Duskwood: Crime Eleito

Capítulo 26

Boa tarde, leitores..
Primeiramente eu quero desejar a todos vocês um próspero ano novo. Que este ano possamos realizar muitos projetos que determinamos e possamos ler bastante - hehe...
Espero que tenham aproveitado as festas de fim de ano, pois agora já retornamos a todo vapor!!
Aqui está o cap atualizado e espero que aproveitem imensamente...
:)

- Tentei hackear o celular deles para descobrir se haveria mais conversas daquele tipo trocadas anteriormente, mas não consegui. No celular do Alan tem uma proteção muito boa, ele como delegado sabe bem em como tomar as medidas necessárias para sua segurança. - Jake diz olhando para algo que estava além de sua atenção.

- E agora? - pergunto.

- Agora eu vou sair daqui debaixo dessa árvore que está despejando folhas secas demais em minha cabeça e pelo chão, e vou até ali mais a frente comprar um cachorro quente porque desde ontem que não como nada. Quer um também? - balanço a cabeça em uma perfeita negação e ele sai andando em direção ao carrinho que estava logo à nossa frente no meio da estrada de trilha que as pessoas costumavam usar mais no fim da tarde para fazerem suas caminhadas ou andar de bike.

Inesperadamente ontem ele me mandou uma mensagem dizendo que achou uma conversa muito interessante e um tanto quanto suspeita entre a Jessy e o Alan e é por isso que resolvemos nos encontrarmos para juntos tentarmos descobrir mais alguma coisa, porém desde cedo que aqui estamos e nada de prosseguirmos em nossa pequena investida contra eles. Realmente sabem o que fazem. Só não entendo de onde a Jessy possa ter tirado tantas conclusões que desferissem até mim ou ao Jake, nunca lhe demos nenhuma brecha para ela pensar algo do tipo de nós. Na verdade, ela nem sabe nada dele, como pode dizer com tanta exatidão aquelas coisas para o Alan? Tudo isso está cada vez mais emaranhado e por mais que eu tente negar, agora eu sei que nem mesmo neles eu posso confiar. O que me dá um pequeno e extremamente baixo número de pessoas que conheço que ainda - eu acho - que possa dizer o que penso abertamente sem acharem que eu seja culpada de algo.

- Escuta..se você quiser mais tarde fazer alguma coisa, poderíamos sair para comer algo, ou o que você preferir. - Jake diz assim que volta com seu lanche na mão e posiciona novamente ao meu lado chegando um pouco mais perto do que antes.

- Está me convidando para um encontro, senhor Jake? - digo engraçada.

- Se você preferir chamar assim, não me importo. - sorri entre os dentes e morde um pedaço do pão com salsicha.

- Passe na minha casa às sete, então. Não se atrase, eu tenho toque de recolher agora e precisamos sair antes que dêem falta de mim,

- Fechado. - me levanto para ir de volta para casa a fim de ainda pegar o almoço com meus irmãos e minha mãe. Desde então, meus pais resolveram que devemos passar mais tempo juntos para assim ficarmos mais unidos e mais um monte de coisas vãs que devo acatar sem dizer nada ao contrário. Afinal, o que eu poderia fazer? Eu apenas compareço porque infelizmente ainda faço parte dessa família, mas sei que se pudesse eu já teria desistido há muito tempo, ou pelo menos desde que as coisas começaram a se tornarem insuportáveis de se conviver. O meu único consolo é que ainda consigo escapar durante o dia, mesmo eu sabendo que meu castigo determinava que permanecesse o dia todo dentro de casa fazendo qualquer coisa que ali estivesse fora do lugar, porém isso não é para mim. Me prender o dia todo enfurnada dentro de um cômodo não dá.

Vou seguindo minha direção resoluta e concentrada em meus pensamentos que são muitos. Acho que 24h do dia eu fico pensando demais e quando preciso sair desse transe é um pouco complicado para mim, porque pessoas estavam ao meu lado me dizendo algo e eu não ouvi por estar totalmente imersa em uma dimensão que acontece somente em minha cabeça. Sinto meu celular vibrar no bolso detrás da calça assim que paro para verificar se algum carro está vindo na direção da rua e o retiro dali para determinar quem havia me mandado uma mensagem.