Calmai, eles se conhecem.

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— Merda, merda, mas que merda! Eles sabem, mano, eles sabem! JJ, eu vou te matar!

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— Merda, merda, mas que merda! Eles sabem, mano, eles sabem! JJ, eu vou te matar!

— Filho, você está bem? — meu pai pergunta. — Tá pálido, aconteceu algo?

— Pai, acho que não estou me sentindo bem. Posso dar uma pausa e ir em casa? — Eu não ia para casa, na verdade. Ia direto para o Chateau.

— Claro, filho. Qualquer coisa, tem remédio para dor de cabeça em cima da cômoda na sala! — ele diz, mas eu já estou saindo pelos fundos do restaurante. Vou caminhando rapidamente até a casa do JJ e, quando chego lá, encontro ele apontando uma arma para algo.

— JJ, JJ! — Ele não me ouve, está cochichando alguma coisa que eu nem faço ideia do que seja.

— JJ, olha aqui! — Seguro seus ombros e o puxo para me ouvir.

— Ah, e aí, Pope, tudo tranquilo? — Quando ele diz isso, sinto uma vontade imensa de dar um soco nele.

— Não, nada está bem.

— O que está acontecendo, mano? Você está...

— Eles sabem, JJ.

— Eles quem, cara?

— O Rafe e o Topper! Eles sabem.

— Como assim?

— Eles foram até o restaurante do meu pai e me olharam como se soubessem de tudo que aconteceu. Vou perder minha faculdade! Se eu soubesse que isso aconteceria, nunca teria feito nada... — Me interrompo ao sentir o cano da arma que JJ encostou na minha boca.

— Para de falar bobagem! Eles mexeram com a gente primeiro, nós só revidamos. Se alguém te perguntar algo, o que você vai fazer?

— Vou negar.

— Isso mesmo, negar, negar e negar. Somos Pogues, cara!

— Somos Pogues.

— Bom, agora volta para o seu trabalho, que está na hora do meu. — JJ diz, animado de uma forma estranha.

— Vai encontrar a "pessoa especial" da sua vida, né? — pergunto, rindo.

— Para de palhaçada, Pope! Vai logo!

— Tô indo, senhor apaixonado.

— Some daqui! — Ele responde, me mostrando o dedo do meio. Eu dou uma risada e sigo meu caminho, pensando bem que não tenho medo desses caras. Quero só ver o que eles vão fazer.

Eu estava sentada no sofá assistindo à série Lúcifer quando ouvi a campainha tocar

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Eu estava sentada no sofá assistindo à série Lúcifer quando ouvi a campainha tocar. Renata estava lavando a louça, então fui atender a porta. Ao abrir, dei de cara com JJ, o rapaz que corta a grama da casa.

— E aí, loirinha — disse ele, dando um passo para dentro de casa. Resolvi devolver o apelido.

— E aí, loirinho, como você está?

— Gostei do apelido, mas acho que você copiou de alguém — ele respondeu, fazendo uma careta engraçada. Eu ri.

— Talvez — respondi. — Quer beber algo?

— Tem cerveja? — ele perguntou, se aproximando.

— Infelizmente, não.

— Seu cabelo está bonito, loirinha, fez algo diferente nele? — Ele comentou, mexendo no meu cabelo. E, para ser sincera, eu estava gostando do toque dele.

— Não fiz nada nele, Jay, mas obrigada pelo elogio.

— "Jay"? Gostei desse apelido, bonequinha — disse ele, e, quando me chamou de "bonequinha", senti um frio na barriga. Sua mão ainda estava no meu cabelo, e ele a deslizou devagar até o meu rosto, onde começou a acariciar minha bochecha com o polegar. Fechei os olhos, aproveitando o toque.

A sensação era tão boa, quase parecida com quando estou com o Raf... Espera aí, o Rafe! Abri os olhos rapidamente e percebi que JJ estava com o rosto quase colado ao meu.

Ele notou que eu tinha aberto os olhos e me encarou com uma expressão intensa e indescritível.

Ficamos nos olhando por alguns segundos, até que a campainha tocou de novo.

— Droga — ouvi JJ resmungar baixinho.

— Vou atender — eu disse, me afastando.

— Vai lá  — ele respondeu, dando um sorriso e seguindo para o gramado.

Enquanto caminhava até a porta, eu tentava entender o que tinha acabado de acontecer. Eu tenho namorado. Não posso sair fazendo essas coisas. Respirei fundo e abri a porta, dando de cara com Rafe.

— Oi — ele disse e me beijou.

— Oi, amor — respondi. Depois do beijo, percebi que ele estava carregando algumas bolsas.

— O que são essas bolsas?

— Presentes para você, meu bem — disse ele, sentando-se no sofá. — Vem cá, comprei várias coisas e quero que você abra junto comigo.

Sentei ao lado dele, mas ele rapidamente me puxou para o seu colo, de frente para ele.

— Toma, primeiro abre este — ele disse, me entregando uma caixa média, que reconheci ser da Pandora. A caixa era toda branca com o nome "Pandora" escrito em rosa no meio. Sorri e abri a caixa, revelando um colar lindo com pingentes de borboleta.

— Amor, que coisa mais linda. Obrigada — disse, dando-lhe um beijo.

— Tem mais. Abra todos — ele incentivou.

Abri os pacotes um a um; ao todo, eram sete presentes, todos maravilhosos. No último, um pacote embalado em papel rosa choque com brilho, encontrei um perfume Chanel N°5, meu favorito.

— Bebê, muito obrigada pelos presentes, eu amei todos. Te amo — disse, abraçando-o enquanto ainda estava em seu colo. Ele me aconchegou mais.

— Eu também te amo, minha princesa.

Levantei a cabeça do peito dele e o beijei com intensidade, e ele correspondeu da mesma forma. Ele segurou minha cintura e me deitou delicadamente no sofá, descendo beijos do meu rosto até o meu pescoço, onde deu um beijo mais intenso.

— Ei, loirinha, sabe onde está a vassoura? — Era JJ. Na mesma hora, Rafe se afastou.

— O que você está fazendo aqui? — Rafe perguntou, irritado.

— Eu meio que trabalho aqui agora — JJ disse, com um sorriso debochado.

— Pois não vai trabalhar mais, sai daqui agora — disse Rafe, claramente incomodado.

— Vem me tirar, então — JJ respondeu.

Fiquei em pé entre os dois, tentando entender o que estava acontecendo. Eles se conheciam?

POSSESIVOS JJ Maybank-Rafe cameronOnde histórias criam vida. Descubra agora