Capítulo 12 - Um Turbilhão de Sensações

12.4K 1K 47
                                    

Assim que Palloma viu a morena saindo do fliperama, saiu correndo atrás da mesma, sem nem ligar mais para existência da Bruna. Encontrou-a andando rapidamente indo para o ponto de ônibus, Palloma a alcançou antes que ela pudesse chegar até lá. Puxou-a pelo braço, virando-a, fazendo ela ficar de frente para ela. Vanessa tentou se soltar mas Palloma a segurou com mais força.

- Você ta me machucando.

- Desculpa. - Palloma disse e soltou Vanessa. Ela ia se virando de novo para ir embora, Palloma a puxou novamente, mais leve.

- Me solta.

- Me escuta primeiro.

- Me solta, Palloma.

- Não. Vamos conversar Vanessa, por favor.

- Não, me solta! - Vanessa disse alto.

- Deixa eu explicar Vanessa, porra!

- Por que você não me disse que tinha namorada, sua escrota? - gritou.

- Eu não tenho namorada!

- Ah, não tem namorada? Era essa Bruna que você disse que era uma ''nada demais'' no celular, não é? Sua idiota!

Palloma olhou para os lados e viu que tinha gente as observando. Começou a puxar Vanessa a força para dentro de seu carro, colocou-a dentro e trancou a porta para que ela não saísse, andou até o outro lado para entrar no carro.

- Abre isso, deixa eu sair.

- Não vou deixar, você vai me escutar.

- Eu vou começar a gritar.

- Deixa de ser ridícula Vanessa, me escuta. - Vanessa ficou olhando para Palloma com seus olhos em chamas. Palloma virou-se de frente para ela e pegou em sua mão, Vanessa puxou a mão e se encolheu mais no banco em que estava sentada. - Ela não é minha namorada.

- Quantas vezes vai repetir isso?

- Vou repetir até você acreditar.

- Eu não vou acreditar, desista.

- Ta, eu vou te contar. - a morena ficou em silêncio. - Eu já fiquei com ela, mas nunca foi sério.

- Ah, sério? Nossa, que legal, não é? - falou irônica.

- Mas já acabou, entende?

- Ah é? Não parece. - sorriu sarcasticamente.

- Ela não quer aceitar e fica fazendo inferno na minha vida.

- Sei, até acredito. - Palloma se aproximou da morena ficando com seus rostos próximos.

- Acredita vai, por favor. Agora to querendo você, não ela, e nenhuma outra. - falou olhando a morena nos olhos.

''Vadia.'' Vanessa pensou.

- Agora, não é? Depois não vai querer mais.

- E depois você vai querer? - a morena ficou calada. Palloma sorriu. - Vem, vamos jantar.

- Perdi a fome.

- Não perdeu não, vamos. - disse e deu um selinho em Vanessa, logo depois saíram do carro.

Entraram novamente no fliperama e Bruna ainda estava na mesa com um sorriso vitorioso no rosto. Quando viu Palloma e Vanessa entrando juntas, fechou o sorriso imediatamente, tornando os traços de seus lábios em uma linha reta. Palloma passou a mão pela cintura de Vanessa e caminharam até outra mesa um pouco distante da que estavam anteriormente. Vanessa se sentou enquanto Palloma se dirigia até o balcão, seu pedido estava lá havia um bom tempo, apenas pegou a bandeja com as coisas e voltou-se para a mesa. Olhou para o lado, viu Bruna bufando e saindo do fliperama alvoroçadamente.

- Ta vendo? Se eu tivesse algo com ela, ela teria vindo aqui.

- Ta, ta. - Vanessa revirou os olhos enquanto Palloma ria.

Comeram rapidamente e foram até uma mesa de sinuca. Palloma pegou um taco que estava apoiado na quina da parede.

- Vamos uma partida?

- Acho melhor não.

- Ah, qual é Vanessa. Por que?

- Eu não sei jogar.

- Deixa que eu te ensino então.

- Não, não vai dar certo.

- Deixa de frescura, vai. - Palloma disse e foi para perto da morena. - Sabe pegar no taco direito pelo menos? - a morena enrubesceu.

- Não.

Palloma mostrou como se fazia, pegou o taco e se posicionou, inclinando-se na mesa e batendo em uma bola que caiu diretamente na caçapa. Entregou o taco para Vanessa e a mesma fez o que a outra tinha feito, mas saiu errado. Palloma foi para trás de Vanessa e colou os corpos, Vanessa encostada na sinuca e Palloma logo atrás, grudada, deixando a morena tensa, Palloma fez as duas se inclinarem, colocou a mão por cima da de Vanessa, - que estava localizada no taco -, mostrando como se pegava.

- Assim. - sussurrou e deu uma tacada em outra bola. Ficou grudada com a morena até a bola entrar na caçapa. Se afastou descolando os corpos. - Entendeu? - Vanessa ficou calada, continuava tensa. - Hein?

- Si... Sim. - gaguejou, fazendo Palloma sorrir.

- Vamos jogar, então?

- Vamos.

Jogaram três vezes, uma Palloma ganhou e as outras duas deixou Vanessa ganhar, até porque ela ficou toda boba quando viu o sorriso da morena quando a deixou ganhar pela primeira vez. Quando deu 23:00, Palloma foi se dirigindo até o caixa, Vanessa foi atrás. Palloma pediu a conta e retirou a carteira de seu bolso. Vanessa estendeu a mão com o dinheiro esperando Palloma pegá-lo, a mesma ignorou-a e entregou seu dinheiro para o caixa.

- Por que não pegou o dinheiro?

- Eu disse que você não ia pagar. - recebeu o troco e foi puxando Vanessa para fora do fliperama.

Entraram no carro e foram o caminho inteiro em silêncio. As vezes Palloma a olhava e dava um sorriso e era retribuída. Chegaram em frente a casa de Vanessa, Palloma desligou o carro mas ainda deixando com as travas. Vanessa a olhou. Palloma virou-se de frente para a morena.

- Gostou de hoje?

- Sim. Fora o negócio da Bruna.

- Desculpa, eu não queria ter te... - Vanessa a interrompeu.

- Relaxa, Palloma, eu já entendi. - esbanjou um sorriso que fez a outra enrubescer.

Palloma tirou o cinto e foi se aproximando de Vanessa, que apenas a olhava intensamente. Palloma pegou na mão da morena, acariciando a mesma, se aproximou mais deixando as testas coladas, estavam com a respiração ofegante, nervosas. Colocou a outra mão na nuca da morena e a puxou, beijando-a lentamente e intensamente.

Passaram-se um turbilhão de sensações dentro das duas, não sabiam o que estavam sentindo, só sabiam que estavam gostando, muito.

Palloma desceu a mão e começou a apertar a coxa da morena e com a outra a cintura, fazendo-a gemer baixinho. Começou a colocar a mão por dentro da blusa da morena, já estava quase a tocando nos seios quando Vanessa abaixou a mão dela. Se beijaram por um bom tempo, até Vanessa parar com selinhos, ofegante. Se afastaram e ficaram se olhando tentando controlar suas respirações. Quando finalmente recuperaram o ar e ficarem em silêncio por um tempo, Vanessa o quebrou.

- Então, eu acho que já vou indo. - falou de cabeça baixa, estava sem graça.

- Te levo até a porta.

Saíram do carro e caminharam até a porta. As duas ficaram se olhando sem falarem nada. Palloma se aproximou novamente da morena e depositou um selinho em sua boca.

- Boa noite.

- Boa noite.

Branca Como A NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora