❝𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 36❞

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Você sentiu quando Tendou cuidadosamente à deitou em sua cama de solteiro, ela rangia sob seus corpos pesados, implorando para ser trocada. Por passar a noite lá no fim de semana se habituou ao cheiro de madeira ao redor do pequeno cômodo, e o som da entrada estalando era inconfundível, o sentiu dedilhar seu rosto superficialmente, da testa a bochecha direita, parecia com medo de quebra-la você quis sorrir para suas ações atenciosas, estava tão agradecida mas ainda se sentia tão fraca. Cochilou por mais algum tempo até que o colchão afundou ao lado de sua cintura, piscou as orbes lentamente tentando se acostumar com um pouco da claridade que havia no momento, observou como o ruivo estava a encarando sereno, o suéter dobrado até os cotovelos ao que ele pegou um pano ao lado, na mesa do computador desligado, torcendo-o para retirar o excesso de água antes de deposita-lo sobre sua testa gentilmente, você contorceu seu rosto com a mudança de temperatura abrupta, ele riu por um segundo.

Não havia nada o que dizer quando ele a olhava assim, era apenas você perdida em sua imensidão de sentimentos. Ele segurou uma de suas mãos, apertando entre seus dedos com delicadeza, parecia querer reafirmar sua própria presença para que você não se esquecesse de que ele estava lá, com você, por você. Você sorriu abertamente, a visão se tornando turva ao lembrar de sua imagem machucada como um flash de volta ao passado não tão distante, ele se inclinou por cima de si, um braço a cada lado de seu corpo ao que seu lábio tocou sua testa coberta, você fechou seus olhos em lágrimas, sentindo a água tocar a ponta de suas orelhas enquanto ele desceu o beijo para seu nariz, e então para o seu queixo e uma bochecha após a outra, deixando seus lábios por último onde ele apenas se deixou demorar em um selar suave.

— O que houve? — Ele perguntou, sutil. Você engoliu em seco, a ardência em sua garganta a deixava incomodada e desconfortável.

— ... Me desculpa. — Você chorou, impotente. Ele enrugou sua testa, sem saber sobre o que se tratava por um segundo. Você ergueu sua mão e o segurou fortemente por seu suéter escolar, se sentia tão fraca que poderia morrer. — Eu sei. Ontem, meu pai e eu brigamos muito feio na minha casa, ele acabou confessando o que fez com você... Tendou eu sinto muito, eu não sei o que dizer eu estou tão devastada, me sinto tão culpada.. Eu sinto tanto, você não merece entendeu? Você nunca mereceu, você é ótimo você é minha luz.

Shii.. Está tudo bem, está tudo bem comigo. — Ele murmurou acolhedor, segurando seu queixo com a ponta de seus dedos esguios, tocando seu lábios em selares carinhosos. Você deitou sobre à mão que acariciava seu rosto, aproveitando cada mínimo contato. — Não é sua culpa, nunca foi. Seu pai, ele não me dá medo, meu único medo foi não poder mais olhar para o seu rosto, não poder mais ver o seu sorriso seria a maior crueldade que ele poderia fazer comigo.

— ... Tendou.. Você não é um monstro, você nunca foi, você não é! — Você soluçou, Tendou sorriu e então a abraçou desajeitadamente. Por conta de seu carinho e atenção você se deixou chorar abertamente, gritando contra seu ombro ao que a dor deslizava para fora de seu coração com cada gota de lágrima que molhava sua camisa, apertando-o contra seu corpo com força, intimamente aliviada. — Eu te amo tanto, eu amo quando você me abraça apertado e o quanto você é livre, e quando você beija meu rosto, amo como com um único olhar você sabe o que eu quero e o que eu preciso, você sempre sabe.. Eu amo tudo o que torna você, você.

— Você diz que eu sou livre e que por isso me admira mas babe, estou preso à você desde o início.. — Ele se afastou, limpando abaixo de seus olhos com a ponta de seus dedos gentis. Você sorriu carinhosamente, seu peito pareceu se soltar de amarras inseguras que você não sabia que ainda tinha, era como se toda e qualquer dúvida sobre vocês estivesse caindo por terra agora, como se vocês pudessem dominar o mundo juntos. Você o olhou nos olhos, estava surpresa demais com a intensidade de seus sentimentos, com a clareza de suas palavras, com o impacto de suas ações sobre sua vida e sobre quem você era.. Ele apenas sorriu. —.. E eu não quero ser libertado disso! Fica comigo, não precisa ser para sempre apenas fique comigo enquanto o seu coração desejar que seja assim.. Eu sou inteiramente seu.

𝗺𝗼𝗻𝘀𝘁𝗲𝗿, 𝗌𝖺𝗍𝗈𝗋𝗂 𝗍𝖾𝗇𝖽𝗈̄.Onde histórias criam vida. Descubra agora