting. 

               Nesse meio tempo eu tentava sentir o ar a minha volta, para saber onde estávamos exatamente. Não conhecia o local, mas poderia sentir caso alguém estivesse por perto. 

                A fênix reagia bastante ao meu chakra me deixando confusa as vezes. Então o que eu esperançosamente achava ser uma pessoas, era um esquilo ou lagartixa passeando rapidamente. 

                Ender estava silencioso, como se estivesse analisando o local também. Preciso fazê-lo ficar distraído com algo. 

S/n: Ô Ender, você tem um pouco de água?

Ender: Mal caminhamos direito, já esta com sede?

S/n: Sim, ainda me sinto fraca. 

Ender: Infelizmente pra você, não vamos beber água enquanto não chegarmos onde devemos chegar.

S/n: Posso te fazer uma pergunta?

Ender: Não!

S/n: Ah não seja tão mal. Só queria saber o por quê de seu jutsu de fênix reagir ao meu Chakra.

Ender: E se eu não estiver afim de responder?

S/n: Eu ficaria chateada e lhe mandaria tomar no meio do c...

Ender: Olha, não ligo nem um pouco. Realmente não tô nem afim de falar com você.

             Tento fazer carinha de criança quando apronta algo e se faz de inocente.

S/n: Ah, o que foi que eu fiz Enderzinho?

             Ender me empurra contra uma das árvores colocando um braço apoiado ao lado do meu rosto.

Ender: Não estou te entendendo. Quer me irritar ou o quê?

S/n: Só queria que me tire algumas dúvidas. Não custa nada conversar um pouco, faz o tempo passar mais rápido e chegamos a lugares que nem percebemos. 

Ender: Sabe que não sou bobo. Acha mesmo que eu não suspeitaria de toda essa aproximação desde que acordou? Quer que eu baixe minha guarda pra quê? Acha que pode me derrotar amarrada? 

            Meus olhos lacrimejam. Sei que ele perceberia, mas queria muito poder fugir e voltar pra Konoha.

S/n: Não é isso. - Falo baixo.- Só queria entender por que estou aqui. Por que tem pessoas atrás de mim e o que vão fazer comigo. E sobre meu chakra ficar agitado com a presença de sua fênix verde. 

            Ender suspira e olha para o lado. 

Ender: Você simplesmente não tem escolha. Só isso que posso te falar. 

S/n: Quem disse que não tenho escolha? Por que eu mesma não posso escolher por mim? Por que tenho que baixar minha cabeça e deixar você e essa organização do mal escolher por mim?

Ender: Você acha que eu tive escolha? - Ele olha no fundo dos meus olhos, pude sentir a raiva em seu olhar. - Fui treinado desde criança pela minha familia adotiva pra matar sem dó nem piedade. Que sentimentos não importam. Que temos que seguir e obedecer aquilo que nos foi repassado. Na vida nunca escolhemos por nós mesmos, sempre alguém decide por nós. 

Mulher do Rokudaime +18Onde histórias criam vida. Descubra agora