Cap.5 - O Surpreendente Baile dos Sobreviventes (Parte I)

2K 278 66
                                    

E eis um momento crucial para nossa história! Mergulhem de cabeça comigo e se preparem! Reviravoltas estão prestes a pintar na sua tela... ;-)

❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎

(sábado)

E finalmente a grande noite.

Por volta das oito horas, os convidados começavam a chegar ao imponente Castelo.

Especialmente naquela ocasião, carruagens suntuosas misturavam-se a carros simples e até mesmo, à pessoas a cavalo. Algo incomum de se ver em um tradicional Baile no Castelo de LaViera.

O Rei fizera questão de convidar, além da nobreza, todas as vítimas do incidente em La Montagna e seus familiares. E a festa não deixou de ser bela ou menos nobre por isso. Pelo contrário. Estava mais cheia e animada que nunca. A diversidade dos frequentadores e o motivo da comemoração deram um ritmo ímpar àquela celebração.

Os convidados, assim que chegavam ao prédio, acessavam a porta principal que dava no enorme Saguão, avistando, ao fundo, a suntuosa escadaria que, em noites como aquela, ficava guardada por uma fila de guardas bem vestidos em seu traje de gala, para saudarem os convidados e, ao mesmo tempo, isolarem a área privativa do prédio.

Logo à esquerda do Saguão, tomavam o imponente Corredor Principal, que quase não se enxergava o fim, caminhando sobre um aveludado tapete vermelho que os acompanhava por toda extensão até o final, onde estava o grande espaço.

No fim do Corredor, a enorme porta dourada de ferro e vidro, de quatro folhas, aberta ao centro e fechada nas laterais, dava acesso ao Magnifico Salão, como era conhecido à época.

Já dentro do recinto, menor não era a admiração com sua magnitude, sendo os convidados surpreendidos pelo luxo de uma decoração deslumbrante que demorava a ser assimilada em uma primeira visita.

O pé direito de cinco metros era destacado pelos detalhes entalhados em ouro, distribuídos harmoniosamente pelas paredes, que misturavam-se a espelhos enormes pregados do teto ao chão, acabados por uma moldura em madeira também dourada, intercalando-se a gigantescas janelas de vidro e ferro, finamente acabadas por incríveis cortinas de veludo vermelhas que proporcionava, durante o dia, uma vista incrível dos jardins meticulosamente cuidados, do lado de fora.

Suntuosos lustres e arandelas de cristal deixavam o ambiente com a luminosidade perfeita. Sofás, poltronas e mesas de apoio com abajures pelos cantos contornavam o grande espaço de dança, demarcado por um lustroso piso de madeira de lei, de onde se podia ver e ser visto.

Do lado direito do Magnífico Salão estava o espaço para acomodar a orquestra e, no lado oposto, o pequeno palanque sobre o qual repousava o trono do Rei, utilizado em momentos específicos das festas, que pedia um discurso, ou para que ele descansasse tranquilo por um tempo durante os longos eventos que oferecia no lugar.

• • •

Laila, deslumbrante, causou frenesi ao adentrar o Magnífico Salão. E, de fato, estava encantadora, trajando um vestido vermelho feito de um corpete justo que se alargava gradualmente até o chão. Luvas produzidas no mesmo material do vestido, acabadas com uma fina renda na extremidade, escondiam seu antebraço e parte do braço. Uma gargantilha rente ao pescoço, encravada de brilhantes com um enorme rubi no meio, e os cabelos presos com a discreta tiara de brilhantes, finalizavam o visual com um toque especial.

Todo glamour do traje de gala, porém, era só um detalhe que viria ressaltar ainda mais seus atributos únicos. Laila tinha vinte anos, era esperta, alegre e dona de uma beleza perturbadora. Cabelos castanhos claros, compridos até a cintura, lisos e levemente ondulados nas pontas, olhos verdes cor de jade, grandes e amendoados, uma boca carnuda e um nariz que harmonizava com todo o rosto. Sua altura beirava um metro e setenta. E o corpo, em formato de violão, chamava a atenção para as curvas torneadas e perfeitas.

(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora