Cap.12 - Sete dias para o 'Grande Evento' (Parte I)

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Outro momento de Laila brilhar na tentativa ferrenha de ver-se livre de Matheo...

Mas... ai, ai, ai... será que, dessa vez, ela não foi longe de mais...??!

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E até que enfim o fim de semana...

Elisa não chegava nem perto dos aposentos da ama pelas manhãs de sábado, já que a princesa não tinha hora para acordar. Ela adorava descansar o quanto pudesse e por isso dormia o máximo que conseguia.

Ao levantar-se sem pressa, Laila se aprontou como de costume e desceu direto para a área de serviços do Castelo, onde ficava a cozinha e outros cômodos, tais como o de armazenagem e preparo dos alimentos, a copa onde eram servidas as refeições para os empregados e a sala de descanso deles.

Ela era uma pessoa de hábitos relativamente simples para uma princesa. Não se importava em tomar o café na copa dos serviçais e o fazia constantemente nos fins de semana.

A caminho da copa, no enorme corredor que interligava o Saguão Principal à Porta dos Serviçais, sem que esperasse, Laila depara-se com o grupo chegando para uma reunião com o pai.

Já totalmente farta da falta de bom senso daquele monstro, desta vez não o poupa de uma bronca em público..

Ao se aproximarem para saudá-la, ela nem espera pelos cumprimentos. Acelera o passo em direção a Matheo e, sem pensar, empunha o dedo, pisando fundo para encará-lo de frente.

— Não acredito que teve a audácia de voltar aqui novamente!

Todos, à exceção dele, ficam petrificados, não entendendo nada do espetáculo que assistiam de camarote.

— Já pedi que deixasse a minha família em paz! Por favor, vá embora daqui agora mesmo, se tiver um pingo de bom senso!!

Ninguém reagia.

— Todos, à exceção dele, são bem vindos aqui. Desculpem-me pelo meu comportamento. — por um lapso de racionalidade, ainda consegue dirigir palavras de conforto aos demais no meio do surto desmedido.

Os três mal respiravam, chocados com abordagem e, por que não?... Com a coragem de Laila.

Já Matheo expelia um sorriso irônico e um ódio indisfarçável no olhar.

Era um fato que "Sua Alteza" havia perdido totalmente a compostura e o controle sobre suas atitudes.

— Com sua licença. — e seguiu seu rumo, completamente encabulada, deixando-os para trás ainda mais atônitos.

Mas não seria poupada de uma resposta, qualquer que fosse...

— Bom dia para a senhorita também, Alteza. — Matheo solta da forma mais cínica que conseguia, com uma raiva descontrolada o corroendo por dentro.

Estava tão vermelho que parecia prestes a explodir.

Herbert, percebendo que saíra do controle, pôs a mão sobre o braço dele, indicando que deveriam seguir para o encontro com Fernan.

Laila, ainda sob o efeito da adrenalina, sentia o corpo inteiro formigar. Uma falta de ar, o coração acelerado, o calor subindo pelo pescoço, a pressão nos olhos, ainda meio zonza, não conseguia raciocinar direito.

Chegando à Copa, desabou na cadeira, já se pondo a espremer as têmporas para aliviar a tensão.

Dona Deulália se aproximou com uma bandeja e seu habitual chocolate quente, servido em uma linda louça branca com detalhes dourados.

(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora