CAPÍTULO 24

5 1 2
                                    

Enquanto Bárbara limpava os ferimentos de Amanda, a garota fingia estar triste e sem entender o que estava acontecendo.

— Eu simplesmente fui abraçar ela, já que saiu em todos os jornais que ela havia traído o Arrow, e eu não estava acreditando nisso. Foi quando ela começou a me bater.

— Realmente não esperava isso da Bree. - disse ao colocar um curativo no corte que havia na testa da garota. - Provavelmente o Dick vai falar com ela. E vamos resolver isso.

— Talvez seja por... - ela parou de falar e baixou o olhar.

— Ei, pode falar. Sabe muito bem que somos amigas e pode contar comigo. - Falou Bárbara.

— Talvez isso tudo foi porque ela me viu com o Sophie. A Brenna nunca aceitou o fato de eu ser bissexual. - Falou Amanda ao secar uma lágrima que nem existia.

Bárbara não falou mais nada, apenas colocou mais alguns curativos e logo ambas voltaram para a sala. Richard estava falando com alguém no celular perto da lareira e parecia mais preocupado que antes. Algumas empregadas já estavam limpando a casa e logo Amanda foi para seu quarto, logo Richard desligou.

— E agora? Eu liguei pra delegacia, e Selina denunciou Bruce, ele não pode se aproximar dela e do bebê. E também mandei mensagem pro Jason, mas ele tá incomunicável faz quase uma semana. - disse ele ao cruzar os braços.

— Me dê alguns minutos. - disse ela ao beijar ele e sair.

**

Quando Brenna chegou na porta do quarto de Bruce, abriu a mesma e pode ver sei pai de pé em frente a janela. Ela caminhou rapidamente até ele e ambos se abraçaram.

— Minha filha, não devia estar aqui. - disse ele.

— Porquê? - perguntou ao se afastar.

— Porque agora está presa aqui comigo. - disse ao ver a porta fechar e trancar.

Brenna correu até a porta e tentou abri-la, mas nada funcionava. A garota pegou seu celular e ele estava sem sinal, ela olhou para o homem e ele negou com a cabeça.

**

Após ela sair dali, Barbará foi até o escritório de Bruce e após procurar a estátua que havia na mesa, ela apertou no botão que havia ali e uma porta atrás de si se abriu, dando acesso a uma escada. Com seu celular ela ligou a lanterna e desceu a escadaria chegando ao seu destino. Ela procurou uma alavanca que havia ao lado da escada e ao empurra-la para baixo, todas as luzes voltaram a ligar, assim como os computadores.

— Bem-Vinda, Batgirl. - disse o Batcomputador que usava a voz de Bárbara.

— Saudades de você, batcomputador. - disse a ruiva ao andar até a tela central.

— Bem-Vindo, Asa Noturna. - Disse a Inteligência Artificial.

Bárbara olhou para trás e viu Richard pasmo. Ele andou até ela e sorriu, o homem também sentia falta de suas noites como vigilante, mas sabia que em Gotham apenas Batman poderia existir.

— Como soube que eu estava aqui? - perguntou ela.

— Quando acionou a alavanca as luzes da mansão piscaram. - Respondeu ele.

— Batgirl e Asa Noturna, posso ajuda-los? - Perguntou uma I.A que tinha a fisionomia de Diana.

— Diana? - perguntou Richard.

— Não, não sou ela, Richard. Mas tenho a fisionomia dela. Posso mudar, caso isso o deixe triste. - disse a I.A.

— Não. Isso me deixa feliz. - Sorriu ele.

— Quero acesso as câmeras da mansão. - Disse Bárbara. - De hoje.

— Acessando as câmeras. 29%.... 79%...

**

— Desde quando está aqui? - perguntou Brenna ainda tentando ligar para alguém.

— Desde sua última visita. Amanda notou que eu estava melhorando, e ela e Selina se juntaram. - respondeu ele ao lado da janela. - O que houve na sua mão?

Bruce caminhou até um armário e ele retirou uma caixa de primeiros socorros. O homem foi até a filha e ambos foram em direção a cama, onde sentaram e Bruce começou a limpar o ferimento de Brenna.

— Ah... Eu perdi o controle. - disse olhando para o mais velho.

— A pessoa saiu pior que você?

— Com certeza. - respondeu ela.

— Essa é minha garota. - Disse Bruce enquanto sorria e após limpar o sangue, passou uma pomada e fez uma atadura.

— Posso te fazer uma pergunta? - ela olhou pra ele que confirmou com a cabeça. - Porquê me maltratou tanto? Depois da morte da mamãe, eu precisava de você.

Bruce ficou em silêncio. Sabia de todos os seus erros e tinha vergonha de cada um deles.

— Eu... - ele pigarreou e manteve seus olhos na atadura que estava fazendo. - Eu poderia dizer que a culpa é da Selina, que me fez mudar, mas... - Ele olhou para a filha. - A culpa é minha. E peço perdão por isso, eu devia ter sido não só um pai, mas um homem melhor.

— Um Batman melhor. - Finalizou ela.

— Um Batman melhor.

Enquanto eles conversavam, a luz começou a piscar o que fez a porta destrancar e ambos se olharam e imediatamente ficaram de pé e Brenna correu até a porta.

— O que acha de ir embora desse quarto?

— Vamos logo. - disse ao caminhar até a filha.

— O que será que aconteceu pra que a porta abrisse? - perguntou ela ao pegar ao celular.

— Vem comigo e vai ver. - disse ele ao caminhar em direção ao seu escritório.

Bruce e Brenna caminharam até o cômodo, e da mesma forma que Bárbara ativou a porta, ele fez. Empurrou a cabeça da estátua sobre a mesa e apertou o botão. Ambos desceram as escadas, e Brenna teve acesso a batcaverna pela primeira vez em toda sua vida.

— Bem-vindo, Batman. - Disse a I.A. - Olá, seja bem-vinda, WonderBat.

— Mãe...? - perguntou ela ao caminhar até a imagem de holograma de Diana.

— Sinto muito, mas não sou a sua mãe. - Respondeu a I.A.

— Bruce, o que faz aqui? - perguntou Richard.

— Acho que está na hora de termos uma reunião. - Disse Bruce ao andar até a tela principal do batcomputador. - Batgirl, chame o Jason, diga que... A Batfamilia está de volta.

As Ramificações: Negócio de Família Onde histórias criam vida. Descubra agora