Novos caminhos

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Logo os dois dias se passaram e eles viajaram.

Ana estava muito pálida. Iriam para a cidade e de la para outra cidade para comprar as passagens de barco.

Quando chegaram à primeira cidade precisavam descansar e encontraram uma pousada, Ana usava suas antigas roupas, eram roupas da moda e elegantes que demonstravam sua origem rica e Sukyo comprou algumas roupas elegantes também sabia que precisava esta a altura de Ana, apesar que pela beleza e elegância dele qualquer coisa parecia sofisticada.

Sukyo a olhava admirado, Ana era tão bela, estava tão acostumado a vê – la em vestidos folgados, sem decotes, com os cabelos bagunçados, ela usava um vestido elegante que mostrava mais as suas curvas e tinha um pequeno decote.

Logo chegaram numa elegante hospedaria.

Atendente : " Boa noite, senhor. Gostaria de quarto para o senhor e sua esposa?'

S: " Não somos casados, dois quartos separados"

Logo partiram novamente, chegaram a outra cidade depois de uma viagem de horas. Foram comprar as passagens de barco.

Atendente 2: " Desculpe senhor, mas não há mais locais para pessoas distintas como vocês"

O atendente só falava com Sukyio, ignorando a presença de Ana.

Ana: " Por favor, veja se há outras acomodações no barco, não me importo se forem simples."

S: " Por favor, faça como a senhorita pediu e se dirija a ela." – falou num tom ameaçador, Ana lembrou de Aiacos.

O atendente se virou para Ana "desculpe senhorita, há apenas uma cabine de casal na área mais simples do navio"

A: " Não há mais nenhum quarto sobrando?"

At: " Não me desculpe, esse é o ultimo barco do mês, o próximo só daqui a dez dias."

Ana: " Ficaremos com esse."

Ana e Suikyo entraram no quarto, era simples, mas aconchegante, Ana só queria tomar um banho e deitar. Logo viu que seria um tanto constrangedor dividir os aposentos com um homem. Apesar de morarem na mesma casa, cada um tinha o seu espaço. Suikyo percebeu o constrangimento dela.

S: " Eu vou procurar algo para comermos e você pode tomar seu banho sossegada."

Ana viu que o amigo queria dá privacidade a ela "obrigada"

Quando voltou com o jantar, Sukyo estranhou que Ana estava usando um vestido.

S: " Voce vai dormir de vestido?"

A: " Eu não sei o que vestir." – falou constrangida, não queria ficar de camisola na frente dele. Nunca ficava em casa, sempre usava um penhoar, mas com cabeça cheia esqueceu.

Sukyo se aproximou dela e segurou em suas mãos " eu sei que não é uma situação agradável para uma moça dividir um quarto com um homem, mas não temos outra escolha. Somos amigos e eu nunca vou desrespeita – la ou pensar mal de você."

Ana sorriu e agradeceu, fazia semanas que ele não via aquele sorriso. Eles jantaram e ela foi ao banheiro se trocar, colocou sua camisola e foi deitar, Suikyo foi tomar banho. Quando voltou viu que Ana estava olhando parede triste, deu um beijo na testa dela e pegou um lençol para forrar o chão.

Ana: "Suikyo, não precisa fazer isso. Pode deitar na cama, desde que não invada o meu espaço."

S: "Esta tudo bem, já dormi muito assim, não me importo."

Ana: "Eu me importo, pfvr, venha"

Ele deitou e sorriu, ela se importava.

Ana estava virada para um lado e ele pra outro, mas ele se mexia, parecia incomodado com algo.

Ana: " eu sei que você ta incomodado com a roupa, sei que não dorme com roupa porque sempre encontro roupas suas debaixo da minha cama quando você dorme no meu quarto. - O que soou meio estranho de falar em voz alta - mas pode tirar a camisa, só a camisa."

