Consegui um emprego

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Depois que S/n se levantou para pegar uma cerveja para o namorado, eu e os outros Pogues voltamos para a ilha

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Depois que S/n se levantou para pegar uma cerveja para o namorado, eu e os outros Pogues voltamos para a ilha. Quando ancoramos o barco no canto de uma casa abandonada, fomos andando direto para o Chateau.

— Mano, tô precisando de um baseado — eu disse, entrando pela porta do Chateau e já procurando onde eu tinha deixado o último.

— Sinceramente, não vejo graça nisso. Você só fica aspirando um papel enrolado com maconha — comentou Pope, se jogando no sofá.

— E quem disse que era pra ter "graça"? — retruquei, encontrando meu tênis largado ao lado do sofá e calçando-o.

— Vai sair? — Kiara perguntou, distraída, enquanto fazia trancinhas no próprio cabelo.

— Vou em casa buscar meu último baseado, deixei debaixo do travesseiro — respondi, piscando para Kiara e abrindo a porta.

— Vai lá, fumador profissional — debochou John B com sarcasmo.

— O único! — rebati no mesmo tom, fechando a porta atrás de mim.

Saí caminhando pela estrada e, por mais que tentasse focar no que ia fazer, meus pensamentos continuavam voltando para o que eu tinha visto hoje no barco. Aquela garota...

como ela conseguiu mexer tanto comigo? Ela nem me conhece, e eu também nunca nem falei com ela. Mas, sei lá, eu sentia que sabia muito sobre ela. Ela não parecia ser como todos os outros Kooks. Talvez um dia eu teria a chance de falar com ela...

Quem sabe? Melhor não criar muita expectativa.

De repente, ouvi uma voz grave chamando atrás de mim.

— Ei, garoto! — Virei rapidamente, fechando o punho por reflexo. Por um segundo, pensei que fosse um cracudo, mas quando olhei vi que era um senhor de uns quarenta anos, num carro.

— Oi? — respondi, confuso.

— Olá, jovem. Eu estou à procura de alguém para cortar o gramado do meu quintal três vezes por semana. Você parece... um menino que poderia estar interessado em um trabalho. Que tal?

Nem prestei atenção no que o velho disse sobre minha aparência ou o tom dele. A única coisa que eu ouvi de verdade foi: dinheiro.

— Onde é? E quanto você vai pagar? — perguntei direto ao ponto.

— Em Figure 8, casa dos Brokillins. Pagamento de um salário mínimo — ele respondeu.

Eu parei, processando. Brokillins? Isso é... a casa de S/n? Nem pensei duas vezes.

— Fechado! Quando começo? — falei rápido, sentindo uma oportunidade.

— Amanhã está bom pra você? — o mais velho perguntou.

— Combinado! — apertei a mão dele e o observei ir embora. Pela idade e pelo lugar que ele mencionou, deduzi que aquele devia ser o pai de S/N.

Mas fiquei encucado: por que ele estava passando por aqui, na área dos Pogues? De onde será que ele veio? Deixei o pensamento de lado e continuei minha caminhada.

Finalmente cheguei em casa. Entrei devagar e fechei a porta, passando pela sala onde vi meu pai jogado no sofá, dormindo — ou apagado, sei lá. Fui direto para o meu quarto, peguei o baseado debaixo do travesseiro e o acendi, me jogando na cama e soltando uma fumaça relaxada.

— Putz, consegui um emprego — sussurrei pra mim mesmo, encarando o teto e sorrindo com a ideia do que esse trabalho poderia me proporcionar.

Depois de um tempo, voltamos para a superfície

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Depois de um tempo, voltamos para a superfície. Topper desligou o barco e o deixou ancorado perto dos quiosques. Descemos e começamos a caminhar juntos.

— Hoje foi irado! — disse Sarah, já meio alegrinha por causa da bebida.

— Tenho que concordar com você, amor — respondeu Topper, passando o braço em volta dos ombros da namorada.

Rafe se aproximou e sussurrou no meu ouvido, mordiscando de leve a minha orelha.

— Seus pais estão em casa?

Eu ri da provocação e respondi:

— Acho que não.

Ele sorriu, malicioso, e Sarah interrompeu a conversa.

— Bom, você vai lá pra casa, né, Sarah? — perguntou Rafe, olhando para a irmã, que confirmou com a cabeça.

— Beleza. Nós vamos pra casa dessa bonita aqui — disse ele, apontando para mim, me fazendo rir.

— Vão se pegar já? — zoou Topper, rindo. Ele começou a imitar, exagerado: — "Ah... ah, Rafe... mais r-a-a-pido" — brincou, gemendo de propósito. Rafe deu um soco no braço dele, e todos rimos.

— Deixa de ser idiota — disse Rafe, ainda rindo, enquanto ele me pegava pela cintura e me guiava até a moto. Ele pegou o capacete e me entregou, e depois de colocá-lo, subi na garupa. Partimos em direção à minha casa.

Quando chegamos, ele estacionou a moto, e eu deixei o capacete ali. Fui andando na frente, mas logo senti Rafe me puxar pela cintura com os dois braços, me abraçando enquanto caminhávamos até a porta. Quando entramos, vi meu pai sentado na sala, lendo alguma coisa.

— Olha o velho encubado — sussurrou Rafe, e eu não contive o riso.

— Olá, minha querida — disse meu pai, levantando-se para me dar um beijo no topo da cabeça. Ele olhou para Rafe e fez um gesto de cumprimento, que Rafe retribuiu.

— Onde está a mamãe? — perguntei.

— Está resolvendo umas coisas no escritório — respondeu ele, ainda com a atenção no livro.

— Vamos subir, tá? — avisei, e ele apenas assentiu com a expressão séria de sempre.

Subimos para o meu quarto, onde ficamos trocando carinhos e conversando. Não íamos fazer nada além disso, já que meu pai estava no andar de baixo e poderia ouvir. Então, nos limitamos a beijos e abraços, aproveitando o momento juntos.

— Amanhã eu vou ter que sair, mas depois, quando voltar, te levo para te ensinar a jogar golfe, ok? — Rafe me perguntou, enquanto eu, quase adormecida com o cafuné que ele fazia, apenas murmurei em resposta.

— Ok.

Logo, caí no sono, sentindo o conforto de estar ali com ele.

POSSESIVOS JJ Maybank-Rafe cameronOnde histórias criam vida. Descubra agora