Capítulo 2

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Mais um capítulo saindo..
boa leitura..
;)



O que está acontecendo? Hoje mais que ontem me sinto super nervosa e com muito medo. Quero permanecer deitada, mas não posso ficar aqui e fingir que não tem um louco fanático ai fora fingindo me conhecer ou realmente saber quem sou. Minha fome se foi e tento ficar fora do alcance do espelho porque pela minha cara devo estar branca como um papel por tudo isso. Estou péssima fisicamente, e mentalmente eu parei de comparar há tempos. Sento na cadeira de todo dia e me preparo somente para ouvir pessoas falarem na aula hoje, não conseguirei prestar atenção em nada. Quero permanecer o mais longe do celular que eu puder para não correr o risco novamente das mesmas coisas esquisitas de ontem.

Meu computador travou, nada quer funcionar e até mesmo o comando mais simples não é atendido. Ele não é velho para começar a já dar problemas em sua bateria ou no sistema. Estou em casa sozinha hoje, meus irmãos saíram mais meus pais para fazerem um check up no carro e logo após passariam no parque para verem os patos que nessa época do ano costumam visitar o lago principal da cidade. Me levanto para ver se consigo pegar um carregador para o notebook ou algo do tipo para que seu problema seja resolvido, mas o maldito barulho de notificação começa a indicar novamente que minha vida virou completamente algo surreal depois do dia anterior.

O fato de eu ignorar não significa que talvez eu esteja super, hiper, mega curiosa com tudo isso, querendo saber até onde tal coisa pode ir ou se talvez eu seja capaz de realmente ajudar a resolver algo desse tipo, porém eu tenho certeza que se meus pais descobrissem que de uma hora pra outra eu comecei a fazer o trabalho da polícia e estou agora com investigações de consultoria própria me matariam. O problema disso não quer ser resolvido, terei que desligar o computador. Mais uma coisa que pode me comprometer a cabeça se descobrirem.

Vou até o quintal para tomar um pouco de sol e ar fresco, enquanto sinto a brisa bater em meu rosto. Apesar de minha casa não ser grande, mesmo assim é confortável e foi aqui que cresci, então o que a torna bela são as lembranças memoráveis e felizes. Há um pequeno sofá onde estou sentada e posso ver através do portão a movimentação das pessoas e dos carros do lado de fora. Repouso a cabeça no encosto do assento para me deixar vagar um pouco em meus pensamentos, mas não pude nem começar a fazer isso quando as notificações voltam com tudo. Eu não vou conseguir me livrar disso tão fácil pelo o que estou vendo.

- Eles sabem que colocamos a menina estranha no grupo. Eu avisei vocês para deixar isso quieto, mas já é tarde demais.

- Lilly, se a Hannah não tivesse dado o número dessa pessoa estaríamos no começo disso tudo até agora.

- Ainda não estamos, Cleo? No que ela ajudou desde ontem? Em nada, isso mesmo. Ela nem quer fazer parte disso tudo, ela não sabe quem somos e nem quem era a sua amiga.

- Era? Porque já está falando dela no passado? Não aconteceu nada ainda e eu creio nisso. Ela ainda está viva e precisa de nós. Sei que podemos fazer algo além de ficarmos aqui discutindo. Talvez a Mellany se lembre agora se já a viu. - procuro o teclado para digitar, mas ele não aparece na tela do meu celular, só há as mensagens descendo sem parar entre as duas que não param de conversar. Eu não estou inclusa na conversa, eu posso apenas observar, mas como isso é possível? Eu teria que hackear ou ter um programa específico para conseguir chegar a este nível de espionagem nada da lei. Tem alguém do outro lado da rua sentado no banco me observando. Percebo assim que levanto a cabeça desorientada. Não consigo ver seu rosto e nem mais nada, só que está virado em minha direção parado, com algo na mão. Meu coração fica completamente disparado e engulo seco quando percebo que ele se levantou e está vindo em minha direção. Meu instinto é levantar e sair correndo, mas minhas pernas não respondem ao comando.

Duskwood: Crime EleitoOnde histórias criam vida. Descubra agora