Capítulo 14

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bom dia, leitores..
Como está o clima por aí? Aqui está nublado e prestes a chover...
Aproveitem o mais novo capítulo dessa fic e até logo..
;)




Acordo com o sol iluminando meu quarto mais do que deveria. Abro devagar os olhos até me acostumar com a claridade e conseguir levantar de onde estou deitada. Jogo água no rosto para despertar melhor e conseguir encarar mais um novo desafio que com certeza deve estar me esperando. Desço as escadas e vou em direção à cozinha para me juntar aos demais e preparar meu lanche. Meus pais e irmãos já estão todos aqui se servindo e criando planos para o que fazer durante o dia. Talvez eu fique em casa também, não tenho para onde ir e nem o que fazer depois das aulas de hoje.

Passo a manteiga em minhas torradas e encho a caneca de café sem colocar açúcar; sento no sofá que estava do outro lado da sala e fico ali comendo e - apenas - tentando não pensar em nada do que ocorreu. Mas ainda não é momento de ficar relembrando o passado e tudo o que ele proporcionou, tenho perguntas mais eficazes para fazer neste momento. Por que meu irmão voltou de repente? O que o homem sem rosto fazia no Aurora espionando o seleto grupo de demasiadas pessoas que só serviriam como alvo para ele? Ninguém mais o viu por lá e não sairei para me encontrar com nenhum deles para fazer perguntas sobre tudo de ontem a noite.

Encaro meu pai ligar o carro e sair para trabalhar enquanto o restante de nós ficamos aqui dentro cumprindo nossos afazeres. Vejo que meu pequeno irmão chato subiu para o quarto e vou atrás, aproveitar que está sem companhia, assim ficará mais fácil de o forçar um pouco mais a dizer tudo o que deve. Fecho a porta e por precaução sento em sua frente para que não lhe dê espaço para desviar ou sair de minha mira. O observo por longos cinco minutos e sim, sua expressão é de espanto e está assustado com o momento. Engulo a saliva e respiro fundo me aconchegando melhor sobre as pernas e inclinando um pouco para frente.

- Me conte. O que aconteceu enquanto esteve fora de casa?

- Eu não sei, já disse para a mamãe.

- Mas eu não sou a mamãe e por isso deve me dizer a verdade, pois sei muito bem que você viu algo, só não quer me falar. Tinha uma pessoa junto com você? Era uma menina?

- Não tinha, Mel. - Está querendo chorar. Era só o que me faltava. Eu preciso fazer ele falar o que sabe, isso pode me ajudar de uma forma extraordinária. Talvez tenha visto quem o sequestrou e se estiver certa será o mesmo culpado que levou a Hannah.

- Olha para mim, nós dois sabemos o que aconteceu com o seu brinquedo que o papai lhe deu no natal, se você não me falar o que viu eu vou contar para ele que deixou cair pela janela e o quebrou, e pediu minha ajuda para escondê-lo. Agora pense, quem estava com você durante o tempo que esteve longe de casa?

- Ela estava muito fraca. E toda suja; com muita fome também.

- Certo. Ela tinha cabelos escuros?

- Era muito escuro, eu não sei. Mas ele vinha toda noite nos dar um pouco de água e eu dividia minha rosquinha com ela.

- Ela não recebia comida? Só você?

- Sim, por isso dava um pouco para ela. Às vezes ela dormia muito e parecia que ela estava muito cansada.

- Como sabe que era "ele" quem lhe trazia comida?

- Ele falava comigo. O homem sem rosto, Mel, você o conhece. Todo mundo conhece. É o menino da lenda que minha professora me contou na escola.

- Não é, aquele menino não existe e nem essa lenda.

- Existe sim, ele até mandou dar um recado para você. Disse que estava muito bem ontem, ele viu todos e gostou muito de seus amigos, e agora começará escolher um para brincar, já que você não seguiu as regras do jogo. E eu não sei por quê fez isso, é tão boa com jogos, maninha.

Duskwood: Crime EleitoOnde histórias criam vida. Descubra agora