Vanessa gemeu de dor, fechando seus olhos fortemente... Já sentia a faca querendo entrar dentro dela. Brenda a olhava, chorando.
A morena abaixou sua cabeça no ombro dela, ofegante. Sussurrou:
- Não me faça morrer, com mais raiva de você, Brenda.
Brenda paralisou, olhando-a. A olhava, mas parecia estar em outro mundo. Um olhar vazio.
Colocou o rosto dela entre suas mãos.
Olhos semicerrados.
- Desculpa. - sussurrou. Depositou um selinho nos lábios da morena.
Palloma abaixou a cabeça, suspirando.
Brenda colocou a faca no balcão.
Afastou-se da morena lentamente, com a cabeça baixa, falando baixo:
- Eu sei que errei com você. Mas eu queria tanto você de volta. Eu ia te fazer feliz.
- Eu sei que ia! Mas, nosso tempo já passou, Brenda... Você vai encontrar outra pessoa, e você vai dar todo o amor do mundo pra ela. E não vai errar, como fez comigo. Ok?
- Eu mudei.
- Apareceu pessoas novas na minha vida. As coisas mudaram, meus sentimentos mudaram, Brenda.
Assentiu com a cabeça.
- Então... Eu vou embora, mas qualquer coisa, conta comigo, sempre, ta bom? Só... - pausou - Só se cuida.
Vanessa sorriu carinhosamente.
- Sim, senhora.
Brenda parou em frente a Palloma. Olhou-a de cima a baixo. Disse:
- Cuida dela. Entendeu?
Palloma assentiu, logo, olhando para o chão, enquanto Brenda saía da casa.
Vanessa aproximou-se de Palloma, lentamente.
- É... Oi, eu acho. - olhou para o chão, desconcertada.
- Hum... Creio que ninguém te ligou e te disse que tinha uma menina tentando fazer com que eu voltasse com ela a força, e veio aqui pra encontrá-la e fazer algo, por fim, me salvando.
Silêncio.
- Aliás, de onde surgiu aquela menina?
- Você não me respondeu.
- Nem você.
- Palloma, eu tinha vida antes de te conhecer, só pra te deixar lembrada, gata. - disse e saiu em direção a sala.
- Sim, eu percebi! Eu quero saber como, e qual é a história!
- Acho que daqui para tempos atrás, não tem nada que seja da sua conta. - disse, levando o pote de sorvete e a colher de volta a cozinha.
Palloma ia atrás, fazendo parceria com a sombra de Vanessa.
Puxou-a pelo braço.
- Dá pra parar com isso e falar comigo direito?
- Não!
- Escuta! - disse, segurando-a pelos ombros e olhando diretamente para seus olhos. - Eu sei que fui totalmente idiota, tola, burra, e tudo de ruim, quando fiquei calada em relação ao que você me falou.
Palloma ia continuar com seu discurso, foi interrompida.
- Ah, que bom, que você reconhece que foi uma completa idiota. Sempre bom reconhecer seus erros.
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Branca Como A Neve
RomancePalloma, com seus 24 anos, não concluiu a faculdade e está a procura de um trabalho. Sendo de família rica, mas pé no chão. Homossexual assumida para quem quiser ouvir ou ver. Ela não sabe o que te espera. Ainda. Depois de ter passado por vários a...