Sorrisos

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Acordou no outro dia e havia parado de chover, sorriu. Arrumou a casa, pegou água, paes, frutas e foi embora.

Não sabia onde estava e para aonde ia, mas seu espírito aventureiro a confortava. O local era tão bonito, verde e os pássaros cantavam, olhando para um se distraiu e pisou em falso. Murphy agia de novo e viu que torceu o tornozelo, se sentou na sombra da arvore e chorou pensando em como podia ser tão azarada, como sentia falta do pai.

A noite chegou já havia comido quase todas as frutas, estava ansiosa, sabia que devia poupar, mas não conseguia para de comer de nervoso.

Quando a coruja parou de piar e o local ficou em silencio, escutou o bater de asas da sapuris. Estava ansiosa, nervosa e quando ele pousou em sua frente com a sua cara de poucos amigos ela começou a rir, teve uma crise de riso, tentava se controlar, mas estava muito nervosa.

K: "O que foi? Enlouqueceu de vez?" – ele olhou ao redor – "O que faz aqui?"

Ana se acalmava, seu estomago doía da crise nervosa que teve, ele devia esta achando louca.

K: "Não fique parada aí! Continue andando nessa direção que encontrará uma vila"– se virou e ia embora quando ela falou.

A: "Eu me machuquei!"

K: "Não me importa! Continue andando e lá a ajudarão!"

A: "Eu não posso andar! Por favor, não me deixe aqui!"

Kagaho respirou fundo aquela tortura não ia acabar, estava sendo punido, só podia! Devia ter a deixa na floresta! Sui...

Virou-se e caminhou ate ela, impaciente perguntou - "Onde?" – colocou em seus braços e foi pra casa.

Chegando a cabana, Kagaho a colocou na cama: "Como pode ser tão burra?!" e saiu do quarto.

Ana percebeu que havia alguns vestidos perto da cama – Ué! Ele trouxe vestidos, mas ele sabia que ela iria embora quando a chuva passasse ou será que ele pensou que ela ficaria ali? Não dava pra saber, ele era estranho, indecifrável – pensou.

Logo seus pensamentos voaram quando ele entrou no quarto, vestia somente uma calça branca com o peito de fora. Trazia uma caixinha e retirou alguns curativos, ele parecia saber o que fazia e para sua surpresa ele parecia ter cuidado para não machuca – la.

K: "Ficará bem, não é tão feio quanto parece! Agora durma e tente não se matar!" – bateu a porta.

Uma Ana confusa ficou ali olhando pra porta.

Acordou com ele abrindo a porta, nem bateu apenas entrou, carregava uma bandeja.

K: "Coma!"

A: "Obrigada! Alias, eu me chamo Ana" – ele não demonstrou nenhuma reação – "E... você falou que se eu continuasse a andar, teria um vilarejo perto, você com as suas asas poderiam me levar lá, por favor?"

Kagaho friamente respondeu e saiu do quarto: "Ele já não existe mais!"

Ana ficou triste será que teve o mesmo destino do vilarejo? O que eram aquelas coisas e ele seria uma delas? - Escutou quando a porta bateu, provavelmente ele saiu.

Kagaho vestia a sua sapuris e levantou voou, foi o mais distante que pôde da cabana e explodiu suas chamas negras. Por que mentiu sobre a vila? O que estava acontecendo com ele?

Quando Kagaho voltou, ela já dormia, andou devagar ate a cama e ficou a obsevando – ela seria algum tipo de castigo dos deuses? Kagaho pensava que eram seus sentimentos por Sui, pelo passado que o faziam agir assim, não compreendia que outros sentimentos poderiam esta nascendo dentro dele.

Ana com apoio de muleta feita por ele conseguia se movimentar dentro de casa, percebeu que não tinha pra aonde ir naquele momento, provavelmente aqueles seres já tinham acabados com todos os vilarejos próximos, será que acabaram com o mundo e seu pai como estaria?

