Capítulo 18 - Amor?

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Palloma percorreu seus olhos pelo rosto de Vanessa inteiro. Parou o olhar em seus olhos. Passou seu polegar pela face da morena, alisando-a e logo depois abrindo um sorriso para a mesma que por sua vez retribuiu.

- Sabe, eu mudei de idéia. - Palloma falou baixo a olhando.

- Sobre?

- Em vez de te ligar, por que a gente não sai?

- De novo?

- É... Só se você quiser, não to te obrigando a nada. Você tem alguma coisa pra fazer? Desculpa se to enchendo o saco demais é que... - Vanessa a interrompeu.

- Calma, Palloma. - disse e riu. Palloma deu um sorriso sem graça. - Tudo bem, pra onde você quer ir?

- Você podia ir lá em casa...

- Ah, não sei.

- Vai, Vanessa. Por favor. Não vai ser nada demais, a gente só assiste um filme.

- Ta, ta.

Palloma aproximou seu rosto do de Vanessa e a beijou.

- Então, eu vou indo.

- Ta bom.

- É... Tchau. - disse Palloma se afastando da morena.

- Tchau. - Palloma voltou e beijou Vanessa rapidamente.

- Agora eu vou. - Vanessa riu.

- Vai, anda, você tem que trabalhar. - Palloma aproximou-se de novo e Vanessa a impediu que a mesma chegasse tão perto colocando a mão em seu ombro. - Palloma, vai.

As duas riram e Palloma foi se afastando, indo em direção ao seu carro que continuava estacionado na frente da casa da morena desde madrugada. Chegou ao lado da porta do carro e acenou para Vanessa com a mão, logo após entrou no carro, colocou o mesmo em movimento e foi em direção ao seu apartamento. No caminho, Palloma começou a analisar tudo. Desde os dias que se viram pela primeira vez até o momento em que estavam.

''O que será que ela tem, meu Deus? Desde a primeira vez que a vi, alguma coisa dentro de mim, que eu não sei qual é, mudou. Quando a beijei pela primeira vez, foi incrível. Uma sensação diferente tomou conta de mim, uma coisa que eu nunca senti antes na minha vida. Mas é bom, muito bom.''

Com esses pensamentos rondando dentro de sua mente, Palloma chegou ao apartamento rapidamente. Estacionou seu carro e foi em direção ao elevador. Entrou no apartamento e foi para seu quarto. Chegando lá, começou a se despir, iria tomar um belo de um banho. Na casa de Vanessa tinha tomado um banho rápido, e Palloma queria tirar totalmente a sujeira, afinal, tinha vestido a mesma roupa. Antes de entrar no banheiro, apanhou seu celular na cama e verificou se havia alguma coisa. Como esperava, nada.

Banho demorado, porém ''lavou a alma''. Saiu enrolada na toalha. Avistou o relógio que ficava em cima do criado-mudo. Teria que se arrumar para o trabalho. Rapidamente se vestiu, agora bem mais descansada, pegou tudo o que precisava e saiu em direção ao restaurante. Palloma entrou no restaurante com um sorriso que Luciana nunca tinha visto, estava um tanto quanto surpresa. Nunca tinha visto Palloma com uma expressão assim, parecia estar realmente feliz. Palloma chegou até ao balcão onde Luciana estava.

- Oi, Lu! - disse sorrindo exageradamente para a mesma.

- Oi, garotinha! Parece tão feliz hoje.

- E estou.

- O que aconteceu pra ter deixado você assim?

- Ah, Lu, longa história! - disse Palloma sorrindo bobamente. Luciana riu.

- Então, ta disposta pra trabalhar hoje?

- Muito! - Palloma disse enquanto ia adentrando a porta dos fundos.

Pegou seu avental, o bloco de pedidos e sua caneta. Se dirigiu até a frente do restaurante. Logo, avistou um cliente esperando ser atendido e foi em direção ao mesmo.

Logo após ter visto Palloma indo embora dentro de seu carro, Vanessa entrou em casa novamente. Foi aí que se lembrou de Sofia. Subiu as escadas rapidamente e foi em direção ao quarto de hóspedes. Abriu a porta lentamente e encontrou Sofia deitada na cama com uma expressão cansativa. Foi se aproximando lentamente da amiga e sentou-se na cama ao seu lado.

- Sofia, acorda. - Vanessa a chamou enquanto cutucava a mesma. Não demorou muito para Sofia despertar e sentar-se na cama.

- Por que não me avisou? Idiota. - resmungou com uma voz quase inaudível. Estava com as mãos em sua testa e de cabeça baixa.

- Foi mal.

- Eu entrei no quarto e vi vocês duas completamente nuas, sem nada por cima! Que constrangedor, cara. - Sofia disse e Vanessa riu logo em seguida.

- Ah, desculpa, vai! - a morena disse e pulou em cima da amiga.

- Ta, ta. Sai de cima!

- Grossa. - Vanessa falou brincando enquanto saía de cima de Sofia.

- Mas e aí, como foi?

- Ah, foi bom.

- Fala direito, Vanessa.

- Foi incrível, nunca tive uma noite como aquela, ela é diferente, ela sabe da coisa, entende? Nossa. - Vanessa disse enquanto se jogava na cama olhando para o teto e sorrindo. Sofia riu.

- Sabe o que eu falo?

- O quê?

- Nada! - disse enquanto se levantava indo em direção a porta.

- Ah, qual é Sofia, volta aqui!

- Você também tem que trabalhar, querida.

- Ah, merda! - Vanessa reclamou enquanto saía do quarto de hóspedes atrás de Sofia.

Minutos depois, a morena já estava debaixo do chuveiro. Saiu enrolada na toalha e foi até seu guarda-roupa pegar a mesma roupa que sempre usava para ir para o hospital. Se arrumava vagarosamente, seus pensamentos estavam em outro lugar. Ou melhor, nela. Terminava de se arrumar quando escutou o som da buzina do carro de Sofia. Terminou de se arrumar apressadamente e saiu descendo as escadas rapidamente, logo depois fechou a porta de casa e entrou no carro da amiga.

- Olha, se continuar com essa demora toda pode esquecer da carona.

- Ah, Sofia, cala boca! - Sofia riu e começou a dirigir em direção ao hospital.

Quando acabou o horário de trabalho, Palloma saiu despedindo-se de Luciana rapidamente e foi dirigindo até seu apartamento. Se segurou o dia inteiro para não mandar mensagem ou ligar para Vanessa, mas não o fez. Segundo ela isso já seria demais. Entrou em seu apartamento e se jogou no sofá, aliviada por mais um dia de trabalho realizado. Pegou seu celular e ficou olhando para tela por vários minutos até que mandou uma mensagem para Vanessa.

''Amor? Já saiu do hospital? Quero saber a hora que eu posso te buscar. Quando ver a mensagem, responde. Por favor! Beijo.''

Palloma ligou a televisão e foi em direção a cozinha.

- Merda! Não tem nada aqui. Vou ter que ir comprar. - disse e logo saiu indo para o quarto calçar uma chinela mais confortável para ir ao mercado.

Vanessa estava dentro do ônibus, voltando para casa, quando sentiu seu celular vibrando dentro da bolsa. Pegou-o rapidamente e viu que tinha uma mensagem de Palloma. Leu.

- Amor? - disse baixinho para si mesma.

Branca Como A NeveOnde histórias criam vida. Descubra agora