Lugar sagrado

44 4 0
                                    


Ana acordou um pouco tonta e percebeu que estava numa cama com uma camiseta masculina, olhou para os lados e caminhou, viu que estava numa cabana simples. Suas roupas estavam esticadas numa cadeira e não havia ninguém, se trocou e saiu, não havia nada ao redor, apenas a grama verde e o céu cinza, demonstrando que logo a chuva cairia.

Tentou colocar em ordem a sua mente, seus passos, a ultima coisa que lembrava era dele – será que foi ele que a levou para aquela cabana? Ohhh, será que foi ele que trocou suas roupas? – corou com o pensamento. Voltou para a cabana, fez café e comeu alguns pães.

Logo escutou uns passos atrás dela, o ar ficou mais pesado e ela sabia que era ele.

Kagaho: "Até que não é tão inútil – falou enquanto passou por ela pegando o café – pensei que ia dormir pra sempre!" – falou de um jeito não muito agradável.

Ana que parou de comer assim que sentiu aquela hostil presença, engoliu o pão que estava em sua boca de uma vez e ficou olhando com espanto para aquele ser.

Kagaho: "Pelos infernos! É retardada?!" e caminhou para o quarto.

Ana se levantou, o seguiu e perguntou constrangida: "Você trocou a minha roupa?"

Kagaho parou de caminhar e de costas pra ela pensou – com tantas perguntas para fazer, ela estava preocupada com isso? – respondeu frio: "Sim, mas não se preocupe não vi nada demais" - falou tentando demonstrar que a beleza de Ana não o afetou.

A:"Por que me trouxe pra cá?"

Kagaho respondeu seco: "Não importa!"

A: "Eu sou sua refém?"

Kagaho riu, era raro fazer aquilo. Virou pra ela – "Você não se enxerga? Você nada vale pra mim! Pode ir embora quando quiser!" - entrou no quarto e bateu a porta.

Ana que estava na cozinha podia esta assustada com o que estava acontecendo, mas percebeu que aquele ser era arrogante e grosseiro demais, se virou pra ir, mas quando colocou o pé na porta a chuva desabou. Entrou, pelo que dava pra perceber aquele insuportável ser não parecia querer estuprar ou feri- la, não confiava nele, mas sair na chuva sem rumo não parecia a melhor opção no momento.

O dia passou e a chuva continuou intensa, fez um lanche e deitou no sofá, acordou quando a porta do quarto abriu.

K: "Ainda esta aqui?!"

Ana nada falou, talvez se ela ficasse calada, ele a pouparia das suas grosserias.

Ana percebeu que ele não vestia aquela assustadora armadura, estava com roupas normais, uma calça branca e uma camiseta azul, ate que ele era bonito – pensou.

K: "Não fique me olhando e vá preparar algo para comermos!" – ordenou.

Ana não se segurou: "Você come?"

K: "Claro! Agora vá fazer algo que estou com fome!" – falou com raiva.

Ana já estava farta de tanta grosseria, também estava com fome, por isso fez um lanche - "Não sou sua empregada!" – falou alto e só depois que o som saiu da boca que lembrou que estava sozinha com um desconhecido que parecia não se simpatizar muito com ela – ele vai me matar e comer a minha carne picadinha - pensou.

Kagaho ficou surpreso com a audácia dela, se não fosse por Sui já a teria matado – "Vá embora!" – falou calmo p surpresa de Ana.

A: "Esta chovendo?!"

K: "Não me importa!"

Ana sentou no sofá "não vou sair nesse tempo!" – falou decidida, não ia sair naquela chuva e se fosse pra mata – la que fizesse rápido.

Kagaho respirou fundo, suas chamas negras queriam explodir, não gostou do jeito que ela falou, mas se explodisse ali ia destruir tudo, inclusive ela. Respirou fundo e Ana percebeu que ele tentava se controlar.

Ana levantou e falou calmamente – "por favor me deixa ficar. Quando a chuva acabar prometo que irei embora e obrigada por ter me ajudado!"

Kagaho foi para o quarto.

Acordou no outro dia e viu que Ana dormia no sofá, a chuva continuava e saiu.

Depois de alguns dias voltou, a chuva continuava parecia que o tempo queria irrita – lo de propósito.

Chegou à cabana e lá estava Ana lanchando, já era tarde, devia esta jantando, olhou e viu que os mantimentos estavam no mesmo lugar - "Você não fez comida nesses dias?".

Ana negou com a cabeça.

Kagaho perguntou curioso: "Por quê?"

Ana constrangida: "Eu não sei fazer!"

Kagaho deu um sorriso falso: "É claro que não dá pra ver que sempre teve tudo de mãos beijadas"

Ana não respondeu e foi pra quarto, a chuva não parava, não sabia direito onde estava, não tinha noticias de seu pai, não sabia o que estava acontecendo e a presença de Kagaho era difícil.

Deitou e ficou lá escutando a chuva, adormeceu, acordou com umas leves batidas na porta. Saiu e sentiu o cheiro de comida, viu que ele estava vestindo roupas normais, ele sem falar nada apontou para a cadeira e ela se sentou, havia um prato pra ela.

Ana sentou e ficou sem se mexer, sua mente fervilhava - ele fez isso? Ele é humano? Será que envenenou?.

Kagaho impaceinte ordenou: "Coma!!"

Ana se serviu do ensopado e comeu, comeu muito, estava com muita fome.

Kagaho a olhava: "Vai passar mal se continuar comendo assim!"

Ana: "Desculpa! É porque eu tava com muita fome e tá muito bom! Parabéns!"

Kagaho: "Quando acabar arrume as coisas e saiu da cabana!"

Ana arrumou tudo e foi dormir. 

Kagaho - Segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora