Cap.13 - Seis dias para o 'Grande Evento' (Parte V)

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Bem que Herbert ainda tenta convencer Matheo do contrário. Mas, será que vai conseguir...?

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Herbert, bem preocupado com a não resposta, continua...

— E a onda gigante lá da praia? Teve dedo seu? Por favor, responda!!

Matheo, com uma ira explodindo pelos olhos, fita o amigo como se não acreditasse no que ele tivera a coragem de insinuar.

— A conversa termina aqui. Fique à vontade pra fazer o que quiser da sua vida. O que decidir pra mim tanto faz... — e põe uma pedra sobre a discussão indigesta que jamais esperava ter com o seu maior amigo.

Matheo saiu da Taberna, espumando, sem olhar para trás e foi direto para o campo ao lado do Rio esfriar a cabeça. Estava transtornado...

Por mais que tenha preparado sua vingança com todo o cuidado, nunca ponderou a hipótese de ser tolhido por Herbert, nem de se desentender com ele da forma que se sucedeu.

Passou o resto da manhã deitado à grama, repensando em tudo...

Mesmo diante da indignação de Herbert e de todas as evidências, era incapaz de achar que estava errado... Aliás, estava plenamente convicto que o que exigiu dela era plenamente justo. A pureza de Laila pela sofrimento dele e da mãe... Uma troca clara, límpida, sem desdobramentos nem ressentimentos. Nada além disso. Condicionou-se a ficar em paz assim que conseguisse sua vingança. Era um pacto que tinha consigo.

Deixar Laila seguir a vida, depois que atendesse sua exigência, deveria ser consequência disso. Estava confiante e ainda mais entusiasmado por finalmente estar prestes a arrancar esse monstro do passado de sua alma. E contava os segundos para isso...

Herbert continuou à mesa recuperando o fôlego, ainda mais temeroso em relação a Matheo, que nem imaginava mais como pudesse se comportar, se qualquer coisa com o plano desse errado.

Decidiu não partir naquela tarde, pois sabia que era um dos poucos que conseguia segurá-lo. Ao menos parcialmente.

Ficou por lá e pediu à Gertrudes que lhe servisse uma caneca de cerveja bem grande, mesmo àquela hora da manhã, para ver se relaxava os nervos e punha as ideias no lugar...

Matheo era definitivamente uma tempestade sem controle, estacionada sobre aquele Reino infeliz.

• • •

Foi-se ainda um tempo para que o estabelecimento começasse a encher. Patrick e Pablo apareceram para o café, cerca de uma hora depois que Matheo tinha saído. Ficaram surpreendidos ao encontrar Herbert com uma cara péssima, em frente a caneca vazia, depositada sobre a mesa.

— A noitada foi boa, hein?? Terminando só agora??? — Pablo solta a maldade, após cumprimentá-lo, sem papas na língua.

Herbert nem se deu o trabalho de responder. Só forçou um sorriso amarelo.

Até onde sabiam, não havia mulher alguma que justificasse o semblante pesado. Se puderam a imaginar o que teria causado tamanha frustração ao companheiro. Habitualmente um cara sensato, alegre e descontraído.

Herbert permaneceu na companhia dos dois por poucos minutos. Depois, voltou para o quarto, de onde não saiu mais até o começo da tarde.

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E aí? Justificável a troca de Matheo? Claro que não, né...? Mas quem vai convencê-lo... 

(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora