E P Í L O G O : 3 0

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O sol radiante que atingia o rosto de Suzan Morgan naquele momento era satisfatório. O sentimento de alívio percorria todo o seu corpo enquanto via a enteada seguir seu rumo de volta para a Califórnia.

Quando finalmente o carro preto e escuro de Phill saiu de seu campo de vista, ela suspirou completamente radiante e foi se voltando novamente para sua casa.

Mas, assim que se virou, ela pôde observar seu lindo marido andar em passos lentos da casa de Ward Cameron, até ela.

Derek sorriu para a esposa assim que subiu os degraus da varanda, e loira retribuiu o gesto enquanto se jogava em seus braços.

— Algo aconteceu para estar tão empolgada? — perguntou o Mason, tentando saber o motivo do riso frouxo da esposa. E a mesma logo se afastou dele enquanto se dirigia novamente á casa. 

— Me livrei do seu problema, querido. — informou ela como se não fosse um grande feito.

Em passos lentos e suaves, ela entrou e observou o rosto de seu marido com um enorme sorriso em seus lábios e se aproximou novamente dele.

— Maya? Não sabia por quanto tempo ela conseguiria ficar... — confessou Derek, e Suzan apenas sorriu erguendo seus dedos finos e segurou o rosto do homem, depositava um beijo carinhoso em seus lábios.
— Ela estava atrapalhando o plano. Foi necessário. — Suzan consolou o marido, e nisso fechavam a porta da casa.

Suzan Morgan foi seguindo diretamente até o escritório de seu marido, que na verdade, era dela. Então adentrou no local e pegou a garrafa grande de whisky que se encontrava ao lado da mesa principal. Ela abriu a garrafa e encheu seu copo.

— Pensei que ela nunca fosse aceitar minha oferta. — desabafou. — Mas, pelo visto sua boca grande fez com que ela aceitasse sem pensar duas. — informou aparentemente zangada enquanto fitava o esposo. — Ela e aqueles amiguinhos pogues dela estavam quase descobrindo a gente. — afirmou a loira, enquanto fechava a garrafa e bebericava seu copo.

Derek Mason se mantinha encostado na entrada. Com um olhar pensativo no rosto.

— Não era necessário aquilo tudo. — contestou, e Suzan riu.
— Claro que foi, meu amor! Você sabe o quanto aquele ouro vale! Você sabe que se ela descobrisse sobre o dinheiro e o motivo daquela festa idiota, ela teria dado um jeito de acabar com você. A garota é frágil, mas não é burra. — declarou a mulher suspirando de leve, enquanto se escorava nas costas do sofá. 

— Como a convenceu a sair da ilha? — perguntou Derek, e Suzan sorriu contente.
— Ah, fiz um pequeno teatrinho, falando sobre como você é mal, de como me fazia sofrer, oh meu Deus, meu marido é horrível! — Suzan foi se aproximando do marido com um sorriso malicioso nos lábios, e com a mão desocupada do copo, ela acariciou a nuca de Derek. — Infelizmente tive que me aproveitar da sua má fama. — confessou e Derek suspirou pesado. Suzan revirou os olhos por conta de seu gesto. — Que que foi Derek? Agora você tem coração? Me poupe! — ela bebeu de seu copo. — Você foi o primeiro a dar um tapa na cara dela quando pedi que a tirasse da ilha. E você preferiu isso, do que a mandar de vez. — acusou a loira com raiva nos olhos e o marido a sua frente tomou o copo das mãos dela.

— A grana é importante, e infelizmente eu disse que faria o que fosse preciso para conseguir. — declarou. — E apesar de seus comandos não terem adiantado, você conseguiu sozinha. Mérito seu. — disse sarcasticamente, bebendo do whisky.

Suzan o encarou com um olhar curioso e sorriu de leve para ele.

— Olha... Aqueles pogues imundos são espertos... — começou a loira. — Mas... Você sabe o quanto sou boa para tirar o alvo das nossas costas. — disse. — Eu pensei em tudo. Tudo menos na sua filha. — declarou. — Maya chegou no pior momento possível! Estávamos prestes a pegar a grana desses idiotas da ilha, e ela quase estragou tudo com aquele showzinho de filha rebelde. Aquele velho babaca do Walter por um triz não colabora com a nossa bela "caridade de criancinhas". — riu. — Sabia que aqueles adolescentes tentariam investigar se descobrissem algo. Mas ter Maya na jogada, fez até a Sarah se rebelar. Eu vi a garota entrando no escritório do Ward outro dia e foi ai que percebi que teria de fazer alguma coisa. Mas, acho que o ódio que sua filha tomou de você foi tão grande, que ela nem hesitou depois de eu arranjar a escapada dela. — Derek suspirou fundo.

— Não queria que ela me odiasse a esse ponto. — confessou Derek.
— Se não tivesse a abandonado quando pequena, talvez ela não tivesse motivos. — comentou Suzan. — Mas, foi bom para o decorrer do plano agora. Só metade do ouro foi achado. Os investimentos que fizemos com o dinheiro da festa não está dando lucro, já que aqueles operários inúteis não acham nada. — disse convicta.
— E nas Bahamas? Já está tudo pronto? — perguntou Derek, e Suzan sorriu animada.
— Pronto para quando formos levar o ouro todo. Todos os quatrocentos milhões. — disse com um sorriso largo. — Mas, temos que encontrar a bússola. Avisa ao Ward e a burra da Rose que eu quero uma reunião com eles amanhã. E, vai ser aqui em casa dessa vez. Não quero os olhos curiosos daquela garota, Sarah, no nosso plano de novo. — exigiu a loira e Derek apenas concordou.

— Se mais alguém entrar no meu caminho de novo, juro que este terá o mesmo destino que Big John e Scooter Grubbs.
— Sei disso. — disse Derek. — Já usou o dinheiro de Mike? Ele me perguntou esses dias sobre as crianças do Caribe e eu tive que inventar uma desculpa de que fomos lá na semana passada. Se ele perguntar algo pra você, já sabe. — informou por fim e Suzan viu o marido ir saindo da sala e o ouviu subir as escadas.

Suzan cruzou seus braços e suspirou de leve.
Ela não gostava do fato de ter matado Scooter Grubbs, e ter pedido para o marido assumir a culpa. E principalmente ter exigido para Ward Cameron matar Big John. Porém, foi necessário. John fazia perguntas de mais e trabalhar com ele tinha sido uma grande dor de cabeça para a loira. E o fato de Scooter não ter a pagado deixou seus nervos e o seu desejo de matar ainda maior.

Não foi a primeira vez que ela teve de derrubar sangue para conseguir o que quer, e com certeza não será a última.
Eram quatrocentos milhões que estavam em jogo, e ela com certamente não iria deixar nada a atrapalhar de novo.
Não mais. 

𝐃𝐈𝐒𝐓𝐑𝐀𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍¹ ;; 𝒐𝒖𝒕𝒆𝒓 𝒃𝒂𝒏𝒌𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora