Capítulo 15 - Confissões

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A morena e Palloma ficaram se encarando em silêncio até a ruiva o quebrar.

- Acho melhor você falar com ela, meu amor. - disse a ruiva olhando para Palloma que por sua vez sorriu com o ''meu amor'', sabendo que ia deixar a morena ainda mais irritada.

- É, eu também acho melhor. - Vanessa disse dessa vez encarando a ruiva que se retirou logo após ter recibo a olhada raivosa da morena.

- E então... - Palloma deu incentivo a morena para que ela falasse o que queria.

- Eu quero falar com você.

- Isso eu já percebi, eu acho.

- Fala direito comigo.

- Ué, to falando. Ainda não disse ''vaza daqui'', eu acho. - disse Palloma sarcasticamente dando um sorriso logo depois. Vanessa abaixou a cabeça por breves segundos e depois olhou para Palloma com uma expressão um pouco triste. Palloma percebeu mas não se deixou abalar. - O que é que você quer? Não vai falar? Se não for pra falar nada prefiro chamar a menina de novo.

- Caralho, to falando contigo direito, para de falar assim.

- Caralho, eu fui falar com você e você me mandou vazar.

- Você queria satisfação, uma coisa que eu não lhe devo.

- Eu pensei que a gente tava ficando, mas pelo visto me enganei.

- Eu pensei que você só quisesse um beijo.

- Eu também pensei isso Vanessa, eu também pensei. - Palloma falou impulsivamente, olhando nos olhos da morena que travou e retribuiu seu olhar, ficando em silêncio, não sabia o que falar. - Satisfeita? - disse e saiu da frente da morena indo em direção à mesa em que estava, deixando-a sozinha em pé apenas a olhando.

Flávio não se encontrava mais lá, estava no meio da pista dançando. Palloma pegou suas coisas da mesa e foi em direção à ele.

- Preciso ir embora. - disse e tirou dinheiro de seu bolso, e rapidamente, entregou o mesmo ao amigo. - Vai de táxi. - saiu sem esperar resposta.

Antes de ir embora, queria mais um copo de bebida, foi até o barman e pediu a mesma bebida novamente. Rapidamente pegou seu copo e foi se dirigindo ao caixa. Colocou o dinheiro sobre a mesa da atendente, estava esperando o troco quando sentiu uma mão puxando seu braço, já sabia quem era. Virou-se a olhando seriamente. Palloma não falou nada, apenas ficou em silêncio esperando que a outra falasse algo.

- O que você quis dizer com aquilo?

- Aquilo o que?

- ''Eu também pensei isso.''

- Ainda preciso explicar, Vanessa? - olhou para a morena que abaixou a cabeça. Palloma bufou, virou-se de costas pegando seu troco. Estava começando a andar até a saída do boteco.

- Espera. - Vanessa disse caminhando atrás dela. Palloma suspirou, virou-se novamente de frente para ela. - Eu ainda quero conversar com você.

- Não conversamos?

- Não, Palloma.

- Acho que já conversamos sim.

- Para! Por favor.

- Ta, a gente conversa lá fora. - Palloma disse e Vanessa afirmou com a cabeça.

Caminharam até a saída e Palloma foi até seu carro, Vanessa estava atrás a acompanhando, as duas em silêncio. Palloma se encostou no carro, ficando de frente para a morena que estava parada na sua frente. Palloma cruzou os braços e as pernas e ficou olhando a outra.

- Pode falar, Vanessa.

- É... Na verdade eu não sei bem o que falar. - enrubesceu e abaixou a cabeça. Palloma inclinou a cabeça para poder olhá-la, o que fez com que a morena levantasse a cabeça novamente e a olhasse.

- Não sabe, ou não quer falar?

- Não quero falar.

- Por que?

- Não sei.

- Sabe sim. - Vanessa ficou calada.

Palloma puxou a morena pela mão fazendo-a ficar perto, passou a mão pela cintura de Vanessa e colou os corpos, ainda encostada no carro. Vanessa ficou apenas a olhando atentamente, passou seus olhos por todo o rosto de Palloma, admirando cada pedacinho de pele dela. Palloma desceu seu rosto até o pescoço da outra e depositou um selinho, fazendo a morena se arrepiar, como sempre acontecia. Palloma voltou a olhá-la.

- Por que me tratou daquele jeito?

- Eu não sei, não sei se foi porque você veio toda autoritária e eu não aguento isso, ou se foi por raiva.

- Raiva de que?

- Você disse que só queria um beijo, e tinha conseguido. Isso me deixou por baixo, eu perdi.

- Você não gostou?

- Gostei, mas é que eu perdi.

- Isso não importa.

- Pra mim, importa.

- Não, eu gostei, você gostou, foi só isso.

- E por que me tratou daquele jeito? - a morena repetiu a pergunta que Palloma havia feito.

- Você me tratou mal, eu tinha que tratar também.

- Desculpa. - disse e abaixou a cabeça.

- Por que ficou tão irritada quando me viu com a menina lá?

- Eu... Eu não sei exatamente.

- Tem certeza?

- Ai, não sei! Só não gostei, me incomodou.

- E por que te incomodou?

- Para de fazer pergunta difícil, Palloma. - a morena disse irritada e Palloma riu.

- Com ciúmes de mim senhorita Vanessa?

- Eu? Quem disse?

- Acho que ta sim. - Palloma riu.

- Idiota. - Palloma puxou a morena fazendo-a colar mais em seu corpo, fazendo a morena soltar um gemido involuntariamente baixo.

- Quero um beijo. - Palloma falou manhosa no ouvido da outra.

- Pede lá pra ruivinha, ué. Ela tava praticamente dando pra você na frente de todo mundo mesmo. - Vanessa falou emburrada e em seguida desviou o olhar, a outra deu uma gargalhada. - Aí você acha graça, né?

- Claro.

- Eu não acho a mínima.

- Eu quero um beijo seu.

- Ih, gostou dele?

- Muito. - Palloma disse e sorriu maliciosamente.

- Hum. - aproximou o rosto do da morena, deixando os lábios quase se tocando.

- Deixa, eu te beijar, deixa? - sussurrou na boca da morena que automaticamente assentiu com a cabeça.

Com as mãos na cintura da morena, puxou-a ainda mais. Beijou-a lentamente, quanto mais a beijava, mais a queria. As línguas roçando uma na outra, sem pressa. Depois de um tempo, o beijo foi ficando mais acelerado, mais rápido. Palloma havia se esquecido completamente de que estavam no estacionamento. Desceu sua mão que se localizava ainda na cintura da morena e as desceu para sua bunda, apertando-a com força, a outra alisava a coxa da morena.

Branca Como A NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora