Desculpa meu amor

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Rafe e eu estávamos abraçados depois de uma noite intensa

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Rafe e eu estávamos abraçados depois de uma noite intensa.
Eram 6 da manhã quando meu despertador começou a tocar, e eu, sonolenta, resmunguei e comecei a acordar.

Senti o peso dele ao meu lado. Eu acariciei seu rosto, sorrindo.

— Você vai continuar me encarando assim? — ele perguntou, ainda de olhos fechados, aproveitando o carinho.

— Estou parecendo uma psicopata? — brinquei, rindo.

— Talvez um pouco — respondeu ele, sem abrir os olhos. — Que horas são?

— Acho que 6:10 — respondi, sem muita importância.

— Por que você já está acordada a essa hora? — ele perguntou, ainda meio perdido.

— Amor, eu tenho aula hoje, lembra? Hoje é terça-feira.

— Nem sabia — murmurou, virando-se para o outro lado, pronto para voltar a dormir.

Ri e o abracei por trás, aproveitando o calor dele por mais alguns minutos antes de levantar e ir para o banheiro.

Saí do banho enrolada na toalha e vi Rafe acordado, mexendo no meu celular.

— Por que está mexendo no meu celular, hein? Seu curioso — falei, rindo, enquanto me aproximava.

— Só estava vendo uma coisa, mas já terminei — ele disse, desligando o celular e olhando para mim. Ao me ver enrolada apenas na toalha, colocou meu celular no bolso e me puxou para o colo dele. Ele começou a me cheirar levemente.

— É perfume de melancia? — perguntou ele, ao encostar o nariz em meu pescoço.

— Não, é pêssego — respondi, de olhos fechados, aproveitando o momento.

— Dá vontade de morder — murmurou, dando uma leve mordida no meu pescoço.

— Ai, Rafe, não morde tão forte — pedi, sentindo o aperto da mordida, mas ele não parou. Continuou mordendo meu pescoço, e a dor foi aumentando.

— Rafe... por favor, está machucando — pedi novamente, tentando me afastar, mas ele me segurou firme, com uma mão na minha nuca e o outro braço em volta da minha cintura, me impedindo de me mover.

— Rafe, para, está doendo! — pedi com a voz embargada. Senti as lágrimas começando a escorrer enquanto ele finalmente se afastava, mas logo percebi algo estranho. Sua boca estava com sangue.

— Rafe... — sussurrei, atônita, ao ver que ele realmente havia me machucado. Me levantei rapidamente e fui até o espelho no banheiro. Havia sangue escorrendo pelo meu pescoço, algumas gotas caindo no chão. Toquei no ferimento, ainda sem acreditar no que ele tinha feito.

— Você ficou maluco? — gritei do banheiro, sentindo um misto de dor e indignação

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— Você ficou maluco? — gritei do banheiro, sentindo um misto de dor e indignação.

Silêncio.

— Rafe, me responde! Qual é o seu problema?

— Nenhum — ele respondeu em voz baixa.

— Nenhum? Você quase arrancou um pedaço do meu pescoço! — falei, exasperada.

— Para de gritar — ele respondeu, se aproximando.

— Fique longe de mim, Rafe! — falei, dando um passo para trás, assustada.

— Amor... — Ele se aproximou lentamente. Fiquei parada, olhando-o com uma mistura de medo, tristeza e raiva, mas não conseguia odiá-lo.

Ele me puxou para um abraço, e, naquele instante, desmoronei. Apoiei minha cabeça no peito dele e comecei a chorar descontroladamente.

— Por quê fez isso?... — sussurrei em meio aos soluços.

— Eu não sei, me perdoa.

— Certo, eu não consigo te odiar — disse, apertando-o e cravando as unhas em suas costas. Ele suspirou e me envolveu em seus braços. Sua boca ainda estava manchada de sangue, e ele passou a língua pelos lábios, sentindo o gosto metálico.

Ainda abraçado a mim, ele segurou meus cabelos suavemente e puxou minha cabeça para trás para me olhar nos olhos.

Depois, olhou para o ferimento em meu pescoço, que ainda sangrava, e se inclinou para beijá-lo delicadamente, lambendo a marca como se tentasse aliviar a dor.

— Você vai ter que esconder isso — murmurou.

— Eu sei... vou dar um jeito.

— Vem, deixa eu te ajudar — disse ele, parando de beijar o local. Descravei minhas unhas das costas dele, e ele me levou até a pia do banheiro.

Pegou uma toalha branca que estava ali, molhou-a, e começou a limpar o sangue do meu pescoço com delicadeza.

Fiquei em silêncio, com lágrimas escorrendo pelo rosto e pingando em seu braço enquanto ele murmurava "desculpa, meu amor" repetidamente, em voz baixa.

— Pronto, já limpei. Como eu faço para esconder isso? — ele perguntou, num tom mais calmo.

— Pega aquele frasco branco escrito "corretivo" e a esponjinha ao lado — falei baixo, e ele pegou ambos.

— Agora aplico no seu pescoço e espalho com a esponja, assim? — ele perguntou, começando a cobrir a marca com o corretivo, aplicando-o com uma suavidade incomum. Senti um pequeno alívio enquanto ele terminava.

— Acho que ficou bom. Olha só — disse ele, e me virei para olhar no espelho. A marca estava quase imperceptível.

— Coloca seu uniforme. Eu te levo para a escola — ele falou, saindo do banheiro e fechando a porta. Foi só então que eu permiti que as lágrimas caíssem de verdade.

Depois de um tempo, vesti meu uniforme e limpei o rosto, tentando esconder qualquer vestígio de tristeza.

Quando saí, vi Rafe sentado na cama, olhando para o chão.

— Vamos? — ele perguntou, e apenas assenti. Por mais que estivesse com medo, entrei no carro ao lado dele, em silêncio.

POSSESIVOS JJ Maybank-Rafe cameronOnde histórias criam vida. Descubra agora