Depois que JJ respondeu, Rafe partiu para cima dele. Eu gritava, desesperada, pedindo que parassem. Os dois estavam praticamente se machucando ali, e eu não sabia o que fazer para separar os dois. Foi então que a salvação chegou: Renata.
— Meninos, parem agora! — gritou Renata, correndo para separar os dois.
— Se eu te ver aqui de novo, vou te ensinar uma lição — disse Rafe, ofegante, com o queixo sangrando.
— Seu problema, Rafe, é que eu trabalho aqui — JJ retrucou, também ferido, com um corte no canto da boca.
— Tanto faz — Rafe resmungou, tentando se aproximar de JJ novamente.
— Rafe, para com isso, vamos embora! — pedi, segurando-o e puxando-o para perto de mim.
— Rafe, pode vir aqui buscar o kit de primeiros socorros? Não consigo alcançá-lo sozinha — disse Renata. Ele concordou com a cabeça, lançou um último olhar sério para JJ e passou por ele, sumindo de vista.
Esperei Rafe se afastar e então olhei para JJ.
— Você está bem, Jay? — perguntei, me aproximando.
— Olha, acabei de me envolver numa briga com o seu namorado, mas acho que estou bem — respondeu ele com um sorriso de canto. Eu dei um sorrisinho de volta. Estávamos perto um do outro, e seus lábios ainda sangravam um pouco. Por impulso, levantei a mão e passei o dedo delicadamente pelo lábio inferior dele para limpar um pouco do sangue.
— S/N, onde você está?! — Era a voz de Rafe. Ouvi seus passos se aproximando da sala. JJ se afastou rapidamente de mim.— Ainda aqui? Achei que você já tivesse ido embora — disse Rafe, parando ao meu lado.
— Ele já estava de saída, não é, JJ? — falei, tentando quebrar a tensão. JJ fez um sinal de concordância com a cabeça.
— Sim, eu já estava indo. Tchau, S/N.
— Até logo, JJ — respondi. Logo em seguida, Rafe me puxou em direção às escadas para irmos ao andar de cima.
Observei enquanto JJ saía, fechando a porta e colocando as mãos nos bolsos, Ele parecia pensativo.
Ate que Rafe segurou meu braço e começou a subir as escadas, mas apertava meu pulso com força, e isso estava me machucando.Ele foi até o meu quarto, abriu a porta, me puxou para dentro e a fechou.
— Rafe, você está machucando meu pulso — falei, tentando esconder a dor na voz.
— Você ouviu o que ele disse para mim?! — Ele perguntou, indignado, apertando meu pulso ainda mais.
— Ra-Rafe... você está me machucando — disse, sentindo lágrimas se acumularem nos meus olhos de tanta dor, mas ele só apertava com mais força.
— Eu não acredito que ele teve coragem de falar com você... Caralho eu vou matar aquela filha da puta... Ele resmungava, cada vez mais alterado, enquanto continuava segurando meu braço com força.
— Rafe, você está me machucando! — gritei, chorosa. Ele olhou para mim, finalmente soltando meu pulso.
— Foda-se. Se eu quiser, eu posso fazer pior — disse, ainda alterado. Fiquei paralisada. Como assim? Será que ele teria coragem de me machucar? Um soluço escapou enquanto eu o olhava incrédula.
Ele pareceu perceber o que havia dito e passou a mão pelos cabelos, respirando fundo.
— Desculpa, amor... estou fora de controle. Eu não queria dizer isso para você — ele falou, se aproximando com uma expressão mais suave.
— Você realmente teria coragem de me machucar? — perguntei, quando estávamos face a face. Ele colocou a mão no meu rosto, acariciando-me.
— Nunca faria isso com você... — disse ele, encostando sua testa na minha. — A menos que fosse necessário.
Ele sussurrou algo, mas não consegui ouvir. Quando abri a boca para perguntar, ele se inclinou para me beijar.
Seus lábios se moveram nos meus em um beijo lento e intenso. Sentindo-me mais envolvida, passei meus braços ao redor de seu pescoço.
Sai do seu beijo e o mesmo encostou sua testa na minha.
— Certo — respondi, aproveitando o carinho que ele fazia na minha bochecha.
— Que tal a gente esquecer isso tudo e assistir Prison Break? — Ele perguntou, já se jogando na cama, e eu ri.
— Não vai tomar banho, não? Porquinho — provoquei, sorrindo.
— Eu tomei antes de vir pra cá, boba — ele disse, rindo enquanto pegava o controle da TV. Balancei a cabeça, rindo também, e entrei no banheiro que havia no meu quarto.
Fechei a porta e suspirei, sentindo o alívio de estar longe de toda a tensão. Abri o chuveiro e deixei a água quente encher o ambiente de vapor, tentando relaxar e deixar os pensamentos se acalmarem.
Passei a mão pelo pulso, onde ainda havia uma leve marca, e tentei não pensar demais naquilo.
Depois de alguns minutos, saí do banho e coloquei um pijama confortável.
Quando entrei no quarto, Rafe já estava deitado, folgado, com um braço esticado e o controle da TV na mão.
— Finalmente! Achei que você ia demorar uma eternidade — brincou ele, fazendo espaço para mim na cama.
— Não exagere — retruquei, me aconchegando ao lado dele. Ele passou o braço ao meu redor e deu play na série, que começou com a música intensa e o ritmo cheio de ação de sempre. Me permiti relaxar ali, focando na trama e sentindo o conforto da presença dele ao meu lado.
Enquanto assistíamos, Rafe começou a brincar com meus dedos, passando o polegar suavemente sobre o meu pulso.
Por um segundo, senti um leve desconforto, mas ele percebeu e parou, voltando a se concentrar na TV.
— Ei... — ele disse, quebrando o silêncio. — Sobre mais cedo, eu não queria ter perdido a cabeça daquele jeito. Eu só... — Ele parou, como se procurasse as palavras certas. — Fico com medo de perder você.
— Rafe, você não vai me perder — respondi, virando para olhá-lo nos olhos. — Só... tenta confiar em mim, assim como eu confio em você, tá bem?
Ele assentiu, olhando para mim com um sorriso um pouco triste.
— Tá bem — disse ele, antes de me puxar para perto e encostar a testa na minha. — Eu prometo que vou tentar.
Sorrimos um para o outro e voltamos a assistir à série, desta vez em um silêncio mais tranquilo, como se as palavras tivessem aliviado um pouco da tensão entre nós.
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POSSESIVOS JJ Maybank-Rafe cameron
AksiS/n Brokillin uma garota de 16 anos, rica, bonita, inteligente, inocente e meiga. Rainha Kook que namora o Rafe Cameron, porém nesse "amor" pode a haver muitos conflitos. Rafe Cameron um homen de 19 anos, rico, bonito e sexy o mais cobiçado da ilha...