Capítulo 27

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Bom dia leitores...

Como vcs estão?...

Aproveitem a leitura...

;)


Ofegante e ainda cansada da correria, abro a porta de minha casa o mais rápido que consigo após várias vezes ter desviado entre as ruas para que não pudesse ser seguida, e acabo tropeçando em meio ao tapete grande que estava ali para que os sapatos fossem limpos e recuperando a compostura caminho direto para o meu quarto para limpar o suor que escorria pelo meu rosto. Pelo menos agora eu já tinha perdido todas as calorias que deveria ter perdido durante a semana inteira, porém não paro de pensar no que possa ter acontecido com o Jake. Se eles o alcançaram ou se ele conseguiu fugir por entre aqueles caminhos escuros antes que aqueles homens pudessem colocar as mãos sobre ele.

Se ao menos eu pudesse ligar para ele, as coisas ficariam mais fáceis, porque assim eu não teria passado a noite todinha em claro, imaginando mil e uma formas do que aquelas pessoas poderiam fazer caso o pegassem. Eu entendo que de uma certa forma o Jake fez várias coisas erradas, mas creio que isso tenha sido em um passado distante, e não continua a cometer mais essas mesmas atitudes. Contudo, de um jeito ou de outro compreendo que uma certa hora ele terá que pegar a consequência de tudo o que fez, mesmo achando que na época aquelas decisões tomadas fossem as certas.

Pensar nisso tudo me fez ficar a noite toda com os olhos abertos em alerta para qualquer coisa que eu poderia ver ou escutar de anormal. Estava um pouco aterrorizada por ter sido seguida no meio da rua por um cara grande e com capuz que eu não fazia a mínima ideia de quem poderia ser ou o que queria. Virando de um lado para o outro na cama eu me emaranhava entre os lençóis - os quais estava coberta - toda hora, então me levantava, bebia um pouco da água que estava posicionada dentro de um copo ao lado de minha cama, arrumava novamente as cobertas e voltava a deitar, mas isso durou a madrugada toda e só me dei conta do quão exausta estava quando pela manhã minha mãe veio me chamar para lanchar em meu quarto, pois já se passavam das 11h00 e eu ainda não havia descido.

Acordar em um domingo pela manhã quase na hora do almoço e depois de uma noite de sábado bem movimentada não fez bem para minha cabeça, já que passei o dia todo com ela doendo e nem ao menos o remédio fazia efeito - o que era um grande problema. Depois de trocar apenas o pijama por qualquer coisa que achei na minha frente enquanto procurava por algo dentro do guarda roupa, desci indo em direção a cozinha para pegar apenas um pedaço da torrada e um pouco do suco que meu pai tinha preparado para os meus irmãos, mas como sobrou me deu para que não fosse necessário dividir entre eles um segundo copo.

Por mais que eu não gostasse, às vezes, da convivência com meus irmãos, adorava quando tinha alguma coisa a mais que os dois não poderiam dividir duas vezes. Essa foi uma regra que meu pai estabeleceu aqui em casa, mas ela só se aplicava quando tinha alguma relação a ver com comida. 

Observando do sofá a televisão que passava um desenho muito ruim que os dois pequenos meninos viam, deito-me para me acomodar melhor depois de já ter terminado de comer e deixo que meus olhos assumam o controle de meu corpo.  Não dormir a noite direito sempre era um pouco complicado para mim, pois quando levantava cedo depois de uma noite mal sucedida de sono, eu geralmente sempre estava de mal humor, e por essa razão era quando as melhores intrigas entre minha mãe e eu ocorriam. Minha ideia a princípio era tentar dormir ali mesmo, - afinal, eu tinha mais facilidade em dormir em locais barulhentos do que em silenciosos - porém essa ideia foi ao chão quando meu celular começou a tocar em um alto e bom som e tive que levantar rápido do sofá, o que fez com que tudo a minha volta girasse, e o fosse buscar em cima da pedra da sala de jantar, pois havia o colocado ali mais cedo quando fui pegar meu lanche matinal e acabei esquecendo-o posicionado ali.

Duskwood: Crime EleitoOnde histórias criam vida. Descubra agora