Kagaho - Segunda chance

Fênix

Kagaho

Era horrível aquela situação, ter sua mente viva e seu corpo morto.

Sentiu que parecia acordar quando alguém beijou a sua testa e logo reconheceu a voz, mas porque ele não conseguia abrir os olhos e mover seu corpo, com muito custo movimentou o dedo.

Com os dias e a tagarelice de Ana e Hugo percebeu o que se passava, ela explicava para ele, mesmo achando que talvez ele não a escutasse, ele prestava atenção em tudo, escutou que foi achado na floresta do santuário e que Shion o enviou para Ana para mante – lo seguro, ficou surpresa com a atitude de Shion, mas não se lembrava de floresta, de esta no santuário, se lembrava de sua luta com Dohko e depois acordar com o beijo de Ana. Percebeu que ainda estavam na Grécia, que Ana tinha vários trabalhos no vilarejo e através de Hugo percebeu que Ana era muito querida pelas pessoas dali e também como não seria sendo tão doce e prestativa.

Ficava cansado pelas viagens e percebia a tristeza de Ana nas respostas negativas dos médicos, mas percebia que do jeito que ela era cabeça dura não iria desistir dele.

Apesar de sentir certa simpatia por Hugo que sempre estava contando uma piada sem graça, achava que falava demais. Esperava ansioso por Ana. Sua audição, olfato, seus outros sentidos pareciam mais fortes e mesmo sem Ana falar sentia seu perfume ou som da carroça se aproximando.

Torcia pelas tempestades pra assim ter o cheiro doce dela, ter o corpo quente dela tão próximo ao seu, isso o deixava calmo e ansioso. Percebia o constrangimento na voz dela em pedir para deitar ao lado dele, mesmo que ela não o tocasse e ficasse afastada na cama, assim que caia no sono profundo o abraçava e essas noites ele lutava contra o sono para poder eternizar aqueles momentos, foi com constrangimento que percebeu que alem de seu coração outra parte mais especifica também reagia aos abraços dela, ao corpo dela, por sorte Ana nunca percebeu.

Nunca estivera com uma mulher, abriu mao de qualquer tipo de relação mundana e viveu para Hades.