Asas que brilham

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A guerra veio com tudo...

Após perder a luta pra Sísifos de Sagitário, Aiacos caminhou para o barco e se despediu de Violate.

Logo reconheceu aquele cosmo inconfundível, mas tinha algo diferente e reconheceu ali o novo senhor das chamas negras e novo juiz do inferno, Kagaho.

Kagaho o atacou e pra sua surpresa o ataque só quebrou o resto de sua sapuris.

K: "O homem que um dia comandou a morte não pode ser punido somente por ela. Viverá seus últimos dias como um humano!"

Kagaho o olhou com desprezo e voou.

Ana estava andando pela floresta que cercava o santuário, aprendeu com Agnes a fazer plantas medicinais e procurava por uma planta quando sentiu aquele cosmo tão conhecido.

K: "Vejo que esta bem!"

Ana se virou e pulou nos braços dele, o abraçou com toda a saudade que sentia. Kagaho sorriu!

Após se afastarem, Ana notou algo diferente nele, não sabia o que era, mas não era algo bom.

A: "O que faz aqui? Alguém pode vê – lo!" – falou preocupada, não queria que ele lutasse com um dos cavaleiros.

K: "Precisava te ver!" – Ana sorriu.

A: "Esta tudo bem?"

K: "Nós não nos despedimos, mas agora é necessário!" – falou sério.

A: "Por quê?!"

K: "Porque agora eu sou o novo juiz do inferno no lugar de Aiacos!"

Ana estremeceu – será que Kagaho havia matado Aiacos e assim assumiu o seu lugar? - mas isso já não importava, ele estava ali pra despedida que ela tanto queria evitar.

Ana abaixou a cabeça e lagrimas caíram.

K: "Não chore! Logo não haverá sofrimento no mundo, mas preciso me despedir de você!" – limpando delicadamente aquelas lagrimas.

Ana o olhava e ele se sentia hipnotizado por aquele azul, ela sorriu docemente: "Tudo bem! Eu já compreendi que não somos possíveis!"

Kagaho confirmou com a cabeça.

Ana o abraçou: "Sentirei sua falta" – respirou fundo e ia embora quando Kagaho a puxou pela cintura e com a outra mão levantou o rosto dela suavemente e a beijou. Um beijo de amor, de desejo, de saudade. Beijaram-se ate não aguentarem mais e deixarem os corpos sem fôlegos buscarem ar.

Ana nunca tinha sido beijada, mas sabia que nenhum beijo poderia ser mais perfeito.

Não se afastaram e Ana descansava a cabeça no peito da sapuris, ele beijou seus cabelos, continuava a abraçando como se não pudesse soltar.

Ana sentiu lagrimas em seu rosto, mas não eram dela, Kagaho chorava. Ele a afastou com delicadeza e encostou sua cabeça na dela, puxou a mao dela e colocou algo.

Ana olhou surpresa e Kagaho com suas duas mãos segurou o rosto dela dando um ultimo beijo, mas um beijo calmo, suave, um beijo de despedida, Ana sentiu as lagrimas dele e as dela se fundirem naquele beijo, ele parou, deu um beijo na testa dela – "adeus, Ana" e voou.

Ana olhou p suas mãos e lá estava o primeiro barquinho que fez quando era menina, o barquinho que deu pra Sui, Kagaho guardou todo esse tempo e entregou a ela.

Ana não tinha noção do que aquele pequeno pedaço de madeira representava pra ele e ali, naquele gesto Kagaho entregava muito mais, entregava seu coração.

Kagaho voou para o santuário e começou uma luta decisiva com Dohko de Libra. Ana de longe via as luzes brilhando e sabia que era ele, mas quando viu como subia rapidamente, questionou se algum humano suportaria aquela velocidade e foi com lagrimas nos olhos que viu que as chamas não eram mais negras.

Soube que ali a guerra terminava pra Kagaho e uma vida sem ele começava pra ela.

Kagaho - Segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora