Tente Relaxar

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Por Karol

Paula: karol – me chamou e assim que olhei pra ela levantei na hora.

Ela Estava com sua bolsa de roupas na mão.

Karol: que isso? Pra que isso mãe? – fui até ela e no caminho desliguei a televisão.

Paula: vou voltar pra casa e-

Karol: Não! Não mesmo. – impedi.

Paula: eu já te incomodei demais aqui...

Karol: claro que não – tentei pegar a bolsa da sua mão – você não me incomoda, pelo contrário, eu estou amando ter você aqui – abri um sorriso trêmulo.

Eu tinha medo de que ela voltasse pra lá.

Paula: eu já decidi, os meninos estão mais atentos, nada vai acontecer.

abriu um sorriso que poderia ser reconfortante em qualquer outra situação, menos nessa

Karol: quem te garante que aquele infeliz não vai te machucar de novo? Mãe pensa bem, fica aqui, é mais seguro pra você. Ou Então vamos na delegacia e-

Paula: eu já disse que não vamos a delegacia, não foi nada demais...Olha – colocou a bolsa no chão e segurou meu rosto com suas mãos – obrigada por se preocupar, por cuidar de mim. mas já passou – neguei e ela afirmou – passou, e não ira se repetir.

Karol: mãe...

Paula: já chamei o taxi e logo ele vai chegar.

Karol: por favor – ela saiu do meu quarto e fui atrás dela – não vai.

Paula: já está decidido. Irei te manter informada – levantou o celular que eu havia dado a ela pois nem celular ela tinha.

Segundo ela o seu antigo celular caiu da escada.

Não consegui convence-la e assim que ela se foi  senti um aperto no peito, um medo do que poderia acontecer. Eu não sabia o que fazer ou a quem recorrer, então uma pessoa  veio a mente.

Ligação on:

Pedro: alô?

Karol: Oi...sou eu a-a karol – andei de um lado para o outro na minha sala.

Pedro: oi filha, o que aconteceu?

Karol: eu to desesperada – contei toda a situação para ele – e eu não sei mais o que fazer.

Pedro: o fato dela nunca ter  dito que foi realmente ele complica tudo mesmo – parecia pensativo – vou falar com meus amigos dessa área e pedir para ficarem de olho no Antônio, okay?- senti um pouco de alívio – enquanto isso, tenta convence-la a fazer a denúncia, ou faça uma denúncia anônima.

Karol: ela disse que se eu denunciar vai negar tudo.

Pedro: ela ainda tem os hematomas?

Karol: já passou um tempo, quase não da pra ver – escutei ele bufar.

Pedro: vou te ajudar minha menina. Isso não vai ficar assim, pode ter certeza!

Karol: obrigada pai, Muito obrigada!

Pedro: me mantenha informado por favor.

conversamos mais um pouco e desliguei.

Eu ainda estava tão preocupada.

A noite ia se transformando em madrugada e eu não conseguia nem cochilar de tanta preocupação.

Amar tem suas consequênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora