Over you [CONCLUÍDO]

Capítulo 8

Ethan Smith

— Por favor, não me machuca, eu não tive culpa — começo a chorar. Estou tremendo de medo, os meus pais acabaram de chegar e estão bêbados e drogados. Quando estão assim descontam suas frustrações em mim.

— Cala a boca, criança insuportável, como eu queria que aquele aborto tivesse dado certo — o homem que deveria ser meu pai diz. Ele começa a tirar o cinto da sua cintura, estremeço de medo. A mulher que me teve só observa sem fazer nada e com um sorriso sádico no rosto. 

Ele começa a me bater, cada vez que o cinto bate na minha pele parece que estou sendo dilacerado. Não se contentando só com o cinto ele começa a me socar e a cada soco minha alma vai ficando vazia. E depois eu sei que a minha mãe vai me espancar também.

Eu não aguento mais, eu só tenho 9 anos de idade até quando irei viver assim? 

Acordo sobressaltado diante da lembrança, olho para o lado e vejo a Raven. Ela olha para mim e percebo que ela estava tentando me acordar. 

— Calma, foi só um pesadelo — ela me deita no seu peito e começa a fazer um cafuné no meu cabelo, diante de tanto carinho eu começo a chorar — quer me contar com o que você sonhou? — balanço a minha cabeça negando, ela me aperta mais em seus braços. Fico lembrando do que aquelas pessoas fizeram comigo e soluço — calma meu bem eu estou aqui — coloco a minha mão no seu seio e apertei. Sem opção para que me acalme, ela abre a blusa e retira o seu seio e coloca na minha boca — pode mamar, não fique com receio.

Começo a sugar o seu seio e fico mais calmo. Aperto na intenção de sair alguma coisa dele, mas não sai nada e resmungo. Ela continua a mexer nos meus cabelos e começo a ficar sonolento. Depois de alguns minutos sinto o sono vim.

Abro os meus olhos e percebo que já é de manhã, olho para o meu lado e vejo que está vazio. Levanto da cama de repente, vou ao banheiro e vejo que também está vazio, suas roupas também não estão aqui. Me desespero e começo a chorar pensando que estraguei tudo quando mamei no seu peito.

A porta do meu quarto se abre e vejo a Raven com uma feição preocupada me olhando.

— O que foi meu bem? — caminha até mim.

— Eu pensei que você tivesse ido embora — solucei. Ela chega mais perto de mim e me abraça. Coloco a minha cabeça no seu pescoço e grudo nela. 

— Calma, eu só fui na padaria perto do seu prédio comprar o nosso café da manhã neném — fico feliz em ouvir o apelido. Ela me dá um beijo na testa, um selinho e enxuga as minhas lágrimas — agora para de chorar e vai tomar um banho, estou te esperando lá embaixo — Ela desfaz o nosso abraço e desce lá para baixo. Caminho em direção ao banheiro todo bobinho, escovo os dentes e tomo um banho caprichado. Volto ao meu quarto e vou ao closet, pego uma camisa polo preta, uma bermuda preta e um chinelo. Passo o meu desodorante, o perfume e arrumo o meu cabelo. Arrumado desço para encontrar a minha Raven. Ela é minha só não sabe ainda.

A encontro sentada a mesa me esperando, vejo que está composta com frutas, suco que eu acho que é de laranja, café, pão, presunto, mortadela e um bolo de cenoura. Vou para perto dela e beijo aquela boca gostosa. 

Me sento à mesa e começamos a comer.

— Quer conversar sobre ontem? — questiona.

— Ainda não estou preparado — falo olhando nos seus olhos e bebendo o meu café. Ela assente e diz que não quer que eu me sinta pressionado, que é para eu contar quando me sentir pronto. Fico agradecido pelo o modo como ela fala e reforço que ela é perfeita para mim — sinto muito por ter mamado no seu seio — coro.

— Não se desculpe, eu gostei de você ter sugado o meu seio, percebi que não foi algo sexual — ela sorri para mim e eu fico aliviado — e também já estou acostumada — será que ela deixa outra pessoa sugar o seu seio? Fico enciumado.

— Por que você está acostumada? — olho sério para ela.

— Não precisa ficar com ciúmes, a minha mãe amamenta o meu pai, então já estou acostumada — ela diz e fico surpreso.

— Nunca passou pela minha cabeça isso — ela dá de ombros comendo o seu pedaço de bolo.

Terminamos de comer e levamos o que sujamos para a máquina de lavar louça e o que restou da comida nós guardamos. Agora ela está sentada no meu colo e eu estou reunindo coragem para pedir uma chance a ela.

— Raven! — ela olha para mim, e eu que já estou nervoso fico ainda mais — Eu sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas estou simplesmente encantado por você. As três noites que nós passamos juntos foi simplesmente incrível. Então, estou aqui para te pedir uma chance, quero poder te conquistar como você me conquistou e quero poder te fazer se apaixonar por mim como você fez eu me apaixonar por você. Sim Raven, eu estou simplesmente apaixonado por você e sei que é rápido demais para isso, mas você com esse sorriso e esses olhos castanhos intensos me fez ficar de quatro por você. Quero poder te fazer sorrir, quero assistir aquela série que você tanto ama e todas as outras, quero poder sair de mãos dadas com você e fazer todos aqueles programas de casais e principalmente quero te fazer minha, só minha. Então, você me dá uma chance de te conquistar? — Termino de falar com meus olhos marejados. 

— Não — meu coração se quebra — eu te digo não Ethan porque você não precisa me conquistar, pois você já me conquistou com esse sorriso doce, esses olhos azuis da cor do mar, com esse seu jeito manhoso e por ser você mesmo — fico emocionado com o que ela diz e a beijo. Ela vai parando o nosso beijo com selinhos e depois beija todo o meu rosto. Fico todo feliz com aquela demonstração de afeto — Eu estou gostando muito de você Ethan — dou um sorriso enorme. 

— Raven, você é incrível — ela me abraça. Dentro daquele abraço me sinto seguro, me sinto completo, me sinto em casa.

Raven você é minha salvação.

Me perdoem por qualquer erro ortográfico.

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