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Sua mãe ainda estava adormecida no sofá da sala como você havia previsto, o remédio em combinação com o chá à fez "desmaiar" de uma só vez naquela noite e muito provavelmente ela só despertaria na manhã seguinte, o que era bom, de fato. Você sorriu carinhosamente ao observa-la por um segundo, se inclinando para baixo com a intenção de retirar alguns dos fios teimosos que estavam por sua face corada, ela suspirou quando você a tocou, pareceu sentir dor, você rapidamente recolheu sua mão outra vez com o cenho franzido, suspirando ao desistir dá idéia de arruma-la mais confortávelmente no espaço limitado que estava, talvez ela só precisasse ficar sozinha afinal, talvez ela só precisasse de mais um tempo.
Pescou o celular em seu bolso ao mesmo tempo em que, com a ajuda de uma das canetas que havia em um pote decorativo no painel da parede, prendeu o cabelo em um coque desleixado. Seu estômago estava resmungando de fome e você não conseguiria ignorar isso por muito mais tempo então decidiu que faria alguma coisa fácil, rápida e prática para se alimentar um pouco antes de subir para dormir. Eu consigo! Você duvidava de si mesma, principalmente depois de tantas tentativas falhas porém, teria que aprender a se virar de qualquer forma, certo? A faculdade estava logo à frente e sua mãe ou a senhora Lee não estariam lá, então talvez estivesse na hora de crescer de verdade! Com determinação brilhando em seu olhar acenou para ninguém em particular, iniciando sua jornada atrás dos ingredientes necessários para se fazer panquecas na dispensa atrás da porta, e após misturar tudo certinho como o senhor no vídeo ensinou começou a ouvir música no fone que estava perdido por cima do armário, e o tempo passou mais rápido do que você esperava.
No fim você se encontrava suja de farinha no rosto e nos braços, o avental que pegou emprestado da cozinheira não serviu para nada já que sua camisa também estava um trapo, mas a comida estava deliciosa!. Você sorriu sentada sozinha no balcão no meio do cômodo vazio, a luz baixa da geladeira aberta ajudava-a a enxergar o que estava comendo enquanto o calor do ar condicionado ligado na sala deixava-a afastada do frio que fazia lá fora, e sabe? estava tudo bem, você estava bem, não tinha idéia de como as coisas aconteceriam dali em diante, a convivência em casa, o estresse da escola e do vestibular, as brigas de amigas, realmente não tinha como saber o que aconteceria mas de uma coisa você tinha certeza, ficaria tudo bem, por que você conseguiria passar por qualquer dificuldade não é? Você estava mais forte, sentia isso, e mesmo que ainda houvesse a insegurança e o medo do futuro agora também havia espaço para à esperança, era algo bobo, mas era algo seu e você gostava disso.
Colocou o prato sujo na lavadora embaixo do balcão da pia com um bocejo preguiçoso, o sono e o cansaço tomando forma em seus sentidos, deixando-a mais lenta. Subiu as escadas depois de ter certeza de que a porta estava devidamente trancada, não queria imprevistos, e pegou a mochila que estava no chão largada por todo aquele tempo no processo, sorrindo com o rosto reluzente, a camisa de Tendou ainda estava lá.. chegou no andar de cima com o pano sendo apertado contra o nariz, sentindo o perfume forte e marcante do ruivo enquanto o coração acelerava em seu peito, as borboletas dançavam em seu estômago. Olhou para a suíte assim que adentrou o cômodo aquecido mas desistiu de tomar uma ducha, só queria dormir em paz, e você estava tão cansada que não correu para por seus pijamas, apenas se arrastando até a cama, vestindo a camisa em um dos travesseiros abraçando-o logo depois com um ronronar suave, dormindo rapidamente.
As sete horas da manhã o despertador tocou como todos os dias, ao lado de sua cabeça, e pela primeira vez em anos você cogitou faltar à aula. Se espreguiçou com o rosto bagunçado, o cabelo estava por toda a parte e suas roupas sujas amarrotadas, estava se sentindo desconfortável ao se dar conta de que dormiu daquela dorma desleixada, seu corpo doía um pouco e sua cabeça estava pesada, os olhos ardiam e o pulso se encontrava acelerado, seria um dia daqueles. Suspirou profundamente quando por fim tomou coragem para se levantar de uma vez, cambaleando até a porta à frente para se abaixar em frente do vaso vomitando tudo o que comeu antes de dormir com os ouvidos zumbindo, sentia um pouco de nojo do próprio estado atual e era tão desconcertante imaginar que em algumas horas encontraria o Satori no colégio que quase vomitou de novo.
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𝗺𝗼𝗻𝘀𝘁𝗲𝗿, 𝗌𝖺𝗍𝗈𝗋𝗂 𝗍𝖾𝗇𝖽𝗈̄.
Fanfic❝ Estamos ficando sem razões, mas não conseguimos deixar ir. ❞ ⚊ satori tendō 𝘹 reader! you.