Amar tem suas consequências

Ponto final

Por Jorge;

estava tudo dando errado

Meu pai não tinha o direito de tocar um dedo na minha mãe, não tinha! Ele machucou a pessoa mais importante pra mim, isso não vai ficar assim.

Esse desgraçado

Ele ferrou com tudo.

Ainda fugiu e deixou tudo nas minhas mãos, todo o peso de uma bomba que estava prestes a explodir, sabíamos disso, e tudo o que eu mais queria era não fazer parte de toda essa sujeira que ele me meteu.

Eu era pequeno quando descobri sua verdadeira identidade, nunca quis ser cúmplice, mas meu pai...ele me manipulava para não contar a verdade, e eu sempre obedecia, o trabalho que ele tinha era perigoso e eu tinha pavor de ser mais uma de suas mercadorias.

Mas depois de  um tempo ele se afastou desse ramo, mas do que adiantava? Famílias e famílias já tinham perdido seus bens mais preciosos, inclusive a da Luna.

me lembro até hoje do dia que ela chegou na nossa casa, como minha meia irmã...eu não desconfiei, estava feliz em ter alguém para brincar pois o Lino tinha apenas 1 ano na época

*flashback on*

>> Há 21 anos atrás<<

Eu tinha acabado de acordar, mas não tinha sido pela minha mãe, eu acordei com um choro chato que não parava nunca.

Não era o choro do lino.

Então me levantei e sai do meu quarto, ainda estava tudo escuro.

Droga, deve está de madrugada ainda, isso me deixou emburrado e com vontade de tacar todos os meus brinquedos em seja lá quem for que estivesse chorando.

Fui seguindo o som que dava em um dos quartos vazios da casa e quando cheguei lá a porta estava aberta e me assustei com uma menina no chão do quarto.

Jorge: Quem é você?

ela se assustou, se escondendo atrás da cortina.

Quem é ela?

Olhei em volta do quarto mas não vi meu pai, nem a minha mãe.

Jorge: olha, acho que entrou na casa errada – entrei no quarto andando devagar até lá. Ela ainda chorava.

Eu não entendia, o que ela tá fazendo aqui?

Jorge: ei – puxei a cortina e ela olhou pra mim com os olhos vermelhos. – nossa você deve ter chorado bastante – me sentei de frente para ela – por que está chorando? – ela não respondeu e fiquei olhando pra ela. Nunca tinha visto essa garota – você fala? – ela apenas voltou a chorar abraçada as suas pernas – assim eu não posso te ajudaaar – resmunguei – por que você não dorme um pouco?

ela parecia não entender o que eu falava.

Pensei um pouco, e então me levantei e sai do quarto indo até o meu, pegando meus brinquedos, voltei correndo pra lá e derrubei tudo no chão perto dela.

isso chamou sua atenção.

Jorge: vamos brincar? – balancei os brinquedos e ela só ficou olhando – toma – ela demorou, mas pegou um carrinho e aos poucos foi parando de chorar e começamos a brincar.

Foi legal, já que eu sempre brincava sozinho...

Antônio: Karol  - chamou - jorge? O que está fazendo aqui? – abri meus olhos e vi o meu  pai parado na porta.

Jorge: ela tava chorando, ai eu brinquei com ela até ela dormir – expliquei levantando do chão e ele só concordou – quem é ela pai? – cheguei perto dele.