Cap.15 - Quatro dias para o 'Grande Evento'

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Laila cada hora mais acuada e Matheo, mais próximo do Rei...

Será que ainda há escapatória para ela?

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Há poucos dias do aguardado evento, Matheo se sentia mais entusiasmado que nunca.

Não era festeiro por natureza, como o Rei, mas, pelo motivo especial da ocasião, dividia com Fernan a mesma empolgação, que aliás, não poupava o protegido de comentar sobre os bastidores da grande festa, em qualquer reunião que estavam tendo naquela semana. 

Matheo retribuía a animação, enfatizando ao Rei o quanto estava ansioso também pela noite que mal podia esperar. 

Fernan ingenuamente brindava o evento como se compartilhassem das mesmas razões. Mal sabia o que aquele monstro sorrateiro tinha preparado para sua única filha. Seu maior tesouro ao lado de Isaboh.

Matheo também estava literalmente enrolando o Rei se toparia ou não tocar adiante o Plano de Capacitação proposto no último sábado.

— Meu caro, já tem uma resposta?

— Na verdade, Majestade... ainda não há um consenso. — desconversou.

— Que pena... Que pena...

— Mas vou me reunir com o grupo hoje à tarde. Espero já trazê-los aqui amanhã, se não se importar, para darmos uma resposta pessoalmente.

— Excelente, meu caro. Excelente!! — Fernan, como sempre, muito satisfeito com a atitude do rapaz que se mostrava extremamente proativo para qualquer assunto do interesse do Reino e principalmente dele.

A reunião não durou muito, pois a continuidade do trabalho deles dependia de tal resposta.

Matheo, querendo reverter sua "imagem" com Laila, tinha tomado o cuidado de chegar e sair em horários não coincidentes com os dela, conforme as recomendações de Herbert, que agiu muito bem ao "adivinhar" a mudança de postura da princesa.

Como se isso fosse suficiente para tal façanha, que cada dia era mais improvável de acontecer.

Laila, cautelosa, seguiu sua rotina tentando rastrear vestígios da presença non grata daquele monstro ao circular por qualquer ambiente.

Estava cada dia mais desanimada, mas tentava não deixar transparecer para os pais nos encontros corriqueiros.

• • •

Para cumprir o que combinou com o Rei, Matheo decidiu almoçar na Taberna com os amigos. Pois precisava devolver uma resposta qualquer que fosse, dia seguinte, conforme prometido.

Assim que se esbaldaram da deliciosa refeição, Herbert pediu ao senhor Divan um espaço dentro da Hospedaria, o que imediatamente foi cedido, em retribuição à pequena fortuna que vinham gastando no local, entre diárias, refeições, bebidas e serviços contratados da família do proprietário.

— Senhores, o Rei cobra uma resposta sobre a capacitação da guarda dele. — Matheo, direto, aguardava as opiniões de cada membro.

Patrick começa...

— Eu fiquei animado no início, mas, pelos três meses que nos prenderá aqui, ainda tenho dúvidas se será um bom negócio. — preciso, com a visão de estrategista inerente a sua personalidade.

— Eu achei uma boa proposta também, mas não faço a menor ideia do nível atual do contingente do Rei. E se for um bando de "braço duro"?... Os três meses virariam dez fácil, fácil... — satiriza Pablo, o piadista, com seu jeito despojado, especulando sobre os potenciais inexperientes guardas, que talvez não soubessem nem como portar uma espada apropriadamente. Mas com a seriedade de quem é mais do que hábil no manejo de tais armas e sempre entra nas batalhas na linha de frente, assim como Matheo.

Este último, já conhecendo a opinião de Herbert, praticamente ia passando sua vez, quando o amigo pede a palavra:

— Acho que devemos levar uma resposta definitiva ao Rei, independentemente de qual seja, na segunda-feira, pós-Baile. — e encara Matheo, enfatizando as duas últimas palavras.

Era evidente para Herbert que não deveriam tocar no assunto antes do desfecho da vingança que Matheo preparava para Laila.

Matheo, por sua vez, extremamente seguro de si, não se enxergava um mínimo risco sequer vindo lado. Seu excesso de autoconfiança o blindava contra qualquer contratempo, em qualquer situação. Afinal, que problema poderia ter ele, o maior guerreiro que se tem notícia, que enfrentou milhares de homens e derrotou tudo e todos contra quem lutou até hoje, em uma noite que passaria com a princesa?

Mas as ressalvas de Patrick e Pablo tinham pertinência. Por isso, o líder planejou levar uma contraproposta que mitigasse os pontos negativos, o que invariavelmente adiaria a resposta de Fernan para depois do Baile.

— Acho que todos os pontos são válidos. — analisa Matheo. — Por isso, é justo condicionarmos nosso tempo máximo de permanência em três meses, independentemente do nível do contingente. E que é da vontade do grupo socorrer Reinos aliados que vierem a ser invadidos durante o período de Implementação do Plano, garantindo que ao menos um membro do grupo permaneça aqui pra seguir com o treino da Guarda. O que acham?

E o silêncio que se fez "disse" tudo.

Patrick e Pablo estavam plenamente satisfeitos e concordaram, no ato, com as condições da contraproposta.

Herbert estava indiferente. O que realmente importava era a vingança de Matheo e as consequências dela para todos em volta, não excluindo a própria, nem mesmo seus pais...

Para Matheo não importava absolutamente nada. Estava tão obstinado em ter seu pedido atendido que qualquer tempo ganho nessas idas e vindas, desde que não conflitasse ou atrapalhasse seu verdadeiro objetivo, era bem-vindo.

Ele deixou Taberna satisfeito. Parecia que todas as pontas estavam amarradas e tudo conspirava a favor do seu plano de fato — ter Laila na noite de sábado.

Aguardava por este momento mais ansioso que nunca.

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Curtindo, meus amores? Este foi o penúltimo capítulo do livro 1... Se gostaram deixem seus comentários por aqui.... Obrigada!

Quem quiser conhecer minha outra história, ela está aqui na minha pg do wattpad. Chama Meu Mundo é Dela! Dê uma passada lá!

(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora