Alô?

26.7K 1.6K 3.2K
                                    

— Filha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


— Filha...

— Filha...

— Ô, filha! — Acordei com meu pai me chamando.

— Oi, pai, como o senhor está? Vai viajar? — perguntei, assim que o vi com algumas malas ao redor.

— Sim, filha, eu vou — respondeu, pegando o celular do bolso.

— Mas, pai, você acabou de voltar de uma viagem! Não tinha dito que passaria essa semana comigo?

— Filha, eu te amo muito e queria passar essa semana com você, mas, infelizmente, sua mãe está precisando de mim.

— Eu entendo. Bom, boa viagem.

— Obrigado, meu amor — ele disse, beijando minha testa. — Acho que dá tempo de eu ir ao banheiro. O avião vai partir às oito, agora são sete e meia. Vou rapidinho. Te amo, filha. — Ele completou, indo em direção ao banheiro.

— Também te amo, pai — respondi e senti Rafe se mexer ao meu lado.

— Que horas são? — ele perguntou com a voz rouca, sem abrir os olhos.

— Ainda é cedo, amor, volte a dormir — eu disse, e ele não respondeu. Fechei os olhos e fiquei passando meus dedos no cabelo de Rafe. Queria que meu pai ficasse comigo mais tempo, mas as coisas nem sempre são como queremos.

Despertei depois de um tempo e olhei pela janela da sala. Vi que ainda era cedo, provavelmente umas nove horas.

Hoje estava ensolarado e fazia muito calor. Olhei para baixo e vi Rafe dormindo de boca aberta, babando no meu peito. Ri e procurei o controle da televisão. Peguei o controle que estava atrás de mim e liguei a TV, que estava sintonizada em um canal sobre comida. Deixei ali mesmo e fiquei assistindo uma mulher loira com um papagaio, falando sobre receitas.

Ouvi alguns barulhos na cozinha; provavelmente Renata já havia chegado e estava preparando a mesa. Rafe dormia como um bebê, tão lindo. Passei a mão no rosto dele e subi até seus cabelos loiro-escuros, acariciando o couro cabeludo enquanto assistia ao programa.

Comecei a ouvir algo vibrando e procurei meu telefone, mas percebi que era o de Rafe, que estava no bolso dele. Coloquei a mão no bolso dele com cuidado e peguei o aparelho. Vi que quem estava ligando era um tal de "Barry", o mesmo que havia mandado mensagens ontem. Resolvi atender.

— Alô?

— Rafe está? — perguntou uma voz grossa do outro lado. Que voz estranha.

— Sim, ele está, mas está dormindo. Quer deixar algum recado?

— Você é tão educada, lindinha. Mas eu não quero falar com você, nem passar recado. Tem como você acordar o Rafe e passar o telefone para ele?

— Eu sou educada, sim, mas vejo que você não é. Vou passar o telefone quando você pedir com educação, seu ogro.

POSSESIVOS JJ Maybank-Rafe cameronOnde histórias criam vida. Descubra agora