Outro momento de Laila brilhar na tentativa ferrenha de ver-se livre de Matheo...
Mas... ai, ai, ai... será que, dessa vez, ela não foi longe de mais...??!
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E até que enfim o fim de semana...
Elisa não chegava nem perto dos aposentos da ama pelas manhãs de sábado, já que a princesa não tinha hora para acordar. Ela adorava descansar o quanto pudesse e por isso dormia o máximo que conseguia.
Ao levantar-se sem pressa, Laila se aprontou como de costume e desceu direto para a área de serviços do Castelo, onde ficava a cozinha e outros cômodos, tais como o de armazenagem e preparo dos alimentos, a copa onde eram servidas as refeições para os empregados e a sala de descanso deles.
Ela era uma pessoa de hábitos relativamente simples para uma princesa. Não se importava em tomar o café na copa dos serviçais e o fazia constantemente nos fins de semana.
A caminho da copa, no enorme corredor que interligava o Saguão Principal à Porta dos Serviçais, sem que esperasse, Laila depara-se com o grupo chegando para uma reunião com o pai.
Já totalmente farta da falta de bom senso daquele monstro, desta vez não o poupa de uma bronca em público..
Ao se aproximarem para saudá-la, ela nem espera pelos cumprimentos. Acelera o passo em direção a Matheo e, sem pensar, empunha o dedo, pisando fundo para encará-lo de frente.
— Não acredito que teve a audácia de voltar aqui novamente!
Todos, à exceção dele, ficam petrificados, não entendendo nada do espetáculo que assistiam de camarote.
— Já pedi que deixasse a minha família em paz! Por favor, vá embora daqui agora mesmo, se tiver um pingo de bom senso!!
Ninguém reagia.
— Todos, à exceção dele, são bem vindos aqui. Desculpem-me pelo meu comportamento. — por um lapso de racionalidade, ainda consegue dirigir palavras de conforto aos demais no meio do surto desmedido.
Os três mal respiravam, chocados com abordagem e, por que não?... Com a coragem de Laila.
Já Matheo expelia um sorriso irônico e um ódio indisfarçável no olhar.
Era um fato que "Sua Alteza" havia perdido totalmente a compostura e o controle sobre suas atitudes.
— Com sua licença. — e seguiu seu rumo, completamente encabulada, deixando-os para trás ainda mais atônitos.
Mas não seria poupada de uma resposta, qualquer que fosse...
— Bom dia para a senhorita também, Alteza. — Matheo solta da forma mais cínica que conseguia, com uma raiva descontrolada o corroendo por dentro.
Estava tão vermelho que parecia prestes a explodir.
Herbert, percebendo que saíra do controle, pôs a mão sobre o braço dele, indicando que deveriam seguir para o encontro com Fernan.
Laila, ainda sob o efeito da adrenalina, sentia o corpo inteiro formigar. Uma falta de ar, o coração acelerado, o calor subindo pelo pescoço, a pressão nos olhos, ainda meio zonza, não conseguia raciocinar direito.
Chegando à Copa, desabou na cadeira, já se pondo a espremer as têmporas para aliviar a tensão.
Dona Deulália se aproximou com uma bandeja e seu habitual chocolate quente, servido em uma linda louça branca com detalhes dourados.
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(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1
Ficção Histórica**LEITURA RECOMENDADA PARA MAIORES DE 16 ANOS** **OBRA PUBLICADA E REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL** ***Laila é filha única, herdeira do Reino de LaViera e sempre levou uma vida previsível e trivial... Até que, num domingo qualquer, ela vem a ser...