Cap.3 - Estórias e Preparativos

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Laila se recuperando... O Baile tomando corpo... Mas tem alguma conta que não fecha aí... Bom... Logo logo novidades surgirão por aqui. E não são nada...

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(terça à sexta-feira)

Três dias após o ocorrido, Laila já se sentia bem melhor, porém ainda não tinha liberação para ir à aula.

Permaneceu em repouso com Elisa e sua mãe a enchendo de mimos.

Nesse dia, passou também a receber visitas de conhecidos da Família Real e das amigas da Escola.

Anabella e Luzia, as mais próximas, foram as primeiras a comparecerem.

As três entraram juntas no Curso de Formação para Nobres há quase dois anos.

Ambas estavam muito ansiosas para vê-la, já que recebiam notícias da nobre amiga somente por mensageiros.

Laila recepcionava os visitantes com uma super disposição, sempre sorrindo, agradecida. Afinal, retribuía com a habitual gentileza e paciência, o presente que a vida lhe trouxera. E sabia que estava ali por um milagre enviado dos Céus. Um milagre chamado Matheo.

E o assunto dentro e fora do Castelo não poderia ser outro. Afinal, não havia vítima alguma com recomendações mais drásticas que um repouso de três ou quatro dias, graças à atitude sobre-humana de Matheo.

Aliás, o tema mais comentado não era a fúria dos mares propriamente, mas sim, como ele conseguiu a façanha de tirar todos a salvo de lá.

Àquela altura, inúmeras estórias fantasiosas afloravam aqui e ali. Desde poderes sobrenaturais até a ajuda de seres do além, ou mesmo, de criaturas do mar. Nem os amigos mais próximos, com quem sempre foi visto, foram poupados. Cogitava-se a possibilidade de terem participação no resgate das vítimas.

Mas a verdade mesmo é que Matheo fizera tudo sozinho. E pairava a misteriosa dúvida no ar: o que seria ele? Um ser-humano com um qualquer ou uma surpreendente aberração da natureza?

No mesmo dia em que as visitas à princesa foram liberadas, começaram os preparativos para o grande Baile oferecido aos sobreviventes.

Fernan não cedeu sequer um tantinho aos incessantes pedidos da Rainha para suspender ou, em último caso, adiá-lo, argumentando sobre a frágil saúde da filha, junto à estafante atribuição de dedicar-se à recuperação de Laila e à organização da festa. Motivos genuínos, mas totalmente ignorados pelo Rei e apoiados pela própria filha, que mal conseguia conter a ansiedade em conhecer apropriadamente seu salvador.

Por mais que as atividades de produzir a festa ficassem a cargo dos criados, Isaboh não deixaria de supervisionar os detalhes.

Os Bailes oferecidos no Castelo eram tradicionalmente impecáveis e geravam sempre uma alta expectativa nos afortunados convidados. Mas isso definitivamente não era o tipo de preocupação que tiraria o sono de Fernan.

A homenagem aos sobreviventes e o ato de retribuição ao feito de Matheo, surpresa até então, seriam inadiáveis. Afinal, ele era duplamente grato. Pelo rapaz ter salvo sua única filha e por não ter permitido que o incidente se transformasse em uma tragédia que poderia abalar seu estabelecido reinado.

Fernan, mais do que ninguém, tinha ciência do valor do feito de Matheo para sua liderança. Em qualquer tempo, seria impossível contornar as consequências de um incidente de proporção catastrófica, como poderia ter sido o de La Montagna.

Junto com o Baile, o Rei também preparava secretamente o prêmio de honra ao mérito, escolhendo com muita cautela qual título concederia a Matheo pela façanha.

Como se ele realmente se importasse com aquilo.

Para a Rainha, as horas mais que voavam. A experiência dos criados em festas anteriores a ajudou a manter a situação sob controle, evitando que tivesse um colapso. Pois jamais aconteceu, em qualquer circunstância, ter de produzir um baile nos padrões reais, em tão pouco tempo.

Recuperação

Os convites foram enviados, o cardápio escolhido e o Salão preparado.

Com o passar do tempo, o Baile ia tomando corpo.

A princesa àquela altura já estava totalmente recuperada.

Há um dia do evento, Laila retomou sua rotina, voltando às aulas na Escola e às atividades vespertinas, que envolviam canto, pintura, bordados e boas maneiras.

Já a aula de dança, que exigia esforço físico, permaneceu suspensa por doutor Euclides, que a visitara outras duas vezes, seguindo o protocolo de acompanhamento dela.

Invariavelmente, Laila também passou a semana escutando Elisa falar de Matheo. Quanto ele era grande, forte, imponente, destemido...

A admiração da dama foi tomando uma proporção tal, que no final da semana o homem já tinha virado um semideus.

A princesa se divertia com as estórias que Elisa trazia, vindas da boca do povo e floreadas por sua imaginação. Isso alimentava ainda mais a vontade em conhecê-lo apropriadamente, já que o que guardava dele era uma vaga lembrança do vulto enorme, no fatídico dia.

Como o convite chegou lá....

Matheo tinha acabado de chegar a LaViera com seu grupo, quatro dias antes do incidente.

Foram parar lá, após uma longa batalha de retomada do longínquo Reino de Meredith, por desejo do próprio Matheo, que sugeriu aos companheiros que descansassem alguns dias, antes de retomarem a busca por Reinos e povoados em conflitos. Argumentou, na ocasião, que tinha ouvido falar de LaViera, por seu belo litoral de praias calmas, paisagens bucólicas e clima ameno àquela época do ano.

Desde então, eles estavam alojados na Hospedaria Los Dormientes.

Eram bem discretos. Pagavam pelos serviços do estabelecimento diariamente. Às vezes, bebiam até tarde na Taberna do local, mas nunca faziam algazarras que pudessem incomodar os demais hóspedes ou a família do dono, o senhor Divan.

O proprietário até passou a servir rodadas extras de bebida por conta da casa, assim que soube que Matheo era "o Salvador".

No almoço oferecido pelo Rei, um dia após o incidente, Matheo, quando questionado onde poderia ser encontrado, concedeu um endereço que causou estranheza ao grupo, principalmente a Herbert, o amigo mais próximo.

Naquele mesmo dia, ele concretizou a compra do tal palacete na Colina Ribamares, que pertencera à família de Lorde Hermes, um nobre abonado que já não vivia na Região há anos.

A casa chegou a despertar o interesse de potenciais compradores, mas jamais chegou perto de ser vendida, devido ao absurdo valor pedido pelo proprietário.

O nobre realmente não precisava do ouro. Sem contar que, vez ou outra, a casa ainda era usada como de veraneio pela família, por estar próxima ao mar. Mais precisamente em cima dele, já que se localizava em um dos pontos mais altos do Reino: a Colina Ribamares.

Como Matheo ficou sabendo da intenção de Hermes em vendê-la e concretizou o negócio, era outro mistério. Mas recurso ele tinha. E isso não era surpresa para os amigos, que também possuíam considerável fortuna.

Mudou-se no dia seguinte ao almoço com o Rei para a surpresa dos três companheiros, que realmente não compreendiam o que estaria por trás da atitude repentina de Matheo em comprar um imóvel naquele lugar.

Há dois dias do Baile dos Sobreviventes, Jafé foi à Casa da Colina e entregou o convite de honra a ele, em mãos.

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Como já devem ter percebido, a escritora aqui adoooora detalhes... Mas fiquem tranquilas/os que é só no começo, para entender o contexto todo.

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Obrigada!!! 

(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora