Duskwood: Crime Eleito

Capítulo 15

Bom dia...
FInalmente consegui deixar a procrastinação de lado e escrever duas vezes essa semana...
Espero que aproveitem a leitura do capítulo de hoje..
Até logo...
;)

O crepúsculo já rasga no céu seu bordão de cores que majestosamente eu acho fascinante, e esse é o sinal que já está na hora de sair e agir, assim como havia prometido. Fecho meu moletom e subo o capuz para a garoa não molhar meu cabelo. O vento balança as árvores conforme seu sentido aleatório vai ganhando forças e isso me faz andar mais rápido, não posso esperar que chova e chegue encharcada em casa mais tarde. As ruas escuras me dão um leve arrepio e não vejo ninguém, apesar de ainda não ser tarde. Durante o tempo que estive caminhando só vi duas motos passando por aqui e nada mais. Observo cada esquina mais frequentemente e não me deixo ficar despercebida. Como havíamos conversado ontem, combinamos que eu iria até a delegacia ver o Alan e mais tarde nos encontraríamos no necrotério que pegaria o nome primariamente.

Abro a porta lentamente e caminho em direção à recepção que está logo à frente. Indico o que vim fazer aqui neste momento e logo o delegado é chamado, pois uma garota que falar com ele. Logo após sou dirigida, juntamente com ele, para sua sala, e observo com precisão onde fica os papéis importantes que guarda sobre seus casos ainda em abertos. Somos interrompidos antes que ele possa perguntar o que vim fazer aqui por um agente que está indicando que algo incomum no corredor está acontecendo. E está mesmo. Deixei alguns presentes pequenos de fumaça por lá enquanto passava por aquele caminho. Agora é minha oportunidade de vasculhar todos estes arquivos, e para isso devo ter no máximo uns 5 minutos e nada mais.

Vou em direção a sua mesa e vejo que ali há duas gavetas grandes que estão trancadas. Enfiei um pedaço de grampo que lembrei de trazer comigo e logo uma delas se abre me dando a chance de observar o que contém ali dentro. Nada de importante para mim, apenas algumas folhas amassadas de contas indicadas de terceiras pessoas, pertences pessoais e mais outras coisas que nesse instante não posso me dar ao luxo de ver mais detalhadamente. Faço a mesma pressão contra a outra gaveta e aqui encontro o que procuro. A ficha do caso da Hannah já está grossa com muitas informações que rapidamente tiro foto sem o flash, para não dar a oportunidade deles descobrirem e chego na parte mais importante, uma lista enorme de suspeitos que muitos que aqui estão não poderia nem ao menos imaginar.

Fecho tudo rapidamente e me sento novamente na cadeira onde estava antes para que quando ele volte eu não pareça que estava fazendo o que não devia. Minha curiosidade de dar uma pequena espiada nas fotos que acabei de tirar está quase me matando, mas preciso me controlar, pois seria um desastre se ele me pegasse com as provas incriminatórias em mãos. Deslize de amador e eu sou bem melhor que isso.

                                                                                                ***

Consegui o despistar o mais rápido que pude, mas quando chegar em casa terei que informar aos meus pais que eles convidaram uma pessoa para um jantar importante que irão fazer e só não sabiam ainda, porém agora já tem ciência. Nada que uma pequena desculpa bem formulada não resolva as coisas. As imagens que tirei lá na delegacia, envio uma delas para o Jake e caminho direto para o endereço que estava indicando que uma vítima que poderia ter ligação com a Hannah estaria ainda.

O vento vai ficando ainda mais forte conforme o cair da noite e minhas mãos vão congelando; meu nariz está tão gelado que se estiver vermelho não me surpreenderá. Avisto meu colega de trabalho esperando sentado na calçada em frente ao prédio antigo que deve ser o local onde teremos que entrar, apesar de ser bastante sinistro. Em casos como esses, não seria mesmo incomum ir até um necrotério velho, e talvez, se eu tiver muita sorte, ainda ser assombrado por algum espírito incomum e surreal.