As Ramificações: Negócio de Família

CAPÍTULO 22

O quarto de Bruce parecia um hospital. O cheiro que tinha embrulhou o estômago de Brenna que acabou recuando alguns passos.

Bruce estava deitado em sua cama, ao lado dele havia alguns equipamentos que pareciam mante-lo vivo. O homem ao sentir a presença se alguém levantou o olhar e ao ver Brenna, sentiu seus olhos marejados.

— Pai... - sussurrou ela ao caminhar até ele e segurar a mão dele. - O que fizeram com você...?

— Pensei que nunca mais veria você, minha pequena Amazona. - Sussurrou ao tocar o rosto de Brenna com a sua mão livre.

— Faz alguns anos que não me chama assim. - disse Brenna ao sentir suas lágrimas molharem seu rosto.

— Queria te pedir desculpas... - sussurrou ele. - Eu... Eu fui um pai horrível pra você. E... Não posso morrer, sem... - ele suspirou. - Sem pedir desculpas a você.

— Papai... - disse ela antes de deitar seu rosto sobre o corpo de Bruce e chorar. - Não pode me deixar agora.

Bruce acabou ficando em silêncio, e com sua mão livre, ficou acariciando os cabelos de Brenna, mas logo Diggle bateu na porta.

— Senhorita Brenna, melhor irmos.

Brenna concordou e então se colocou de pé. Antes de sair, beijou Bruce na testa e sorriu para ele. O homem sorriu de volta e então soltou a mão de sua filha. A garota secou suas lágrimas e acompanhada de Diggle saiu da casa. Quando chegou no carro, ela viu uma moto perto de uma das árvores que havia perto do portão.

— Diggle, leve Alffie e Mack pra casa, eu vou resolver algumas coisas e vou até a Cripta da minha mãe.

— Senho... - Ele foi interrompido.

— Faça o que eu mandei. - Disse antes de beijar a testa da filha.

Diggle suspirou e aguardou Alfred entrar no carro e então levou ambos de volta para Star City. Brenna aguardou que o carro estivesse longe para então se aproximar de quem estava na moto.

— Pensei que não iria vir. - disse ela.

— Achou mesmo que eu não iria aparecer? - Perguntou ele ao retirar o capacete. - Bree, eu nunca diria "não" a você.

— Posso te, dar um abraço? - perguntou ela.

O rapaz desceu da moto e colocou o capacete ao lado da moto e então envolveu Brenna com seus braços.

— Estava com saudades de você.

— Eu também, Jason. - Disse ela ao abraça-lo.

— Aliás, o que veio fazer aqui? - perguntou ele ao se afastar e colocar ambas as mãos no bolso.

— Ver meu pai. Ele está... Muito doente.

— Arrow, ele... Sabe?

— Sim. Mas não gostou nada disso. - Falou ela.

Jason suspirou e passou os dedos entre os cabelos e  olhou para os lados.

— Desde o seu aniversário, eu queria te contar uma coisa, mas, eu não sabia muito bem como dizer. Teve todo aquele rolê em te contar sobre quem seu pai era de verdade, então... - ele olhou para ela. - Eu ainda amo você. Mas eu sei que não posso dar a vida que merece, e nem pra Mack, mas Brenna eu... - ele foi interrompido.

Brenna então o beijou. Jasou retirou ambas as mãos do bolso e levou uma delas até a cintura de Brenna a puxando para mais perto, enquanto a outra foi até a nuca da garota. O beijo foi lento e apaixonando, mas logo ambos se afastaram.

— Jason... - Disse ela antes de dar as costas para ele e ir embora, em direção a cripta da família Wayne.

Diana era uma Amazona, e nunca deixariam o corpo dela no mundo dos mortais, e ali só havia uma lápide com seu nome e datas de nascimento e morte.

— "Filha, irmã, amiga e mãe. Eterna Princesa de Themiscira, vida Longa a Princesa Diana. Te amaremos externamente."... - leu Brenna ao tocar a lápide com os dedos.

"Batman estava alguns metros dali, e Brenna estava escondida atrás de alguns escombros quando Mera, com sua espada segurou Diana por seus longos cabelos negros e então passou a espada em seu pescoço.

Arthur correu até a pequena menina e a pegou no colo, tentando não deixar que ela visse ainda mais daquela cena.

— Tio Arthur, minha mãe, ela...? - perguntou ela tentando não chorar.

Arthur olhou em volta e Mera estava segurando a cabeça de Diana como um troféu.

— Desculpa querida, mas eu não consegui salvar sua mãe. - ele olhou nos olhos da menina. - Mas eu vou salvar você. Eu juro."

**

Diggle estava voltando para Gotham, dessa vez com Arrow. O loiro estava em silêncio quando eu celular tocou.

"Arrow: Alguma coisa?

Amanda: Olha o seu Whatsapp."

Ao finalizar a ligação, ele olhou o aplicativo e lá estavam diversas fotos de Brenna e Jason se beijando. Quando o carro estacionou em frente a cripta, ele guardou o celular e suspirou antes de sair. Diggle conhecia Arrow, e rapidamente foi até ele.

— Ei, o que vai fazer? - Perguntou Diggle.

— Do que está falando?

— Conheço você, Arrow. Não sei o que viu no seu celular, mas independente do que quer fazer, agora, nesse exato momento não é o melhor. - disse o guarda-costas.

Ambos estavam conversando quando Brenna apareceu na porta da cripta. Arrow olhou para ela e a garota não conseguiu segurar as lágrimas. Ela caminhou até ele, e passou ambas as mãos em seu rosto, secando as lágrimas que não paravam de descer.

— Me desculpe Arrow. - disse ela sem conseguir olhar nos olhos dele.

— O que esperar de uma Wayne, não é. - disse ele evitando chorar. - Diggle vai levar você pra casa, eu vou, ficar em algum lugar.

Ela olhou para ele, e Arrow desviou o olhar. Diggle abriu a porta para ela e aguardou que ela entrasse. Brenna poderia tentar se explicar, mas naquele momento o melhor era deixar como estava e aguardar que tudo se acalmasse. Quando o carro passou os portões da propriedade Wayne, Amanda estava na escada e foi até seu melhor amigo.

— Pode ficar aqui. - disse ela.

— Obrigado. - Respondeu ele ao concordar.