Ele sorriu e tirou a camisa, detestava dormir vestido e Kagaho tinha pavor do habito estranho que o colega de quarto tinha de dormir nu. Ana dormiu e logo começou uma intensa tempestade, mesmo dormindo Ana parecia escutar os sons e foi se aconchegando em Sukyo, ele ficou parado quando sentiu a mão dela em seu peito, seu corpo reagiu rapidamente ao inocente movimento dela. Estava dormindo deitado de barriga pra cima, com um braço embaixo da cabeça, e assim que ela se encostou nele, ele acordou, já estivera com outras mulheres antes e seu corpo sentia falta. Foi difícil voltar a dormir com seu corpo queimando de desejo, sentir o halito quente dela em sua pele, a perna descoberta dela em cima da sua, os bicos do peito dela em sua costela e o cheiro doce dela eram demais, Ana era uma mulher linda, percebeu desde a primeira vez que a viu, mas havia um ar inocente nela, mas ali ele a olhava como a bela mulher que era.

Logo escutou a tempestade e percebeu que ela parecia sentir porque o seu corpo se agitava com os trovoes, a abraçou e ela se acalmou.

Pela pouca luz que tinha no quarto, olhou para Ana e admirou como era linda, nunca a tinha a olhado assim tão de perto.

Balançou a cabeça e foi ao banheiro, precisava de um banho gelado.

Ana acordou e viu que Sukyo tomava banho, aproveitou pra trocar de roupa e voltou para cama, estava abatida.

Sukyo tentava distrai – la, a convidava para passear pelo barco, mas Ana não tinha ânimo, estava emagrecendo e muito pálida.

Um dia Sukyo conseguiu que ela saísse para pegar um pouco de sol, após uma pequena caminhada, Ana desmaiou, Sukyo a carregou para quarto e percebeu que ela estava com febre. Fez algumas compressas e a febre não cedia, procurou um medico pelo navio e um logo se prontificou a examina - la, o medico deixou um remédio e pediu que continuasse com as compressas, a noite foi longa, pediu a uma arrumadeira para trocar as roupas de Ana.

Arrumadeira "pronto, senhor, pode entrar no quarto já troquei a roupa de sua esposa." – a arrumadeira estranhou o marido ter se retirado e ele mesmo podia ter trocado, mas não reclamou porque ganhou uma boa quantia.

A febre subia e Ana chamava pelo pai e Kagaho em suas alucinações.

Quando o dia amanheceu a febre já tinha ido embora e Sukyo estava com a aparência bem cansada, não havia dormido vigiando a febre, ajudou ela caminhar ate o banheiro.

S: "Você esta muito fraca, vou ficar aqui no quarto. Qualquer coisa me chame."

Ana concordou com a cabeça. Saiu do banheiro, havia colocado outra camisola, seu cabelo estava molhado e quando sentou na cama para beber um pouco d'água, Sukyo com uma toalha secava carinhosamente os cabelos dela. Ela parecia uma criança, uma boneca, mal falava, apenas dormia e chorava.

A noite tentava chorar em silencio, mas quando Sukyo a abraçava tão carinhosamente, dava vazão ao pranto e desabava nos braços dele, foram noites longas e dias sem sentido para ela.

Ana acordou devia esta no entardecer, estranhou que Sukyo não estava no quarto, ele nunca saia de perto dela, ela caminhou ate o banheiro e lavou o rosto.

Quando voltou pra quarto ela já estava lá segurando um pequeno bolo com uma vela.

S: "Como ultimamente tenho cuidado das suas coisas, vi na sua documentação que hoje era o seu aniversario, sei que esse dia é importante para os humanos, digo para nós."

Ana sorriu, caminhou ate ele e assoprou a vela. E ficou encantada com o pequeno barco de madeira que ele fez p ela.

S: " Lembro que uma vez me falou que amava barcos de madeira, que você e seu pai faziam coleções, que você amava viajar, imagino que não esteja acostumada a essa parte do navio. rs Mas você parece uma das poucas mulheres que gostam de barcos e devo confessar que eu também."

A: " Eu nem sei como agradecer o que você esta fazendo por mim, muito obrigada"

S: "Ah, dessa vez eu exijo um agradecimento"

Ana estranhou.

S: " Marquei um jantar para gente no restaurante do navio, não foi fácil, mas consegui e ficaria muito feliz se você me acompanhasse."

Kagaho - Segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora