Duskwood: Crime Eleito

Capítulo 23

Bom dia, leitores..
Estou postando mais uma vez, de forma consecutiva, nessa semana, um nv capítulo da fic por motivos que me ausentarei esses próximos dias. Lembrei ontem que já nesse domingo é a prova do ENEM e preciso pegar mais firme nessa reta final revisando tudo. Então já quero deixar esclarecido que se caso não tiver uma nv atualização nesse fim de semana ou de segunda em diante é por esse motivo que descrevi anteriormente. Mas logo a passagem dessa correria as publicações voltarão a ser postadas corretamente!
Desde já aproveitem a leitura. Surtem bastante, mas n pago a terapia (rsrs). Ps: estarei ativa apenas no meu instagram.
;)

Permaneço na cozinha encostada na bancada enquanto seguro meu copo quase cheio, o suficiente para derramar se fizer algum movimento brusco. Confesso que depois de alguns minutos com eles minha bateria social se esgotou. Queria mesmo vir para cá e aproveitar o tempo com todos, mas parece que ainda não possuímos de uma certa forma um nível de amizade que seja o bastante para a troca de quaisquer palavras e assuntos. Fixo meu olhar ao chão que estava logo abaixo de meus pés e penso em nada além mais do que no pessoal que estavam na sala rindo e conversando felizes por um reencontro com quase todos presentes. Jessy com um sorriso lindo estampado no rosto recebendo carícias de Dan que acabara de retornar do hospital, Cleo sentada ao lado de Thomas o observando mais que uma amiga alegre por o ver melhor pelo desaparecimento de sua namorada, e Lilly com algum amigo seu que veio a acompanhando, mas suspeito que seja mais que isso que acontece entre os dois. O clima naquele sala parece estar bom demais para que seja interrompido ou se acabe instantaneamente.

Levo minha bebida até a boca apenas para molhar meus lábios e não começar a sentir nenhum pequeno fragmento de inveja. Enfio a mão sem nada dentro do bolso do meu moletom e fico quieta aqui nesse canto - que do meu lado direito há uma porta que leva direto ao quintal. Entre mim e esse espaço há uma escada que conduz até aos quartos no andar de cima. Penso em subir para lá mais cedo, antes de terminar esse encontro amigável, assim como fiz outro dia. Deixo o copo descartável vermelho em cima da pia do outro lado do cômodo que não dá para ser visto por quem está na sala, pois há uma parede separando os dois lugares. De costas para a saída ao fundo da casa sinto um ar entrar por aquele espaço, mas lembro perfeitamente que havia deixado a porta muito bem fechada antes de atravessar até essa bancada do lavatório.

Sinto uma mão tocar no meu ombro de uma forma brusca me fazendo até chegar um pouco para frente e me assusto o suficiente para me virar rapidamente e já o bater contra seu peitoral. Uma pegada em minha cintura me faz elevar o olhar até aos seus olhos escuros e o cabelo preto caindo sobre sua testa e me fazendo bater contra a bancada que estava logo atrás de mim. Eu não consigo acreditar quem está a minha frente nesse momento, ele não devia nem ao menos ter vindo até aqui. Mas não estou decepcionada ou zangada por ele aparecer de surpresa desse modo. O encaro em suas perfeitas orbes fazendo minhas íris ficarem um zigue zague admirando cada parte de sua face.

- Não acredito que sempre que eu retornar me receberá dessa forma. - ele se aproxima colocando um pé a frente e segurando no mármore que estava perto de meu corpo. Por um momento fico calada e não digo nada, afinal ele não estava errado, toda vez que o via de surpresa assim o recebia de uma forma especial e única, por assim dizer - Senti saudades, só isso! - sorrio timidamente diante a sua confissão que não esperava receber.

- Creio que sentiu mesmo, só eu o recebo da forma que sempre merece. Pensei que estivesse ocupado o suficiente tendo que se esconder dos caras que estão atrás de você. - digo ainda desconcertada por ele estar tão perto de mim e eu não fazer a mínima ideia de onde colocar as minhas mãos, já que ele está firmado na pedra fria roubando todo o meu espaço. Meu rosto sem expressão se abaixa para observar o que estava vestindo.