Título de Nobreza

Capítulo 41

Passar essa noite ao lado dos meus irmãos estava sendo muito bom, queria levar comigo essa lembrança de nós seis unidos.

Brincamos, conversamos, comemos, relembramos momentos, dizemos guerra de travesseiro, nos sujamos com o glacê do bolo, mas o melhor de tudo foi quando nos abraçamos.

Ah como eu queria que tivesse sido assim o tempo inteiro, independe de qualquer coisa eu amo demais os meus irmãos, podemos ser diferentes como for mas no final o sangue sempre vai falar mas alto do que qualquer briga.

No outro dia...

Enfim chegou o dia de ir.
Tava muito anciosa e a única coisa que passava pela minha cabeça era "será que vai da certo?"

Estava no Jardim admirando a beleza e minha cunhada chega.

Cibele: Você vai embora mesmo hoje?
- Sentou ao meu lado e chamou um servo.

Servo: No que posso ajudá-la senhora?

Cibele: Trás um suco de laranja pra mim.

Servo: Princesa Diana quer alguma coisa?

Diana: Traga pra mim um suco de morango.

Servo: Sim senhoras, com as suas licenças. - Fez reverência e confirmamos com a cabeça.

Diana: O Ravi te contou né? - Ela confirmou com a cabeça. - Sim, vou embora hoje.

Cibele: Admiro muito sua coragem em abandonar tudo que tem por um amor. Desejo um dia ser amada como você ama seu namorado.

Diana: Não se sente amada?

Cibele: O Ravi esta sempre tentando me agradar com flores, com comidas que eu gosto, com passeios, mas ele não me ama. - Abaixa a cabeça com a expressão triste. - Eu vejo as trocas de olhares dele com as moças do harem, com as servas, e vejo os delas pra ele também.

Diana: Isso deve te incomodar bastante não é?

Cibele: Se eu não tivesse sentimentos por ele eu não ligaria pra os olhares, mas eu me apaixonei pelo seu irmão Diana, desde o primeiro dia que eu vi ele eu já senti meu coração bater mas forte, ele deu mancada comigo no primeiro dia mas depois ele se redimiu me tratando como uma deusa, eu amo o Ravi. - lágrimas descem pelo seu rosto, mas logo ela enxuga.

Diana: Ei, não chora! Vem cá! - Abraço ela. Você é uma mulher maravilhosa e com muitas qualidades e merece muito ser feliz e eu sei que tudo vai da certo pra vocês dois.

Cibele: Será mesmo que eu vou ser feliz?

Diana: Claro que vai, a gente colhe aquilo que a gente planta e você só plantou coisas boas minha linda e lá na frente você vai se recompensada pela pessoa que você é.

Cibele: Vou sentir sua falta! Você se tornou mas que uma cunhada se tornou uma irmã pra mim.

Diana: Em qualquer lugar que eu esteja vocês sempre vão está comigo, somos uma família.

Vejo o servo se aproximando com os sucos e me calo.

Servo: Aqui senhoras. - Tomei um gole.

Diana: Transmita os meus parabéns ao Danilo, ele sempre cada vez mas se supera na cozinha.

Cibele: Pois é, eu achando que em Ávila tínhamos o melhor cozinheiro do mundo mas quando cheguei aqui vi que estava completamente enganada.
- Rimos.

Servo: Com licença senhoras, se precisarem de alguma coisa estou a disposição. - Assentimos com a cabeça e ele saiu.

Cibele: Queria tanto engravidar, mas o seu irmão se recusa.

Diana: Porque? - Olhei assustada.

Cibele: Ele diz que tem certeza que vai ser um péssimo pai e não quer colocar filho no mundo pra sofrer.

Diana: De péssimo pai ele tem exemplo mesmo porque o nosso não é flor que se cheire, mas que horror da parte dele em dizer isso.

Cibele: Vejo a Ísis com a Lavínia aumenta mas ainda a minha vontade de ser mãe.

Diana: Falando em Ísis, por favor cuida da Lavi pra mim, já pedi isso a minha irmã e sei que a minha tia também vai fazer, mas é sempre bom reforçar o pedido, não confio naquela mulher pra cuidar da minha sobrinha.

Cibele: Precisava nem pedir eu amo aquela menina demais.

Diana: Todo mundo aqui ama, menos a própria mãe.

Cibele: Foi sério aquilo que ela disse quando a menina nasceu?

Diana: Sim. Só confirmou a minha intuição que ela só engravidou com intenção no trono.

Cibele: Nossa, não entendo como uma pessoa consegue ser tão podre a ponto de não gostar da própria filha.

Diana: De tudo a gente ver nesse mundo.