Magia

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Ana organizava algumas anotações no pequeno escritório que Suikyo construiu pra ela.

Suikyo chegou à porta com uma lanche p ela " você é realmente única!". Ana sorriu, Suikyo era um bom amigo, sempre gentil, cavalheiro. Não negava que era muito bonito e atraente também.

A: " Você pode ficar com Kagaho mais um pouquinho?"

S: " Sim, já o coloquei na cama, vou te aguardar lá então. Hoje é dia de mergulho?"

A: " como adivinhou?"

S: " a lua ta cheia! Percebi que ela tem um encanto sobre você."

A: " Papai mandou fazerem uma piscina enorme na nossa casa pra mim, falava que eu nasci um peixe. Um dos motivos de ter escolhido essa casa foi aquele belo rio, pode deixar que vou me cuidar, não fica preocupado. E eu amo essa lua, é perfeita!"

Falou enquanto olhava a janela.

S: " Sim, é perfeita!"

Ana se trocou e foi nadar.

Sukyo entrou no quarto e olhou para Kagaho.

S: "À noite ta linda, quer dá uma volta?"

Kagaho não entendeu e nem gostou quando Sukyo trocou sua roupa. O que aquele louco ia fazer com ele lá fora e cadê Ana? Será que Sukyo ia mata – lo.

A luz da lua estava muito forte e logo Ana viu Suikyo com Kagaho andando em sua direção.

S: " Você não nada pelada, né?"

Ana riu, já estava acostumada com as brincadeiras de Sukyo. Ele sabia que ela usava uma roupa especial para banho.

Sukyo arrumou um local para Kagaho deitar, a brisa estava tão suave.

Kagaho pela primeira vez na vida invejou Sukyio, ele podia ver, falar com ela e ele era o que ali?

Sukyo deu um pulo no rio assustando Ana que começou a rir do jeito que ele pulou.

Kagaho pensava que mais patético que Aiacos só ele, adoraria soca – lo.

Sukyo e Ana ficaram nadando, brincando e conversam do. Mas Ana não quis demorar com medo de algum bicho morder Kagaho ou a friagem chegar.

Foram pra casa e logo Ana arrumou o colchão no quarto de Kagaho. Era a última vez que iria dormir ali, compraria uma cama p Suikyo abandonar a sua e ela voltar ao seu quarto.

Ana estava na escola e Sukyo apareceu já era conhecido pelo vilarejo, as pessoas gostavam dele sempre prestativo e educado. Ana ficou assustada com a presença dele naquele horário " aconteceu algo com Kagaho?"

S: " Sim, mas é algo bom, venha, você precisa ver com seus próprios olhos"

Ana juntou as suas coisas correndo e foi pra casa com Sukyo. Chegando viu que Kagaho estava sentado encostado na arvore perto do rio, amparado pelas almofadas e Hugo em próximo, caminhou ate ele e o chamou, ele não se mexeu, mas quando ela chegou mais perto, ela paralisou, ali estavam os olhos mais lindos, mas intensos que já viu na vida. Os olhos de Ana encheram de lagrimas felizes, apertou as mãos e andou ate ele, ele a olhava, ele a via, ela sentou na frente dele, segurou o rosto dele com suas trêmulas mãos e percebeu que uma discreta lagrima escoria do olho direito dele, ela limpou a lagrima e o abraçou. Todos olhavam emocionados.

Flashback

Naquela manhã Kagaho acordou com Sukyo e Hugo gargalhando como era costume, não entendia onde viam tanta graça. Com o tempo passando e Ana confiando em Sukyo, ele ganhou uma cama no quarto de Kagaho. Logo Hugo foi pegar o café de Kagaho que Joana preparava e Sukyo saiu pra fazer suas tarefas.

Kagaho sentiu uma energia diferente, um cheiro típico da floresta e sentiu algo próximo. Não parecia uma pessoa, mas não era um espectro atrás dele, ficou tenso e alerta.

"Oi, não precisa me temer! Eu sou amigo, sua amiga bondosa salvou a minha vida há algum tempo atrás quando ela não precisava fazer e por isso criei uma divida de gratidão com ela. Eu sei o que você era, assim como seu amigo, seu deus matou muitos do meu povo que lutaram por Atena. Mas não estou aqui por vocês e sim por ela, eu vi o coração dela e sei o que o deseja, eu poderia dá qualquer coisa, mas sei que a única coisa que ela deseja é sua melhora. Irei tirar o manto da morte que pesa sobre você, logo estará bem novamente. Aos poucos reconquistará todos os movimentos. Você é sortudo por ter um coração puro daquele para você."

Sorte, essa palavra nunca fez parte da vida dele. Um sono forte o invadiu, acordou com Hugo o chamando para tomar o café, o dia foi normal, não devia ter acreditado naquele ser ou então teve um delírio, afinal a esperança não é algo que valha a pena ser cultivado.

Ao entardecer Sukyo o carregou para perto do rio, Hugo e Joana ajeitaram as almofadas. Sentiu uma saudade de Ana tão forte, era uma saudade boa, parecia que ela estava ali, quando percebeu estava piscando os olhos a luz do sol estava forte, logo abriu os olhos e viu o rio, Aaicos estava conversando com Joana e Hugo ao seu lado falando sem parar, quando Hugo olhou para ele, deixou a manga que comia cair no chão e chamou pelos outros.

Voltando...

Ana: " Kagaho, você me ver?"

Ele piscou e ela compreendeu que ele também a compreendia. O abraçou e só o soltou porque percebeu que já estava algum tempo assim com todos os olhando.

Aos poucos ele foi ganhando o movimento do pescoço e dos dedos.

Kagaho - Segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora