Capítulo 18

45 6 9
                                    

Boa noite, leitores. Como vão?
Resolvi postar dois capítulos essa semana, pois acho que devo um presente a vocês..

Se preparem para a leituras deste capítulo, e se tiverem qlq indignação sabem que eu leio todos os comentário..
Insta: autora_rany.l (sigam a página, o apoio de vcs por lá é muito importante para mim)
;)




Observo a água escorrer por entre os meus dedos enquanto lavo minha mão no lavatório do banheiro. O espelho a minha frente indica claramente o quão bagunçado o coque do meu cabelo está deixando alguns fiapos e até mesmo a pouca franja cair sobre minha testa. Não consigo pensar em nada, pois coisa alguma vem a minha mente neste momento. Sou obrigada a ficar aqui na delegacia até chegar minha vez de ser interrogada pelo caso da Hannah, caso este que desde o início contribuiu bastante para todos os meus inúmeros problemas já desencadeados. Nunca entendi quando relatava nos filmes o quão difícil era para uma pessoa desvendar a verdade, ou até mesmo descobrí-la sem querer, mas agora entendo todo esse peso e compreendo o motivo pelo qual muitas vezes não vão atrás de saberem os infortúnios que lhe acontecessem.

É tudo bastante claro o que estão tentando fazer por aqui. Após sair do banheiro e ficar horas sentada aqui neste banco duro esperando até que Alan venha me buscar já sei o que não devo proferir deliberadamente. O agente com um queixo bastante definido é quem se paga de cara durão e o papel de policial mal, por assim dizer. A outra agente deste departamento está sempre me encarando, teme que eu simplesmente levante e fuja, como se isso realmente fosse possível de alguma forma, mas isso não a impede que de segundos em segundos observe através da janela seu companheiro fazendo inúmeras perguntas para um grupo qualquer de jovens que eu duvido muito que irão contribuir com algo. A polícia não chegará muito longe com eles, e muito menos comigo.

Ouço o som daquela voz rouca, a qual sai quase que inexistente pelo cerrar dos lábios dele; deve estar cansado e se recusa ir se descansar apenas para perder mais algumas horas de sono que lhe contribuiriam bastante. Como adoraria poder lhe dizer tudo o que penso, mas prometi à minha mãe que seria um pouco educada e preciso manter minhas palavras - afinal, preciso ser o mais neutra possível e não parecer que sou uma pessoa com um alto potencial de ser considerada suspeita deste caso. Sento em uma daquelas salas escuras de interrogatório e espero pelo adentrar de alguém mais impertinente que eu própria. Encaro-o por longos seis segundos até arrastar sua cadeira e ficarmos sérios o bastante para lhe forçar a me oferecer uma água que com certeza a rejeitei com toda a precisão deste mundo.

Debruço meus braços cruzados sobre a mesa e espero que comece a falar pacientemente, não tenho nada mais importante para fazer esta tarde mesmo. Todo o tempo do mundo está aqui dentro desta sala agora. Olho as paredes ao redor e o espelho que estava logo à minha frente atrás da cabeça de Alan. Sei muito bem que tem alguém lá atrás observando e escutando esse estúpido interrogatório que sou obrigada a dar em contribuição à polícia local, já que sozinhos não conseguiram nada e precisam recorrer a uma garota de 17 anos agora. Isso se tem um gosto bom de digerir, me faz sentir um pouquinho do gosto da soberba; me sobressai e meu lado pecaminoso se delicia em poder estar aqui sentada observando todos. Todos sem exceção. Nunca se sabe onde pode estar a próxima pista, não é mesmo? - não nego, sorrio diante desse pensamento e é até mesmo engraçado achar isso. Tenho certeza que meus pais ficariam loucos se pudessem ler minha mente.

- Mellany H. Andrews. Sabe o motivo pelo qual está aqui, sentada nesta cadeira prestes a ser interrogada por a considerarmos muito importante em muitos âmbitos diferentes.

- Não fui eu que a sequestrei, Alan. - sorrio diante esta confissão que parece ser necessária neste momento.

- Em momento nenhum eu disse que foi você.

Duskwood: Crime EleitoOnde histórias criam vida. Descubra agora