desde quando vocês tem essa intimidade toda?

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Acordei às cinco da manhã, era segunda-feira, dia de escola

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Acordei às cinco da manhã, era segunda-feira, dia de escola. Não senti o corpo do Rafe ao meu lado e estranhei, onde ele está? Sai da cama, pegando minhas pantufas, e comecei a descer as escadas devagar.

Não liguei para minha roupa, pois sei que meus pais devem ter saído para o trabalho, como sempre.

Desci, cheguei ao final da escada e fui andando até a sala. Rafe também não estava lá. Fui até a cozinha devagar e o vi.

O mesmo estava de costas, semi-nu, apenas com uma cueca boxer preta que tampava suas partes íntimas. Ele cortava algo que eu não sabia. Ao lado dele, em cima do balcão, havia uma bandeja com frutas e dois copos de suco que pareciam ser de laranja. Sorri e fui andando até ele, enrolei meus braços na cintura dele e o abracei.

— Já acordada, princesa? Queria fazer uma surpresa. — Ele diz, colocando os morangos dentro do potinho. Eu encostei minha cabeça em suas costas e soltei um gemido manhoso. Vi o mesmo rir e se virar para mim.

— Vai fazer suas higienes, enquanto eu termino aqui, aí você finge que está surpresa e não sabia desse café da manhã. — Ele diz, e eu solto uma risada, dou um selinho rápido nele e o mesmo morde meu lábio, me puxando devagar, dando mais um selinho em mim.

Tiro minhas mãos de sua cintura e volto para o meu quarto. Eu tô tão feliz por ele estar assim comigo, é como se a gente tivesse voltado no tempo, há alguns meses atrás, mais especificamente 3 meses atrás.

Entro no meu quarto e vou até meu closet separar minha roupa. Renata sempre as deixava penduradas em um cabide, sempre estavam limpas e passadas.

Amo a Renata por isso. Sei que esse é o trabalho dela e que é paga por isso, mas ela sempre faz tudo com tanto amor e carinho.

Renata me conhece desde meus 3 anos. Foi minha primeira amiga. Lembro quando sempre pedia doces para ela antes do almoço, e ela sempre me dava, mas sempre dizia para eu não contar a ninguém, que seria nosso segredinho.

Sorrio lembrando de tudo e pego minha roupa.

Vou até minha gaveta de roupas íntimas e pego minha lingerie preta. Rafe havia me dado ela no meu aniversário de 16 anos, no começo de janeiro. Eu gostava muito dela, achava a própria perfeição.

Ela era preta e tinha alguns diamantes, que davam todo o glamour dela. Vou até o banheiro, coloco minhas roupas em cima da pia e entro no box. Ligo o chuveiro na água quente e começo meu banho.

Saio do banho, pego minha toalha, me enxugo, passo a toalha nos meus cabelos, retirando o excesso de água. Coloco meu uniforme, começando pela lingerie, depois a blusa polo branca e a saia azul-marinho.

Pego meu blazer azul-marinho e saio do banheiro. Já tinha escovado os dentes no banho, então não precisei escová-los na pia. Pego minhas meias e as coloco, pego o meu tênis e o ponho também. Com o blazer na mão, saio do quarto, descendo as escadas rapidamente, indo direto para a cozinha. Vejo Rafe sentado, falando no telefone.

— Isso, aí amanhã a gente vai lá e vê direitinho. — Cheguei perto dele e sentei ao seu lado, começando a comer as coisas que Rafe havia colocado na mesa. O mesmo só bebia o suco, enquanto continuava a conversar.

— É, uhum, sim, sim, claro, quando for na hora certa. Agora vou ter que desligar, tenho que levar a S/n para a escola. — Ele diz, e eu o interrompo, questionando.

— É o Barry? — Digo baixinho, e ele faz um sinal com a cabeça, concordando. Eu sorrio e chego perto do telefone, que estava encostado na sua orelha direita.

— Oi, puto, bom dia! — Rafe olha para mim sem entender, e escuto Barry soltar uma risada. Rafe põe no viva-voz.

— Fala aí, Snzinha. Bom dia para você também. — Ele diz, e eu rio. Rafe continua olhando para mim, sem entender nada. Ele deixa o telefone na mesa, começa a pegar um pão de queijo e passar, com o auxílio de uma faca, o requeijão em cima.

— Vejo que aprendeu a ser educado. Como estão as coisas? — Eu digo, e o mesmo responde com um "Vai se foder". Rafe o retruca, "Vai você, seu merdinha". Os dois começam a rir, e eu volto a comer meus morangos.

— Valeu, cara. Vou desligar aqui. — Depois disso, escuto um "Valeu" do Barry, e Rafe desliga.

— Desde quando vocês têm essa intimidade toda? — Rafe pergunta, colocando o último pedaço do pão de queijo na boca.

— Desde o dia que eu conversei com ele no seu telefone, amor. — Digo, soltando uma leve risada, ao ver o canto sujo de sua boca com requeijão. Passo meu polegar ali, limpando, e o aproximo de sua boca. O mesmo chupa a pontinha do meu dedo, tirando todo o requeijão, e dá um beijinho em meu polegar.

— Terminou de comer seus morangos? — Ele diz, limpando sua boca com o guardanapo e bebendo o resto do seu suco.

— Sim, vamos? — Digo, após colocar o último pedaço de morango na boca.

Me levanto da cadeira e vou em direção ao meu blazer, e o pego. Rafe vem atrás de mim, pegando sua chave da moto. Abro a porta e passo por ela, Rafe faz o mesmo e a fecha. Ele vai em direção à moto e sobe nela, ligando em seguida. Faço a mesma coisa e abraço sua cintura.

— Hoje sem capacete, tudo bem? — Ele diz, e eu apenas concordo com a cabeça.

— Dorme um pouco no caminho, amor. Sei que você está cansada. — Ele diz, e eu fecho meus olhos, sentindo a brisa, o cheiro do mar, da maresia e do Rafe.

Depois de alguns minutos, sinto Rafe parar com a moto. O mesmo fica esperando e não fala nada. Abro meus olhos e vejo que estamos na porta do colégio. Alunos entram e saem. Desencosto minha cabeça das costas do Rafe e saio da moto, ficando ao lado dele.

— Venho te buscar. — Ele diz.

— Não se esqueça. — Eu digo.

— Não vou. — Ele sussurra, em seguida pega nos meus cabelos delicadamente e me dá um beijo. Durou no máximo uns 15 segundos. Saí do beijo com alguns selinhos e sorri para ele.

— Te amo. — Diz ele.

— Te amo. — Eu digo, e ele me dá um último selinho, antes de sair com sua moto. Viro para a escola e vejo que não tem mais ninguém.

Espero que ninguém tenha visto isso, mas tipo, só é um casal apaixonado se beijando, qual o problema também? Pera, são sete da manhã. S/n, para de falar com sua mente e vai estudar.

Entro na escola e vou direto para minha aula de matemática. Abro a porta e vejo que o professor ainda não chegou. Vejo Sarah sentada perto de uma das janelas e vou até ela.

— Bom dia! — Ela diz com um sorriso fofo.

— Bom dia, Sarah! — Digo, devolvendo o sorriso. Espero que acabe logo, odeio a escola.

POSSESIVOS JJ Maybank-Rafe cameronOnde histórias criam vida. Descubra agora