Era incrível como eu conseguia me culpar sempre pelo o que aconteceu, tirar o meu bebê foi o maior erro da minha vida.
E como a minha consciência pesava, como eu me sentia suja, me sentia mal por isso.Sempre que eu paro pra pensar que se eu não tivesse sido uma irresponsável, eu poderia está bem, mas eu fui, e Agora tenho que arcar com as consequências.
Eu me entreguei a essa escuridão que sempre esteve dentro de mim. A ideia de tirar a minha própria vida está em destaque na minha mente, mas algo dentro de mim me impede de fazer isso, Infelizmente.
Não conseguia mas olhar para o lino, ele me queria bem, mas eu não. E eu já estava cansada de mentir pra ele dizendo que tentaria melhorar quando na verdade eu só quero acabar com a minha vida.
Então eu literalmente me tranquei no meu quarto e só saía de madrugada e olhe lá.
Meu pai não falava comigo, acho que ele adorou esse meu novo eu. É a filha que ele sempre quis, uma garota que não tem nenhuma amizade, não tem felicidade e está presa a uma culpa tão grande que está acabando com ela aos poucos.
É, acho que agora ele se orgulha de mim.
Já desisti da minha vida, dos meus sonhos.Meu sonho era aprender a tocar piano, e realizei, depois meu sonho passou a ser ensinar as pessoas sobre esse instrumento maravilhoso. Mas esse eu não realizei e nem vou, não sei da onde eu achei que teria capacidade para ensinar alguém, Sou uma completa idiota.
Perdi a conta de quantas vezes já planejei uma forma de me eliminar desse mundo, mas nenhuma ideia me parecia valida o suficiente.
Até que eu me deixei levar.
Eram 03:00hrs da manhã e eu estava mais uma vez sentada no chão do meu quarto, chorando enquanto todas as memórias de uma briga, todas as palavras do
Ruggero e dos meus pais, Me torturavam, elas me perseguiam e eu não conseguia me livrar.Estava completamente atormentada. então me levantei e sai de casa pela janela do meu quarto. As ruas do bairro estavam completamente desertas, mas eu não tinha medo. Na verdade se aparecesse alguém pra tentar me assaltar ou coisa pior, estaria adiantando o meu lado.
Meu corpo se movia automaticamente para uma ponte que dividia o bairro, ela era bem alta e torcia para está com pouco movimento.
A noite toda estava fria, e uma neblina cobria boa parte da cidade, poderia ser um cenário medonho, mas eu realmente não me importava com nada disso.
Então cheguei onde eu queria. E já tinha ultrapassado a barra de proteção da ponte. Era bem alta, muito alta. e então a certeza do que eu iria fazer virou uma dúvida. Eu estava dividida.
Não acaba com a sua vida.
Se joga logo, ninguém vai se importar.
Você ainda tem seus irmãos.
Eles são outros que fingem se importar, é melhor acabar com esse sofrimento de uma vez.
E o meu último pensamento prevaleceu. Em nenhum momento eu parei de chorar, só tomava coragem para me jogar. Seria melhor assim, toda essa dor sumiria pra sempre, não precisaria me culpar por tudo pois não estaria mais aqui. seria a minha liberdade.
Minhas mãos que seguravam a barra de segurança logo atrás de mim, começaram a Afrouxar. Então me veio a memória o lino e o gui e segurei firme na barra de novo.
Karol: Desculpa meninos – disse em meio ao choro – eu não aguento mais – falava sozinha como se eles pudessem me ouvir – por favor me deixem ir – minha voz era quase inexistente. - e-eu não aguento mais isso.
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Amar tem suas consequências
FanfictionA história que eu vou contar não começa com um era uma vez. não é um conto de fadas, ela é real. é a minha história!. e vou contar o início dela para vocês... Tudo começou A um tempo atrás, três jovens eram amigos, só que tinha um problema, havia se...