Palloma retribuiu o olhar e voltou a beijar seu rosto, fazendo uma trilha de beijos até o pescoço da morena, que por sua vez se arrepiou. O que fez com que Palloma esbanjasse um sorriso. Voltou subindo os beijos. Beijou seu pescoço, logo em seguida seu queixo, depois a bochecha. Deu um beijo de leve no canto da boca da morena, sorriu e se afastou. Mas ainda abraçada à ela. Vanessa a olhou um pouco surpresa.
- Por que não me beijou?
- Você queria?
- Não disse isso. Só perguntei. - Palloma sorriu.
- Ainda tenho tempo.
- Mas você não quer só ficar? Por que não fez logo?
- Ta querendo se livrar de mim logo, não ta tão confiante em si mesma, ou quer meu beijo mesmo?
- Eu não disse isso. - Palloma riu.
- Só quero ficar perto hoje, não pode?
- Não to entendendo.
- Eu também não, mas, dane-se. - disse e puxou a morena para mais perto quando sentiu um vento forte e ter avistado a mesma se arrepiando. Beijou o topo de sua cabeça como se fosse uma criança. Vanessa deitou a cabeça no ombro de Palloma. Ficaram assim por um bom tempo, apenas escutando o som do violão, da voz do homem cantando, e o som das ondas se quebrando. Vanessa levantou a cabeça e olhou para a outra.
- Já está tarde, não?
- Não sei. - Palloma respondeu olhando-a.
- Você trabalha amanhã, não é?
- Sim.
- É melhor a gente ir.
- Não, não tem problema.
- Tem sim, Palloma. Vamos. E eu também tenho que ir, tenho trabalho amanhã.
- Se insiste tanto. - Palloma disse e se levantou com a morena.
Foram caminhando em direção ao carro, caladas. Afastadas dessa vez. Entraram no carro em silêncio. O caminho da praia até a casa da morena foi assim. Chegaram. As duas desceram do carro. Palloma a acompanhou até a porta. Vanessa estava à sua frente, quando chegou à porta, virou-se.
- É... Então eu já vou indo. - Palloma disse sem vontade alguma.
- Quer entrar?
- Você não vai trabalhar mais tarde?
- Ah, é. Não dá. - disse olhando para o chão.
- É, não é?
- É sim...
- Até amanhã?
- Sim.
- Eu preciso do seu número.
Palloma tirou o celular de seu bolso e entregou para Vanessa que salvou seu número.
- Amanhã te ligo, ta? - Vanessa apenas assentiu com a cabeça.
Palloma se aproximou da morena, colocou o dedo em seu queixo e levantou fazendo a morena olhá-la nos olhos. Fez com que seu rosto ficasse entre suas duas mãos. Aproximou seu rosto do da morena. Beijou uma bochecha, depois beijou a outra. Deu um selinho demorado, e a morena retribuiu sem nem tentar resistir.
- Boa noite. E sonha comigo. - Palloma disse a olhando. Vanessa sorriu.
- Boa noite.
Palloma se virou e foi em direção ao carro, caminhando lentamente. Vanessa entrou em casa, ficou olhando pela brecha de vidro que tinha na porta até Palloma ir embora. Subiu as escadas e foi diretamente para seu quarto. Entrou no mesmo e encontrou Sofia dormindo. Elas moravam juntas, no mesmo quarto. Vanessa sorriu e pulou em cima de Sofia acordando-a.
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Branca Como A Neve
RomancePalloma, com seus 24 anos, não concluiu a faculdade e está a procura de um trabalho. Sendo de família rica, mas pé no chão. Homossexual assumida para quem quiser ouvir ou ver. Ela não sabe o que te espera. Ainda. Depois de ter passado por vários a...