E bem que Herbert tenta qualquer recurso para ajudar a pobre princesa... Mas, será que vai conseguir...? Ainda mais, em se tratando do amigo impulsivo?
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Ida a Ribamares
No início da tarde, Herbert decidiu ir à Colina Ribamares.
Pegou seu cavalo e em pouco tempo estava em frente a tal casa que Matheo adquirira recentemente.
Era a primeira vez que pisava lá.
Matheo, ao ouvir o animal se aproximar, estava de prontidão até conseguir identificar o visitante.
Não demorou portanto, para abrir a porta para o amigo.
Herbert o cumprimentou com um aperto firme de mão e foi entrando a convite. Nem bem pôs os pés na casa e já se atirou sobre um dos sofás, rústicos e macios, espalhados pela sala de visitas, colada ao pequeno hall de entrada.
— Espaçoso aqui, não?
Matheo confirma, levantando a sobrancelha, desconfiado.
— Escuta... Não vim aqui pra discutir ou recriminá-lo pelo caminho que resolveu tomar. — e Herbert aproveita para desarmar o amigo de qualquer suspeita sobre seu propósito ali.
Matheo, mais calmo, aguardava o que estava por vir.
— Vim aqui pra dizer que ficarei em LaViera. E que, se for de sua intenção, estou disposto a aceitar a proposta do Rei, sobre a capacitação da guarda dele.
— Aí sim, parceiro! — comemorou Matheo, com uma expressão que raríssimas vezes Herbert presenciara.
Logo correu buscar uma bebida junto a dois copos para celebrarem a sábia decisão.
Matheo teve a certeza que sua missão estava cumprida em segurar Herbert por ali, pelo menos até que completasse sua vingança. Mesmo após os contratempos e mal-entendidos da conversa da manhã.
Herbert virou o copo de uma vez, esticando o braço para Matheo lhe servir outra rodada. Apesar de estar em "missão de paz", se sentia desconfortável diante do amigo, que revelava ser a pessoa impiedosa, vingativa e cruel, da qual todos que conviviam com ele sempre temeram. Um monstro adormecido que Herbert ainda não tivera o infortúnio de conhecer.
Mesmo sabendo do que fosse capaz, ele nunca tinha visto Matheo fazer uma atrocidade daquelas a ninguém, desde que o conhecera. Nem com os piores inimigos que renderam em batalhas horrendas. E sentia pena de Laila pela lamentável posição de ser o alvo da pior pessoa que poderia existir no mundo para isso.
De fato, Matheo, além de teimoso, era irreprimível e inconsequente. Ninguém poderia contê-lo e Herbert já sabia disso desde que seus caminhos se cruzaram. Por isso, decidiu tentar ajudar aquela infeliz família. Mais precisamente a adorável princesa que se transformara no mártir de seu temível amigo.
Depois de um tempo, Herbert resolve retomar o assunto "Laila". Mas, desta vez, não para reprimir Matheo, pois sabia ser impossível fazê-lo desistir da vingança. A intenção era dar algumas sugestões de como o amigo deveria tratá-la, para tentar amenizar a agonia que ela estaria sofrendo em silêncio. Até o dia que atenderia ao absurdo pedido...
Se é que iria atendê-lo...
— Acho que deve parar com as afrontas à princesa. — Herbert sugere. — Mesmo que ela seja indelicada com você, o que, sinceramente, acho que não vai acontecer mais, você deve tratá-la com cortesia.
— E por que?
— Pois imagino que não deva demorar muito pra que ela pague pela 'dívida', do que te conheço.
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(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1
Ficción histórica**LEITURA RECOMENDADA PARA MAIORES DE 16 ANOS** **OBRA PUBLICADA E REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL** ***Laila é filha única, herdeira do Reino de LaViera e sempre levou uma vida previsível e trivial... Até que, num domingo qualquer, ela vem a ser...