Duskwood: Crime Eleito

Capítulo 21

Boa noite, leitores...
Dessa vez eu demorei um pouco para publicar o próximo capítulo, mas é pq estava planejando a história e uma pequena surpresinha a vcs!...
Aproveitem a leitura...
;)
Rany L.

Foi assim que a noite de quinta-feira terminou: meu pai fazendo uma surpresa - ridícula - a Alex e eu morrendo de dor de cabeça por qualquer motivo que eu desconheça e que o remédio não possa fazer o seu efeito. Essa dor estava para explodir o lado esquerdo de meu crânio; vinha com muita intensidade sincronizado com cada bombeamento de sangue que meu coração fazia. Eu podia sentir isso, é como se as duas coisas contribuíssem de alguma forma entre elas. Por essa razão subi mais cedo para o meu quarto e deitei na minha cama esperando que milagrosamente esse incômodo pudesse passar. Enquanto isso os convidados estavam lá embaixo aproveitando a música alta e a comida a vontade acompanhada pela bebida.

Estavam todos reunidos no nosso jardim que ficava ao fundo de nossa casa. O cheiro da carne e das demais comidas que eram servidas incendiava a casa toda, já que alguns pratos estavam sendo preparados no andar debaixo, na cozinha. Fiquei até a hora que houve um discurso um tanto quanto duvidoso, mas acho que todos nós ali relevamos isso. Escutar coisas bonitas por ser seu aniversário, apenas nesse dia, deve ser um pouco constrangedor, mas eu não sei dessas coisas. - não darei minha opinião quanto a isso - E mesmo estando trancada aqui em cima querendo me abster de qualquer coisa que possa me importunar mais que essa dor excitantemente insuportável eu não consigo, o som está alto demais e as vozes que vêm junto parecem zumbidos intermináveis em meus ouvidos.

Troco minha roupa mais casual por uma blusa de manga comprida e uma calça. - o vestido estava me pinicando e apertado - Deixo meu celular de lado em cima da escrivaninha e estou quase pronta já para dormir, só preciso arrumar o travesseiro como eu gosto que ele fique. Feito isso, creio que agora posso descansar e ver se consigo diminuir toda essa tensão. Fecho os olhos e relaxo meus músculos e pálpebras, estou quase dormindo pensando em algo qualquer que nem lembro mais por estar bastante sonolenta até que meu celular vibra sem parar contra o vidro que o havia colocado. Tento apertar para fazer com que desligue, mas parece que não encontro o botão certo para isso, ele continua incessantemente se mexendo e fazendo cada vez mais barulho. Sento-me na cama e ainda de olhos fechados procuro atender quem está me ligando num momento desse. Espero que seja algo bastante útil.

- Oi. - minha voz sai baixa e com dificuldade. Minha preguiça vence na luta de ficar acordada falando com alguém ou deitar e voltar a dormir.

- Mellany! Pensei que já estivesse dormindo. Que bom que pôde me atender. - essa é a voz com animação da Jessy. Quanta alegria em plena 23h45 de uma quinta à noite, chega a me dar um pouco de inveja - Escute, esses dias eu fiquei bastante abalada por tudo o que havia acontecido, principalmente com o Richy. Aquilo foi bastante doloroso, sabe? Confesso que chorei bastante. Da última vez que estive lá na oficina vi os peixes que ele tanto adorava e foi de partir o coração, mas depois de um processo de tudo isso decidi que ele iria querer que seguíssemos adianta, não é? Por isso queria te dizer que acho que estou de volta na nossa busca. Ainda está aí, Mellany? - enquanto ela falava sem parar confesso que quase caí no sono umas três vezes, mas consegui pelo menos pegar o final da conversa e não deixá-la dizendo qualquer coisa sozinha.

- Sim, estou. Fico feliz em ouvir isso, mas não podia esperar até amanhã para me dizer isso? Estou com uma baita dor de cabeça e tomei um remédio que parece que me deixou mais sonolenta do que costumo ser.

- Oh! Me desculpe, eu não sabia. Só fiquei ansiosa para te contar isso. Se não tivesse me atendido teria de qualquer forma mandado mensagem no seu whatsapp.