Cap.2 - Visita Inesperada (Parte II)

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E o olha só... Esse Rei Fernan se empolgando além da conta... Eita rei festeiro! Bora saber o que ele está planejando... 

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O Rei, após assumir a cabeceira da grande mesa, ordenou que Matheo fosse acomodado à sua direita, em frente à Isaboh, um lugar de honra.

Antes de dar início ao almoço comemorativo, porém, Fernan fez um pequeno discurso, agradecendo formalmente o ato de bravura de Matheo e pediu desculpas pela ausência da filha, ainda em repouso por recomendação médica.

Matheo ficou ligeiramente irritado, mas logo controlou-se.

Durante a refeição, novamente, pode-se notar a falta de finesse dos visitantes. Realmente parecia que nada fora servido até então e que eles passavam fome por dias. Esbaldaram-se como poucas vezes se viu, com a fartura de um típico banquete real.

Antes de dar o encontro por encerrado, o Rei pediu novamente a palavra e, sem dividir a decisão com ninguém, nem mesmo com sua esposa, fez um anúncio surpreendente.

— Um minuto de suas atenções por favor... Quero aproveitar este alegre momento, diante destes nobres rapazes, para anunciar que darei um Baile em homenagem às pessoas salvas ontem, em La Montagna. — e elevou a taça ao centro da mesa, estimulando os convidados a mais um brinde.

Matheo meneou a cabeça e, sem dizer palavra, ergueu sua taça para o Rei e depois, a cada membro do grupo.

Isaboh, por sua vez, encarava Fernan com um olhar fumegante. Para ela, o marido já tinha indo longe demais com tanta bajulação àqueles desconhecidos. Mas é certo que o Rei, festeiro por natureza, não perderia a oportunidade de celebrar a vida de sua única filha e dos demais sobreviventes com um grande evento.

E os planos não paravam por aí. A intenção era entregar a Matheo o prêmio máximo de honra ao mérito. Prêmio este concedido exclusivamente aos mais competentes guerreiros, por atos de bravura memoráveis na história longínqua de LaViera, registrados ao longo de séculos.

Mas essa, Fernan guardou para si. Não queria provocar ainda mais discórdia na esposa, já que entendia perfeitamente o que aquele olhar penetrante queria dizer.

Após a solenidade do almoço improvisado, os convidados deixaram o Salão, junto ao Rei, que fez questão de acompanha-los até a porta do Castelo.

— Foi uma honra tê-lo conhecido, meu caro. — Fernan se despediu de Matheo. — Aguardamos vocês no próximo sábado para o Baile em homenagem aos sobreviventes. Por favor, informe a Jafé onde estão hospedados, para que ele entregue o convite oficial. — e apontou para o menino ao lado de Matheo, que o fitava como um ídolo.

— Claro, Majestade. — ele fez uma mesura, como um perfeito súdito. — Procure-me na casa da colina Ribamares, a azul e branca, onde a estrada termina. Eu retransmito o convite aos demais.

— Eu sei onde fica! — Jáfé se manifestou. — Mas lá não é a casa de Lorde Hermes? — uma pergunta solta aos ventos, dado que ninguém prestou atenção no menino. À exceção de Herbert, o braço direito de Matheo no grupo, que encarou o amigo com ares de estranheza. Sabia que não possuía propriedade alguma naquele Reino, nem em qualquer outro lugar próximo dali.

Assim que deixaram o Castelo, os quatro foram direto à Hospedaria Los Dormientes.

Tal estabelecimento existia há mais de cinquenta anos e era administrado pelo dono, senhor Divan, e por sua família. Uma discreta, charmosa e confortável estalagem, em frente a Plaza Mayor, destino certo dos viajantes que passavam por LaViera.

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Assim que o grupo partiu, Elisa, empolgada por natureza, foi correndo ao aposento da princesa contar tudo o que sabia sobre almoço inusitado.

— O homem que salvou Sua Alteza esteve aqui. Ele e mais três rapazes. Saíram agora há pouco... — e não conseguia disfarçar a euforia pelo herói misterioso; os olhos tilintando de entusiasmo. — Chama-se Matheo, ama... Um homem altivo, vistoso, imponente, forte, enorme e... lindo... — já suspirando. — E tem mais...! — nessa hora, palmas estridentes escapavam das mãos. — O Rei anunciou um Baile em homenagem aos sobreviventes, já no próximo sábado. Matheo virá. Não é incrível?!

— Nossa, Lis, quanta novidade. — Laila, nem comentou com a dama de companhia, mas estava também muito ansiosa para conhecê-lo. Ficou ainda mais radiante com a notícia da festa, apesar de não conseguir se expressar apropriadamente, devido a seu estado ainda muito debilitado.

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E o que acharam? Tomara que estejam curtindo. 

Não deixe de me dizer o se passa na sua cabeça, leitora amada! Obrigada *-* 

(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora