E, agora, estamos na contagem regressiva para o "Grande Evento"....
Será que Laila consegue se livrar do infame destino que a espera...?
Dêem os seus palpites...
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Segunda-feira já apontava a leste de LaViera, quando Laila pula da cama, disposta e de bom humor, algo raro de se ver.
A caminho da saída dos serviçais, onde encontraria Jafé para levá-la à Escola, dá de cara com Matheo chegando ao Castelo, outra vez a convite do pai.
Ambos foram pegos de surpresa num susto, perceptível a quem estivesse próximo. No caso Herbert e Jafé.
Matheo, praticamente a um passo dela, primeiramente, foi sucumbido pelo encantamento a que ela o arremessava.
Algo irracional e deveras incontrolável, por assim dizer...
Permaneceu ali, estático... hipnotizado... completamente assolado pela enigmática sensação. Porém, assim que retomou a razão, reagiu de forma a demonstrar uma forçosa indiferença, cumprimentando-a com desdém. Mal fazendo a tradicional reverência que se preze, a um membro da realeza, encarando-a como se quisesse lembrá-la do quão absoluto e superior a todos os demais seres do universo ele era.
Laila, não dando a mínima para quem ele fosse ou deixasse de ser, também não fez questão alguma de retribuir a saudação. Praticamente ignorou-o, deixando sua indiferença ainda mais evidente.
Assim que passou por Matheo, em direção à carruagem, ainda virou a cabeça para trás, enfrentando-o com o olhar de desafio e uma pitada de desprezo, demonstrada por um sorrisinho cínico de canto de lábio.
Matheo ficou extremamente incomodado com a audácia. Ela parecia não temê-lo, o que lhe causava um absurdo incômodo, ao mesmo tempo que certa estranheza, pois ninguém jamais tivera tanta coragem para tal. Teve o ímpeto de revidar. Só não o fez, porque Herbert o deteve, movimentando o dedo em negativa discretamente, contornando mais uma vez o mal-estar.
O amigo mais próximo de Matheo era também o lado mais racional e humano da amizade, sempre tentando administrar os impulsos instintivos e, não raras as vezes, irracionais dele.
Laila seguiu para escola com o delicioso sabor de satisfação pessoal em ter vencido aquela pequena batalha, que a acompanhou pelo resto do dia.
Havia se condicionado a não se intimidar por Matheo. Tampouco dava qualquer sinal que atenderia o insolente pedido.
Chegando à sua sala, logo avistou as amigas mais próximas, Anabella e Luzia. Ambas eram filhas de nobres importantes de Reinos Aliados a LaViera. Respectivamente Alfombras e Camiño de las Luces.
Luzia, vinda de Camiño de las Luces, costumava chegar na segunda-feira em LaViera para acompanhar as aulas, ficando neste Reino até sexta-feira, pois "Camiñito", como era carinhosamente chamado pelos habitantes, não estava tão distante dali, fazendo parte da mesma Região de Concheara.
Já Anabella costumava ficar pelo menos um mês sem retornar a Alfombras. Quando o fazia, permanecia por lá durante quatro ou cinco dias, uma vez que sua terra natal se localizava em outra região, bem mais distante de LaViera.
As duas estavam bem alojadas, cada qual em seu respectivo palacete, mantidos pelas famílias para que estudassem os herdeiros na Escola para nobres, que era a maior referência em um raio de muitas léguas dali.
Amigas íntimas e confidentes da princesa, participavam diariamente da vida de Laila e estavam sempre convidadas para qualquer acontecimento no Castelo. Das solenidades formais do Rei aos encontros mais íntimos.
Luzia raras vezes participava de eventos nos fins de semana. Já Anabella ia com mais frequência ao Castelo. Mas também não era em todas as ocasiões que conseguia estar presente.
Mesmo com tanta proximidade, Laila jamais pensou em dividir com elas a absurda história da qual forçosamente acabou fazendo parte, tornando-se sua protagonista.
Não se ousava a falar de um assunto tabu, tal qual a pureza de uma donzela. Tão menos cogitava-se, nem de longe, perdê-la antes do casamento.
Aliás, esse era o maior pavor e, ao mesmo tempo, o principal cerne da curiosidade de qualquer menina solteira na idade delas. Afinal, não tinham contato algum com o tema, e às casadas, era de bom tom jamais relatar qualquer experiência íntima com o cônjuge. Ou pior! Instruir as inexperientes, passando-lhes qualquer ensinamento.
Assim que terminaram as aulas, Laila voltou ao Castelo para a costumeira refeição do meio do dia com os pais.
Como tinha várias atividades fora da escola já programadas, precisaria suspender todas durante duas semanas, para cumprir a agenda de treinos a qual havia se proposto.
Incumbiu Elisa de avisar os professores de pintura, bordados e boas maneiras, que ficaria fora neste período para dar ênfase aos estudos da Escola. De fato, uma balela inventada por Laila, que nunca teve dificuldades com o conteúdo ministrado na Escola de Formação para Nobres. Mas a única disponível no momento.
E assim Lis o fez, indo de porta em porta até falar com todos os professores, que compreenderam a situação e o consequente afastamento temporário de sua aluna mais ilustre.
• • •
Às três em ponto, a princesa estava de volta ao Sítio dos Alcântaras para o segundo dia de treino.
Ariteu, no início, repassou as principais posições e logo já se pôs a movimentar a espada propriamente, em um falso embate contra a princesa. Toda vez que a neutralizava, pontuava os erros e treinava com ela as posições de defesa.
Laila, cada vez mais entusiasmada, seguia à risca as recomendações de seu tutor.
Jafé ficava criando assunto, enquanto aguardava sua ama, ora de conversa com algum membro da família de Ariteu, ora assistindo Seu Alcântara forjar as peças em ferro ou em busca de alguma fruta pelas árvores cultivadas no local. O que não lhe faltava era ocupação.
Às quinze para seis da tarde, Ariteu encerrou o treino.
Laila se despediu dele e já se colocou na estrada com Jafé.
A aproximação com a estação de verão ia deixando os dias gradualmente mais longos, permitindo que o treino durasse um pouco mais.
Ela, mesmo aparentando bastante cansaço, já apresentava uma feição um pouco melhor que a do treino anterior.
De volta ao Castelo, atravessou, ligeira, as passagens secundárias para não encontrar com os pais em traje de treino. Já que seria inexplicável justificar tal vestimenta, por serem terminantemente contra a filha se embrenhar em tal prática.
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(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 1
Ficción histórica**LEITURA RECOMENDADA PARA MAIORES DE 16 ANOS** **OBRA PUBLICADA E REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL** ***Laila é filha única, herdeira do Reino de LaViera e sempre levou uma vida previsível e trivial... Até que, num domingo qualquer, ela vem a ser...