Cap.11 - Oito dias para o 'Grande Evento'

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Agora sim! Laila começa a ofensiva contra Matheo com mais determinação. 

Mas... será que vai surtir algum efeito?! Talvez não o que ela esperava...

Confiram o que vem pela frente...

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Logo pela manhã, Laila novamente encontra-se de supetão com aquele monstro, a caminho do Salão de Refeições.

Era evidente que fazia questão de chegar no preciso horário que ela deixava o Castelo. E isso era perfeitamente possível, dado que a princesa tinha uma rotina muito previsível.

Já sem paciência com a ousadia e a frequente presença daquele incivil em seu lar, aproveita que estão sozinhos e, assim que Matheo se aproxima para cumprimentá-la com a hostilidade de sempre, aborda-o de forma surpreendente, enfrentando-o sem nenhuma intimidação:

— O que o senhor faz aqui outra vez??!!!

Mas antes que Matheo pudesse dizer qualquer coisa...

— ... Eu desacredito na sua falta de pudor, seu monstro sem caráter! Exijo que se afaste de mim e da minha família! Não quero vê-lo, se possível, nunca mais na minha frente!! — e conclui, quase sem fôlego, tamanha a coragem que teve de criar para dar um basta na audácia dele.

Sem mover um músculo, Matheo assiste a toda encenação com o pouco caso de um espectador desinteressado. Assim que Sua Alteza encerra o pequeno "espetáculo", ele se aproxima ainda mais e, mirando profundamente seu olhos, responde em tom calmo e ameaçador:

— Para sua segurança e de sua família, senhorita, não interfira nos meus afazeres. — sem alterar o timbre, colocando de vez uma pedra sobre a tentativa frustrada da princesa em vê-lo longe dali.

Não obstante, ainda termina o recado da pior forma...

Te espero, sábado. Ansiosamente... —  e segue seu rumo, sem olhar para trás.

Laila se pôs ainda mais desesperada ao escutá-lo relembrar o maldito pedido. Estava estupefata com a petulância dele e cada dia mais receosa com o pesadelo que vivia. Acabou perdendo a fome, mal conseguindo degustar o saboroso café que dona Deulália preparara.

• • •

Ao chegar da aula, por sorte, Matheo não daria o desprazer de sua companhia no almoço.

Aproveitando o momento a sós com os pais, questionou mais uma vez a presença daquele homem no Castelo. Não sabia mais o que fazer para afastá-lo do pai. A angústia da convivência com Matheo, somada a cilada que o destino lhe preparou, estavam a consumi-la por dentro.

O Rei, como sempre, enaltecia o quanto seu protegido colaborava para a segurança deles, do Reino; falava do trabalho que estavam desenvolvendo, etc, etc.

Isaboh também já tinha aberto mão de se opor ativamente. Influenciada pelo marido e pelo contato que agora tinha esporadicamente com o rapaz, passou a enxergar mais as qualidades e serventia dele que os inúmeros defeitos que já tinha observado, ou o desconforto por desconhecer a origem de Matheo e sua real intenção por aquelas bandas.

Laila, agoniada por não poder dizer o motivo que o mantinha perto deles, calou-se, segurando o choro para não desabar na frente dos pais e correr o risco de levantar qualquer suspeita sobre sua desonrosa missão.

À tarde seguiu para o treino com espadas.

Dia a dia sentia uma evolução que a mantinha motivada e confiante. E não se deixava abater, nem racionalizava sobre o desafio que estava por vir. Pois, se o fizesse, saberia que suas chances eram praticamente inexistentes.

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Espero vocês por lá!

(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora