Capítulo 8

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Boa tarde, leitores assíduos..
Estão bem? Tentei escrever nesse fim de semana, mas coisas inesperadas sempre acontecem, neh?
Espero que aproveitem a leitura, e para qlq surto não me responsabilizo rsrs...
Bebam água para se hidratarem e até logo..
;)



Hoje é sábado e a movimentação de ontem deve ter permitido que eu perdesse a hora, pois já são 9h40 e ainda estou na cama embrulhada com a coberta até o ombro. Faço um coque meio bagunçado em meu cabelo e visto uma blusa mais larga de manga comprida apressando para descer logo para encher minha garrafa térmica de café que acabou de ser passado.

- Bom dia, Mellany. Eu e sua mãe vamos sair um pouco para levar esse rapazinho aqui para dar uma volta e aproveitar para procurar por informações que possam ajudar na busca.

- Tudo bem, ficarei procurando por algo aqui por perto também. - logo após saírem respiro um pouco mais fundo. Enfim, sozinha. Não preciso mais sair e como neste momento está uma brisa um pouco mais fria que o normal, me deito novamente e procuro ficar o mais confortável possível. Revejo na memória todas as coisas que já sei até este momento e outras que tive a oportunidade de vivenciar recentemente. Ao contrário do que a Cleo me disse, Phil não é o cara mal que sai falando o que bem entende a qualquer um por aí. Talvez naquele momento só estivesse um pouco mais estressado ou preocupado. Mas na minha cabeça só me guarda a recordação do seu lado afável e carinhoso, por mais que tente desviar tal pensamento não consigo. O fato da Hannah ter desaparecido tem deixado todos eles muito mais preocupados e aflitos que o normal, então não a culpo por ter achado ruim quando ela foi interrogá-lo.

Ouço uma batida na porta do meu quarto. Geralmente, se fossem as pessoas que conheço, entrariam de uma só vez, mas esse resolveu certificar se realmente poderia falar com ele. Respondo em tom mediano que entre, e Jake com sua pequena-grande mochila nas costas cobrindo o rosto com o capuz atravessa a soleira da forma mais sutil que já vi uma pessoa fazer. Me observa em pé por alguns segundos me olhando fixamente e logo após se acomoda na poltrona que eu já mencionei que há do lado de minha cama.

- O que faz aqui? Pensei que viria somente amanhã.

- Resolvi adiantar a visita. Momento de descanso para você?

- Só não estou muito bem. E não me peça para fazer nada agora ou mais tarde; não me encontro com condições de levantar da cama. - digo me revirando um pouco e subindo a coberta até a altura de meus peitos para não pegar a friagem que está entrando em meu quarto.

- Parece pálida, e um pouco diferente. Não sei bem o que seja.

- Nem precisa me dizer se descobrir. Sei muito bem o que é. Por que está sorrindo? Isso não tem um pouco de graça.

- Não vai me dizer que está naqueles dias que vocês têm todo mês.

- E se estiver? É normal ter cólica, e você deveria estar cuidando das suas coisas no computador, invés de ficar me estressando e fazendo-me sentir mais dor.

- Está brava. Depois estará com um humor completamente diferente. Quer que eu pegue um remédio para você?

- Você mora com mais alguém? - viro o rosto para seu lado encarando-o esperando a resposta.

- Vivo sozinho.

- Deve ser melhor. Digo, você pode fazer as coisas que antes não tinha liberdade.

- Tem um lado bom e ruim. Certeza que não quer remédio? Parece que está muito mal.

- Deita aqui na almofada, é melhor que ficar sentado desse jeito na poltrona. - ficamos lado a lado e em toda posição que ficava me sentia incomodada com a dor. Me recostei em seu peitoral me aproximando mais de seu corpo até ficarmos colados um contra o outro. Seus batimentos ecoavam em meu ouvido enquanto sua mão acalentava meu ombro. Observando nesse ângulo a janela dá para notar os respingos que já são percebidos nas pequenas gotas de chuva. Levanto meu olhar e observo a expressão nítida que está em seu rosto e sinto o cheiro pregado em sua blusa preta.

Duskwood: Crime EleitoOnde histórias criam vida. Descubra agora