Quando Kagaho chegou a casa, viu que a comida estava feita e a mesa posta, tinha um prato pra ele - ela o esperava? – ele não ficava muito em casa, apenas levava alguns mantimentos e tentava se manter afastado, mas de alguma forma saber que ela estava lá o deixava confortável.

A: "Até que enfim apareceu, sente – se eu fiz o almoço!"

Kagaho se sentou desconfiado, ela estava sorridente, alegre.

A: "Então... eu pensei e decidi que já que não tenho p aonde ir no momento e vamos conviver quando você decidi aparecer, acho que devemos tentar fazer o mais agradável possível a nossa convivência!"

Kagaho gostava da voz dela e o jeito que ela falava, apesar de falar demais.

K: "Pensei que não soubesse cozinhar?" – e colocou uma colher na boca experimentando.

A: "Ah, eu não sabia, mas achei um livro numa daquelas gavetas. Espero que não se importe por eu andar mexendo em suas coisas" – falou olhando p prato.

Kagaho cuspiu a sopa, jogando o prato longe e gritou – "Pelos infernos! Tá tentado me matar?"

Ana congelou com a reação, chamas negras apareceram ao redor dele.

Ele respirou fundo, se controlando e as chamas sumiram. Às vezes controlar a sua estrela da violência era difícil.

Ana se levantou e foi p quarto. Kagaho percebeu que a assustou e ela só tentava conviver em harmonia com ele. Ela não saiu do quarto pelo resto do dia, ele já estava impaciente, mas era orgulhoso demais pra falar algo.

Ele não conseguia dormir, sua maldita consciência o incomodava, maldita fosse Ana por trazer tantos transtornos a sua vida, pensou.

Quando escutou a porta do quarto ser aberta lentamente, permaneceu deitado no sofá com os olhos fechados, percebeu que ela caminhava devagar ate o sofá.

Ana estava triste, ficou horas fazendo o almoço e ensaiando o que falar. A comida ate podia ta ruim, mas não era pra tanto, a agressividade dele, as coisas estanham que saiam dele a assustavam. Afinal o que ele era? Nem o nome dele sabia?

Já estava escuro e pensou que talvez ele tivesse ido embora, abriu a porta lentamente e não o viu, foi ate o sofá devagar porque se ele tivesse dormindo era melhor não acordar e irrita – lo mais. A sala estava escura e só a vela do seu quarto iluminava um pouco, viu que ele dormia, o olhou mais de perto, ele era bonito, muito bonito, seu nariz, sua boca e deu um grito estridente quando ele abriu os olhos e fez – buh.

Ela quase caiu, mas ele com seus rápidos movimentos a segurou. Estava acordado e sentiu a presença dela, só não entendeu por que ela ficou parada olhando pra ele, quis fazer uma brincadeira com ela, mas não imaginou que ela ficaria tão assustada.

Ana irritada – "Isso não teve graça!" – falou enquanto saia dos braços dele – "Você é um babaca!".

Kagaho olhou pra ela que estava muito irritada e soltou uma gargalhada espontânea! Não lembrava a ultima vez que riu assim, mas a cara de susto dela e depois o tropeço foi cômico!

A: "Você é insuportável! Não ri de mim!" – falou irritada. Ia voltar p quarto, quando sentiu seu braço sendo puxado.

Kagaho: "Fique!"

Ana se sentou no sofá: "Posso pelo menos saber o seu nome?"

K: "Kagaho"

Ana percebeu que ele ficou mais tranquilo depois da brincadeira sem graça e da gargalhada, aproveitou o momento raro.

A: "Kagaho... não é comum, mas não é estranho p mim. Acho que já escutei..." – falou pensativa, tentando se lembrar de onde escutou aquele nome.

A: "Eu sou a Ana, já falei, mas não sei se você realmente me escuta"

Kagaho - Segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora