Por Sui

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Ana não entendeu nada. O que aqueles seres eram? E o rapaz por que agiu daquela forma? O que estava acontecendo? Com certeza não era bom e devia procurar ajuda, devia sair daquela floresta.

Andou e quando a noite chegou, o frio chegou junto. Ficou com medo de fazer uma fogueira e atrair aquelas coisas. Ficou perto de uma árvore e adormeceu, estava cansada, com os pés machucados, muita fome e desidratando, mesmo com a sombra das arvores o sol grego castigava sua pele sensível.

Kagaho viu que ela dormia encolhida perto de uma arvore e se aproximou, a olhou, viu que estava com a pele machucada pelos arbustos, pelo sol, ia embora, mas pensou em Sui.

Ana acordou e levou um susto quando viu ao seu lado uma garrafa d'água com algumas frutas. Quem teria deixado aquilo ali?

Andou por dois dias, no terceiro dia percebeu que estava perdida e quando a noite chegou, o frio estava mais intenso, começou a tremer, morrer de hipotermia não seria agradável e como a lei de Murphy sempre gosta de se fazer presente, a chuva chegou com tudo, não tinha aonde se abrigar, estava cansada, mas mesmo assim continuou andando por aquele chão encharcado, pensava em seu pai, quando o primeiro trovão cortou o céu Ana se sentou e abraçou os joelhos.

Kagaho: "Se ficar parada assim irá morrer!"

Quando aquela voz sombria soprou nas costas dela, a chuva parou de molha –la. Ana não respirava, se virou bem devagar e viu que era o mesmo rapaz do dia anterior, viu que asas saiam dele fazendo uma proteção p chuva, assim não os molhava.

A: "O que é você?"

Kagaho a acompanhava de longe, sabia que não era seguro pra ela andar pela floresta com tantos espectros rondando por ali, por respeito ao que ela fez por Sui deu água e frutas, não ia matá-la, mas não evitaria se o fizessem. Viu que ela era determinada e não queria se render, mas ela era muito frágil e a floresta implacável. Com certeza ela ia morrer, cada vez entrava mais na floresta invés de sair, estúpida, pensou. Não sabia por que a seguia, também não tinha nada melhor para fazer, o imperador estava focado na pintura do Lost Canvas e não o havia chamado.

Viu que ela andava com muita dificuldade na chuva, mas quando um trovão rasgou o céu, ela se encolheu como uma criança – será que depois de tanto lutar, desistiu?

Lembrou-se do irmão e quando viu estava indagando aquela estúpida garota.

Quando ela levantou a cabeça viu que chorava, com um sussurro cheio de coragem ela falou algo enquanto se levantava o olhando, mas se levantou muito rápido e seu corpo frágil não aguentou, desmaiou.

Kagaho a segurou, respirando fundo e revirando os olhos – "era só o que me faltava?". Pegou ela no colo e voou.

Kagaho - Segunda chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora